sexta-feira, março 14, 2014
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
A paz, por vezes não
passa mais do que uma palavra, três letras e muitos discursos, quanto às
intenções, essas ficam-se pelo caminho. Mas pior que isso é a hipocrisia da
grande imprensa e dos políticos ocidentais, que fecham os olhos aos ataques
iniciados pelos terroristas. As vitimas são e serão sempre as mesmas, o
processo de paz e os povos de ambos os lados da fronteira, Israel e Palestina na difícil equação da Paz, merecem o apoio sério da comunidade internacional, e de uma imprensa
isenta e esclarecida e esclarecedora.
Esta
quarta-feira Israel foi atacado com mais de 65 rockets, lançados a partir da
fronteira da Faixa de Gaza, no que é considerado de uma Guerra Santa (Jihad
Islâmica) que tem obrigado várias famílias israelitas a se refugiar em abrigos
subterrâneos.
Não irei comentar os ataques em si, não é minha missão dar a noticia, mas
comentar e denúnciar acontecimentos e factos. Neste caso, o que observo é que
há uma total desconsideração face às potências ocidentais para a verdadeira resolução
deste problema, que sabemos nós não se resolve com ódio, nem vingança, mas com
passos largos e decididos em direção à paz, mas para isso, o primeiro passo é
de certeza, conquistar a confiança do outro, dando sinais inequívocos de que se
está a construir essa paz, não com palavras mas com atos e seriedade. Como
diria Amos Oz, é preciso combater o
preconceito de ambas as partes. Só que isso não basta, enquanto os terrorista
lançam 65 rockets contra alvos civis em Israel, propositadamente ignorados pela
imprensa internacional, que só vê interesse em divulgar com o notícia a
resposta israelita, numa total deformação da informação, e da deturpação da
opinião pública internacional referente ao caso.
A paz é o bem mais precioso que ambos os povos, dos dois lados da fronteira
poderão ter, e não sei quem verdadeiramente perde com o fim deste conflito, mas
sei que terá tudo a ganhar com a Paz plena e duradoura, pois através dela todo
o resto é possível, paz essa que é necessária para que se possa vislumbrar o
reconhecimento mutuo de ambos os Países, condição sine qua non para a Palestina
tornar-se um país soberano.
Shalom Aleichem, que é a palavra hebraica que significa Paz, e que serve de
cumprimento à chegada e à partida, possa vir a ser dita em alto e bom som, para
que todos os povos compreendam e saibam que ela é sinónimo de sede, de sonho e
de uma incansável esperança, para homens e mulheres, novos e velhos, de todos
os credos.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.