sábado, 29 de dezembro de 2018

Morreu Amos Oz - Escritor e Pacifista

Morreu aos 79 anos, um dos mais proeminentes escritores israelitas. Israel e o Mundo perderam um escritor emblemático, a Paz perdeu a voz de um grande lutador e ativista. Amos Oz, não resistiu na sua luta contra um cancro; nascido em Jerusalém no ano de 1939, no seio de uma família lituana, aos doze anos de idade, ficou órfão de mãe, que sofrendo de depressão suicidara-se, aos 15 anos fora viver num Kibutz, de onde saiu para se formar em Letras e Filosofia na Universidade Hebraica de Jerusalém.
Logotio do Movimento Paz Agora.
Autor de uma vasta obra, escreveu livros, que vão dos ensaios aos romances, passando por contos, poesia e textos políticos, entre os quais destacam-se "A Caixa Negra", "Uma História de Amor e Trevas", "Contra o Fanatismo", "Os Judeus e as Palavras", entre outros. 
Lutou ao lado dos seus compatriotas nas guerras dos Seis Dias e posteriormente na Guerra do Yiom Kippur, mais tarde, cria o movimento pacifista Shalom Achshav! שלום עכשיו (Paz Agora!), pois, acreditava que a paz era possível, bem como a existência de dois países e dois Estados, embora fosse criticado por isso, devido ao facto de os movimentos radicais palestinianos continuarem a não reconhecer o direito do Estado Israelita. 
Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Votos de Boas Festas a Todos.

Partilhamos com cada um dos leitores, ao longo deste ano, opiniões, ideias, recebendo sempre respostas de incentivo no intuito de continuarmos com o trabalho realizado, respondemos a cartas, e-mails que nos foram enviados de congratulações por mantermos neste blog os valores humanistas, de respeito por todos, hoje chegamos a 1.294.112 de visualizações em 155 países, com mais de mil e seiscentos seguidores nas redes sociais do facebook, twitter e blogger, resta-nos agradecer, porque este é o tempo propício para desejar a todos os leitores, os nossos votos de Boas Festas e Um Feliz Ano Novo.
Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 23 de dezembro de 2018

Isolamento de Judeus e Muçulmanos no Natal

A grande maioria das pessoas de origem cristã, mesmo que não sejam religiosos ou praticantes, comemora a festividade da quadra natalícia no mundo ocidental, todavia, nem todos são cristãos e, como tal, nesta altura sentem um certo isolamento, tal sentimento acontece entre os judeus, muçulmanos, hindus, budistas e as Testemunhas de Jeová que vivem nos países da Europa e nos países da América.

Atualmente as festividades do Natal dão em todo o mundo, maior ênfase ao Pai Natal, São Nicolau, do que propriamente a Jesus Cristo, isto deve-se a ser uma época de grande consumismo próprio desta época, o que acaba por acentuar ainda mais a sensação de isolamento para as comunidades não cristãs, em particular as crianças.


De forma a que as pessoas se sintam menos isoladas, de algum tempo para cá, os judeus e os muçulmanos, têm o hábito de desejar um Feliz Natal aos seus amigos e clientes cristãos, todavia um cristão deve ter o cuidado para não desejar um Feliz Natal a pessoas de outra fé, mas não fica mal desejar Boas Festas, porque o Ano Novo da Era Comum aproxima-se no prazo de uma semana a seguir ao Natal. 


Já em Israel por exemplo, os desta quadra são dias normais de trabalho, inclusive o dia 23 que é o primeiro dia da semana, os serviços públicos, bancos e comercio abrem normalmente, o mesmo se passa com os dias 24 e 25, Jesus nasceu em Israel (antiga Judeia) mas não é reconhecido como o Messias esperado.


De forma idêntica ocorre o isolamento dos cristãos no mundo árabe, onde o dia de Natal é um comum, além de que não se pode comemorar o Natal em público, por exemplo na Arábia Saudita, a não ser dentro de casa, porque lá a religião oficial é o Islão e, mesmo que acreditem em Jesus, que denominam-no de Profeta Issa,não comemoram o seu nascimento.
Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 15 de dezembro de 2018

ONU Celebra os 70 Anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Este ano comemoram-se os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, as comemorações foram realizadas a nível global, nas quais estiveram envolvidos com as comemorações altos dignitários da ONU, Chefes de Estado e de governo em diversos países, em variadíssimos eventos que ocorreram por todo o mundo. No entanto, destacamos o discurso do Secretário Geral da ONU, António Guterres :

"Durante 70 anos a Declaração Universal dos Direitos Humanos tem sido um farol global. iluminando a dignidade, a igualdade e o bem-estar social, trazendo esperança a lugares obscuros; Os direitos proclamados na Declaração aplicam-se a todos, não importando a sua etnia, crença, localização ou outra distinção de qualquer tipo.
Os Direitos Humanos são Universais e eternos e, também, são indivisíveis; não se poderá escolher entre os direitos civis, políticos, económicos, sociais ou culturais.
Hoje também são homenageados todos os defensores dos Direitos Humanos, que arriscam a vida para proteger as pessoas diante do crescente aumento do ódio, do racismo, da intolerância e da opressão.
Efetivamente os direitos humanos estão a ser cerceados em todo o mundo, e os valores universais estão a ser desgastados.
O Estado de Direito está a ser minado, e agora mais que nunca, o nosso dever é claro: Iremos defender os Direitos Humanos para todos e em todos os lugares".



