também como objetivo, fazer uma análise sobre a reação do eleitorado numa dada eleição ou época, e ainda, estudar as razões que estão por trás da abstenção ou saber por que razão é que surgem motins e revoltas populares como as manifestações estudantis em França no maio de 1968, isto apenas para dar uma breve ideia do campo de atuação desta sociologia particular ou especializada.
Contudo a Sociologia Política não se limita apenas por compreender os fenómenos políticos, ela visa dar respostas de forma a prever o impacto dos mesmos fenómenos na sociedade, de acordo com as decisões tomadas por parte dos responsáveis; para tal, apoia-se em metodologias de estudo adequadas a cada caso, através de inquéritos ou entrevistas para obter os dados necessários de uma amostra.
Por outras palavras, a sociologia política, auxilia o poder político, quer de âmbito central quer local, dando a conhecer a realidade social, útil para as entidades, os organismos públicos e os respetivos responsáveis da administração pública; Portanto sem os conhecimentos empíricos obtidos com o auxílio da sociologia, tornar-se-ia difícil tomar qualquer decisão política, nem mesmo as que tentassem ser populares, pois poderiam tornar-se um tiro no escuro.
Assim, mais do que ser uma disciplina à parte da sociologia geral, a Sociologia aplicada e a sociologia Política fornecem os métodos científicos de estudos qualitativos ou quantitativos à práxis política, tratam-se portanto de investigações sociológicas que visam orientar as Políticas Publicas, esses dados empíricos obtêm-se através de uma amostra representativa de uma população alvo, por Métodos Qualitativos como entrevistas e a Participação Observante por parte do investigador, ou ainda os Métodos Quantitativos, feitos por questionários estruturados e a utilização de estatísticas, na qual se encontram a tendência ou a “Moda”, pela comparação das variáveis:
Todavia, não cabe aqui, abordar as escolas sociológicas e os seus paradigmas, para não se perder o objetivo deste livro, é notório que Karl Marx, Max Weber ou mesmo Émile Durkheim, foram sem sombra de dúvida, sociólogos que pensaram e se debruçaram sobre os fenómenos políticos, quer com uma análise histórica das classes sociais de Marx, quer sejam os factos sociais, como o suicídio analisado por Durkheim ou a influência do protestantismo na emergência do Capitalismo em Weber, no entanto este último foi o primeiro a desenvolver o que se pode chamar de Sociologia Política.
Em Bonavides (2010), refere no seu manual de Ciência Política, que Weber foi o pioneiro na sociologia, que mais se debruçou nas questões da legitimação e racionalização do poder político, no seu livro, ‘Ciência Política, duas vocações’ e estudou também as inter-relações da política com a religião e a economia, em ‘A ética Protestante e o espírito capitalista’.