segunda-feira, junho 06, 2022
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Boris Johnson sobreviveu a uma moção de censura do seu partido, 148 votos contra, e 211 a favor, não é o mesmo que ganhar uma moção de confiança, porque apesar de não ser derrotado, a margem de reprovação é grande demais, a maior da história de um Primeiro Ministro, e claro, isto fica como um estigma contra o atual Primeiro Ministro Britânico.
Analistas políticos têm afirmado que mesmo que se sobreviva a uma moção de censura, o certo é que a imagem fica desgastada, de tal forma, que muito provavelmente não irá ser ele o líder dos Tories nas próximas eleições legislativas britânicas que realizar-se-ão em 2023, inclusive para evitar que a imagem de Boris Johnson não prejudique o resultado eleitoral do Partido Conservador.
Por trás desta moção está a insatisfação popular, não só com o caso "Party Gate" como também com as consequências do Brexit, para além isso, trata-se de uma soma de erros e falta de capacidade de liderança de Boris Johnson que o levou a ser o mais mal amado dos lideres do seu próprio partido.
Não obstante, Boris Jonhnson reagiu a pedir a unidade do partido e do governo, agarrando-se agora ao tempo que lhe resta no governo, e promete levar avante a sua agenda política, interna e externa, nomeadamente no apoio à Ucrânia, praticamente o único papel que lhe fica bem no teatro da sua atividade política.
Autor do blog: Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.