domingo, janeiro 29, 2012
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Estava de volta do
computador e reli comentários de amigos nas redes sociais, e uma chamou-me a
atenção, pelo que passo agora para o blog, antes que se perca para sempre.
Há alguns dias atrás, uma pessoa amiga perguntava,
"será que as coisas poderiam voltar a ser como eram antes?",
confesso que a pergunta não me foi dirigida a mim, logo não conheço
a razão de ser da questão, mas a pertinência da mesma, levou-me a dar
prontamente um auxilio, pelo que respondi dizendo: "Nada na vida, volta a
ser igual como o fora antes alguma vez, mas creio que, ou será melhor porque a
experiência e a maturidade assim o fazem, ou será pior, porque as
circunstâncias assim o impõe".
Já Heráclito (filósofo grego) dizia: "Um Homem
não se banha duas vezes no mesmo rio", querendo dizer com isto que numa
segunda vez, nem o homem nem o rio eram os mesmos, tudo muda. Da mesma forma
acrescento, as Primaveras não são todas iguais, a mudança é uma constante na
irreversibilidade do caminho da vida. Há pois que saber tirar partido disto.
O que a cara amiga tinha em mente, quando formulou a pergunta, não o sei, e
provavelmente não o saberei, mas à minha mente veio a questão: A crise que veio
com a queda das torres gémeas em 2001, as guerras no Afeganistão e Iraque
(desastrosas) os tsunami na Tailândia em 2004 e no Japão em 2011 com o
agravamento do acidente nuclear, vem trazer um agravamento do problema
ambiental em todo globo, somando ainda a crise de 2008 nos EUA e o seu contágio
a todo o Mundo com efeitos desastrosos para a Europa, e em particular Portugal,
levando a uma crise financeira e monetária com a derrocada do euro, na qual os
PIGS se viram numa situação de ruptura financeira, orçamental e não estão
livres do perigo iminente de Bancarrota,
tudo isto fazem-me crer, que trouxeram de forma irreversível e
exponencial, mudanças políticas, económicas, sociais e culturais.
O mundo daí saído será outro, e tal como nas
gerações passadas, não mais veremos o que chamámos ainda ontem, de bons
velhos tempos, que sociedade irão herdar os nosso filhos e netos? Logo
resta dizer: Nada é ou será como
antes.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.