sábado, dezembro 13, 2014
Filipe de Freitas Leal
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Recentemente num site francês Marianne.net questionava-se, sobre de quem seria a culpa do modelo económico suicida, há uma grande tendência para se culpar a Alemanha, mas a meu ver é um erro, e acho até injusto.
Penso que o modelo suicida surgiu quando a Europa recusou
funcionar a duas velocidades, como havia proposto Jacques Chirac por razões de
justiça social, e isto é que está a dar maus resultados, e poderá vir
a arrastar também a Alemanha pouco a pouco para uma crise económica, que não
interessa a ninguém neste momento. Há que se encontrar um novo modelo que tenha
em conta as disparidades sócio-económicas de cada país ou entre o Norte e o Sul
da Europa. Até porque o modelo vigente foi imposto a todos os países, onerando
os custos da Alemanha (entre outros) face a países como os PIGS Portugal,
Irlanda, Itália, Grécia e Espanha. (Já agora onde formam parar biliões e
biliões de Euros para o investimento na Indústria e na Educação tecnológica
para nos equipararmos aos outros países europeus?)
E penso deveras, que foi um pouco a
"ganância" (desculpem-me o termo) de uma Europa ansiosa por ver
crescer a Leste o seu mercado e aproveitar mão de obra barata e até (imigração
ilegal) também terá acelerado a crise europeia que não suportou a crise do
Subprime estadunidense de 2008. Não sou economista, e como tal pouco percebo de
economia, mas lembro-me bem em termos históricos dos passos acelerados que a
Europa tomou e dos quais agora se arrepende.
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, É Blogger desde 2007, com o ideal de cariz Humanista, além disso dedica-se a outros blogs de cariz filosófico, teológico e poético.