O número de cantinas sociais tem vindo a aumentar e expandir-se,
atingindo neste momento as 811 unidades, de cantinas sociais espalhadas de
Norte a Sul, e são um sintoma claro da situação de crise e de grave carência
económica em que vive uma parcela considerável da população portuguesa, tal
como um flagelo silencioso do qual não se fala, e por vezes- finge-se que não
existe.
As Cantinas Sociais pertencem regra geral, a IPSS's Institutos
Particulares de Solidariedade Social, entidades sem fins lucrativos, que atuam
em colaboração com o ISS Instituto de Solidariedade Social de Portugal,
inseridos por sua vez no PEA Programa de Emergência Alimentar através da RSCS
Rede Solidária de Cantinas Sociais, cujo objetivo é suprir as necessidades
alimentares dos indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade
socioeconómica, através da disponibilização de refeições quentes, a serem
consumidas no domicílio.
Segundo dados noticiados no DN Diário de Notícias, foram
distribuídas no ano de 2013, cerca de 14 milhões de refeições, a agregados em
situação de total dependência, sendo as maiores causas o desemprego, viuvez,
divórcio e doença.
O aumento exponencial do desemprego em Portugal, muito embora os
dados oficiais tentem disfarçar os números, através de formações dentro do
âmbito do Programa VIDA ATIVA, a realidade é que o aumento só não é maior,
porque uma grande parte da população jovem e composta maioritariamente por
licenciados emigrou, tal como aconselhado pelo Primeiro-ministro Passos Coelho,
no início do seu governo, e isso revela-nos que há um grave problema social, e
político em Portugal, O Problema a meu ver, está em quem desenha as
políticas publicas, esquecendo de conhecer a realidade de quem arregaça as
mangas, e esquecendo-se de que é preciso desenhar convictamente politicas
sociais, não para remediar, mas sim para consertar e construir um País melhor e
mais justo.