Autor: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Portuguesa Arrisca-se a 10 Anos de Prisão por Envolvimento com o Neo-nazismo


Cláudia Patatas é uma cidadã portuguesa de 38 anos, vive em Yorkshire na Inglaterra e, que está neste momento a ser julgada por um Tribunal no Reino Unido por envolvimento com uma organização neo-nazista denominada 'National Action' (Ação Nacional), organização banida pelo governo britânico em 2016, por ser assumidamente racista, xenófoba e antissemita e ainda, por incitar atos de violência.
O julgamento da cidadã portuguesa ocorre em Birmigham, juntamente com outros 6 membros da organização extremista, incluindo o companheiro de Cláudia, Adam Thomas com quem teve um bebé, dando-lhe o nome de Adolf. A acusação afirma que em várias ocasiões Cláudia Patatas defendia abertamente a morte de todos os judeus, e arrisca-se a uma pena de prisão entre os sete e os dez anos. Por outras palavras o banimento do partido em 2016 e o julgamento do grupo, devem-se ao facto de as suas atividades serem totalmente contra os valores do Estado de Direito, da democracia e do  ideal humanista.
Cláudia e Adam Thomas com o filho Adolf,
O neo-nazismo está a alastrar-se pela Europa, nomeadamente nas camadas mais jovens e operárias nos grandes centros urbanos, além do antissemitismo, xenofobia e da homofobia, esses grupos defendem e praticam abertamente atos de violência e vandalismo. Um fenómeno que é um contrassenso em países que lutaram na Segunda Guerra Mundial contra a Alemanha Nazista, como foi o caso do Reino Unido. 


Autor: Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

70 anos da independência de Israel

Este ano de 2018 Israel comemorou os 70 anos de Restauração da Independência, em hebraico diz-se Yom HaAtzmaut ( יום העצמאות), onde teve lugar inúmeros eventos e grandes festividades em todo Israel, mas também nas comunidades israelitas espalhadas por todo o mundo, tendo o Presidente da República Reuven Rivlin, presidido às celebrações e comemorado com os cidadãos em vários eventos.

A Restauração do Estado Judaico é considerado o maior milagre do século XX, se tivermos em conta um exílio forçado da Grande Diáspora por mais de dois mil anos, uma nação que nunca se desintegrou como povo após a perda do seu território, ressuscitou, venceu batalhas, ultrapassou obstáculos e conseguiu reerguer-se.

Theodor Herzl, não chegou a ver realizado o sonho da restauração de Eretz Israel (Terra de Israel, também denominada de Terra Santa onde existia a antiga Canaã), sonho esse, que surgiu no fim do Século XIX com a criação do Congresso Sionista em Basileia na Suiça no ano de 1897, como o órgão supremo da Organização Sionista Mundial que procurava uma solução para a Questão Judaica, procurando um lar para reunir todas as comunidades israelitas do mundo, fugindo assim aos processos contínuos de perseguição, explosões, pogroms e à segregação a que os judeus foram sujeitos por manterem-se como uma nação, acabando por não poder exercer em muitos países os direitos dos cidadãos nacionais.

A declaração do Balfour, do então ministro dos negócios-estrangeiros do Reino Unido em 2 de novembro de 1917, afirmando que o povo judeu tem o direito a ter uma pátria judaica, e que o governo britânico comprometia-se a facilitar a criação de um Lar Nacional Judaico na Palestina. Algo que deu força ao movimento sionista.

 A pior das perseguições foi a Inquisição e o pior dos pogroms foi o Holocausto Nazista, Hitler nos seus discursos dizia que para a Questão Judaica a Solução Final era a extinção do povo judeu da face da Terra, e cometeu o maior genocídio até hoje visto, com a morte de 6 milhões de judeus nos campos de concentração.

Todavia, o caminho percorrido até aqui, não foi fácil, da guerra pela independência, aos contínuos ataques terroristas, com rockets e a entifada das facas, mostram que a independência não foi fácil, tal como não é fácil a vida das comunidades israelitas na Diáspora com o recrudescimento do antissemitismo.

Além da Capital Jerusalém, um outro lugar emblemático das celebrações foi o Bulevar Rothschild, em Tel Aviv, onde David Ben Gurion proclamou a independência do Estado de Israel no dia 14 de maio de 1948.



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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