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domingo, 15 de fevereiro de 2015

Europa - Uma Tragédia Grega

A Europa precisa de um novo paradigma para salvar a União
Após o resultado da esquerda radical nas eleições gregas, os políticos europeus viraram as atenções, para a negociação que se desenvolverá doravante com o novo governo grego, disposto a corrigir o rumo político e económico, e resolver a crise social e humanitária que se abateu sobre o seu país, pela política de austeridade económica, imposta pela troika, que no fundo salvou apeans os bancos mas manteve a Grécia em permanente situação de insustentabilidade, ao não permitir uma retoma económica sustentável.
As negociações começaram, com os périplos de Tsipras e Varoufakis às capitais das potencias europeias, pelo que as tensões fizeram-se sentir durante as conversações, no entanto os mercados reagiram bem à vitória do Syriza, e saudaram como positivas as reformas de Tsipras na redução de benefícios aos políticos.
Uma pedra no sapato das negociações chamada "Portugal"
O que o Presidente da República e o Primeiro Ministro de Portugal estão a fazer à Grécia, não o poderão fazer em nome do povo português, visto que os portugueses estão em total solidariedade com o povo grego, e acreditam que como a Irlanda, Portugal deveria aproveitar a boleia grega para a renegociação da dividia e da sustentabilidade da economia, permitindo que para se pagar a divida, deve-se ter em primeiro lugar uma economia de crescimento e justiça social.
Não se compreende de todo, porque é que os governantes portugueses tomaram uma atitude de arrogância e hostilidade com um país em apuros, sobretudo quando não estão mandatados para o fazer e em que Portugal nada tem a ganhar com isso.
"A Grécia não pode fazer o que lhe apetece" afirmou Cavaco Silva, com uma atitude que demonstra falta de inteligência política, falta de respeito, sendo uma atitude deplorável, vergonhosa e incompreensível, levando a política externa portuguesa ao mais baixo nível de sempre.

Quando Portugal precisou de apoio da UE, a Finlândia opôs-se, e é ai que temos de nos colocar no lugar dos gregos, hoje é a Grécia, amanhã seremos nós de novo.

Autor Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Modelo Suicida? A Culpa Não é da Alemanha!

Recentemente num site francês Marianne.net questionava-se, sobre de quem seria a culpa do modelo económico suicida, há uma grande tendência para se culpar a Alemanha, mas a meu ver é um erro, e acho até injusto.

Penso que o modelo suicida surgiu quando a Europa recusou funcionar a duas velocidades, como havia proposto Jacques Chirac por razões de justiça social, e isto é que está a dar maus resultados, e poderá vir a arrastar também a Alemanha pouco a pouco para uma crise económica, que não interessa a ninguém neste momento. Há que se encontrar um novo modelo que tenha em conta as disparidades sócio-económicas de cada país ou entre o Norte e o Sul da Europa. Até porque o modelo vigente foi imposto a todos os países, onerando os custos da Alemanha (entre outros) face a países como os PIGS Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha. (Já agora onde formam parar biliões e biliões de Euros para o investimento na Indústria e na Educação tecnológica para nos equipararmos aos outros países europeus?)

E penso deveras, que foi um pouco a "ganância" (desculpem-me o termo) de uma Europa ansiosa por ver crescer a Leste o seu mercado e aproveitar mão de obra barata e até (imigração ilegal) também terá acelerado a crise europeia que não suportou a crise do Subprime estadunidense de 2008. Não sou economista, e como tal pouco percebo de economia, mas lembro-me bem em termos históricos dos passos acelerados que a Europa tomou e dos quais agora se arrepende.



Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, É Blogger desde 2007, com o ideal de cariz Humanista, além disso dedica-se a outros blogs de cariz filosófico, teológico e poético.

sábado, 29 de novembro de 2014

Merkel, Portugal e os Licenciados

Há alguns dias a Chanceler alemã, afirmou que Portugal tinha licenciados a mais, o que gerou um grande celeuma na imprensa portuguesa, deste modo para se saber se o que a Chanceler disse é fundamentado ou não, será necessário comparar dados estatísticos, e ver se há ou não falta de técnicos de nível médio.

No entanto o que há demasiado em Portugal, é desempregados, ora, se o Estado financia, através de bolsas de estudo o ensino superior em detrimento do ensino tecnológico, e sem investir no emprego, claro que ela terá razão.


E se Portugal precisa de captar investimento externo em Industrias mais do que serviços, então é preciso investir na Educação Tecnológica, tal como tinha programado o anterior governo, e ai ela também terá razão.

Não vejo porque a Chanceler iria dizer algo sem se informar primeiro do que estava a dizer. há de certo uma razão para tal afirmação, muito embora incomode muita gente que não gosta de ouvir as verdades.

O problema não é dos licenciados, nem dos trabalhadores ou dos empresários, é sim um problema de gerir bem ou gerir mal os recursos e as necessidades do nosso país.


Por Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor                                                                           

Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, É Blogger desde 2007, com o ideal de cariz Humanista, além disso dedica-se a outros blogs de cariz filosófico, teológico e poético.

 
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