A loucura está instalada, Putin não quer salvar a Ucrânia do ocidente, nem as províncias separatistas hoje, da mesma forma que os soviéticos não queriam salvar o Afeganistão em 1979, mas sim o seu regime. No caso soviético, era a defesa do regime apelando ao idealismo comunista que já dava sinais de agonia, no caso de Putin é a defesa do seu governo autocrático apelando ao sentimento nacionalista.
Os dados estão lançados, agora é um dia de cada vez, para vermos como evolui a situação, e resta saber se as represálias europeias e estadunidenses a nível económico serão ou não suficientes para castigar Putin e a Rússia, e saber ainda, se a Rússia pretende fazer o mesmo que fez com a Geórgia, que em Agosto de 2008 reconheceu a independência das Repúblicas separatistas da Abcázia e da Ossétia do Sul.
Certo é que num cenário de guerra, todos nós, cada um de nós, sai a perder, num período de tempo indeterminado de um conflito militar, que trará certamente consequências económicas para toda a Europa com a escassez de energia e o consequente aumento de preços.
Loucura I - A opção militar de Putin
É um facto que Putin, não quer resolver esta questão pela via diplomática, prova disso é a sua retórica ao ter reconhecido unilateralmente as Repúblicas Populares de Lugansk e Donetsk, e com ousadia e ironia enviou tropas em missão de "Paz".
Loucura II - Os erros de calculo de parte a parte
Em certa medida, há erros de todos os lados; Em primeiro de Putin com o seu imperialismo e ousadia belicista para salvar a face; Em segundo: Também dos europeus que com a sua febre neoliberal nos "Mercados" quis expandir a UE para leste, e para tal, reconheceram em 2014 um golpe de Estado na Ucrânia que derrubou um governo pró-russo mas legitimamente eleito; Em terceiro: Também dos Estados Unidos, que nunca foi capaz de perceber que avançar com bases militares da OTAN para Leste seria uma afronta à Rússia.
Loucura III - A imprudência dos governantes ucranianos
Por ultimo, mas não menos importante, há culpas dos governantes ucranianos que não tiveram a sensibilidade de incluir plenamente na sociedade os cidadãos russófilos, não se preocuparam em reconhecer o direito à Autonomia das Províncias de etnia russa e são estas duas razões que fazem parte dos motivos do atual conflito.
Autor do blog: Filipe de Freitas Leal
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