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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Eduardo Galeano - O Medo Ameaça-nos

O medo ameaça:
Se amas, terás SIDA,
Se fumas, terás cancro,
Se respiras, terás contaminações,
Se bebes, terás acidentes,
Se comes, terás colesterol,
Se falas, terás o desemprego,
Se caminhas, terás a violência,
Se pensas, terás a angustia,
Se duvidas, terás a loucura,
Se sentes, terás solidão.

Para ter fôlego, é preciso ter desalento,
Para levantar-se, há que saber cair,
Para ganhar, há que saber perder,
E temos que saber que é assim a vida,
E que cairás e te levantarás muitas vezes,
E alguns caem e não se levantam nunca mais.
Geralmente esses são os mais sensíveis,
Os mais fáceis de se magoar, vilipendiar,
São as pessoas, a quem a vida é mais sofrida,
São as gentes mais sensíveis, mais vulneráveis,

Em contra-partida, há os "filhos da mãe"
Que se dedicam a atormentar a humanidade,
Vivem à grande, e parece que não morrem nunca,
Porque na verdade, não têm uma glândula
Que aliás é rara, e chama-se consciência,
É essa glândula que nos atormenta à noite.

Creio que o exercício da solidariedade,
quando se pratica de verdade no dia-a-dia
é também um exercício de humildade,
que nos ensina a reconhecermo-nos nos demais,
E a descobrir a grandeza por detrás das coisas pequenas,
O que implica também denunciar
A falsa grandeza das coisas grandinhas.
Num mundo que confunde a grandeza com o grandinho.


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Galeano - O Grande Pensador Uruguaio

Há ainda quem não tenha tido o privilégio de conhecer a obra, o génio e a alma, daquele que foi o grande poeta e pensador latino-americano o uruguaio Eduardo Galeano.
Confesso que também eu, só muito recentemente tomei conhecimento deste grande pensador, e isso tornou-me mais rico, na medida em que aprendi muito, e no que também me revejo em muito do seu pensamento profundo, livre, criativo, poético, humanista e detentor de uma critica acutilante, marcadamente presente no seu livro As Veias Abertas da América Latina, editado em 1971.
Infelizmente Galeano, deixou-nos pobres e tristes com a sua partida, aos 74 anos, cheguei a lembrar-me de um salmo em que diz: "A vida é até aos setenta anos, o resto é cansaço e enfado".
"Há que lutar por um mundo que seja a casa de todos e não apenas a casa de alguns, e o inferno da maioria."

Foi com Galeano, numa entrevista que deu, que melhor percebi para que servem as utopias, pelo seu modo muito poético e criativo de falar, de acordo com a frase de um cineasta argentino Fernando Birri, que disse assim: "A Utopia está no horizonte, e sei que nunca a alcançarei  porque se caminhar dez passos, ela distancia-se também dez passos mais, e quanto mais a procuro menos a encontrarei, porque se afasta sempre à medida que caminho, e a Utopia serve para isso, para caminhar".





















Autor Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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