Já diz a célebre frase latina, do tempo do
Império Romano, “Mens sana
in corpore sano”
ou seja, mente sã em corpo são, por outras palavras é o modo de manter a mente sã para ter também uma óptima saúde física, e
ao que parece é bem verdade. De facto, ter uma mente sã é uma necessidade cada
vez mais premente nos dias actuais, as desordens mentais, entendidas como problemas psíquicos, advém do modo de vida a que somos submetidos ao longo do tempo, mas apesar da azafama da vida moderna, e do stress em tempos de pandemia, manter a
mente sã não é nada impossível, ora vejamos abaixo alguns conselhos.
1 - Criar hábitos
A Rotina mói, mas sem ela, não conseguiríamos organizar
o nosso tempo, e desfrutar do gozo de ter um dia bem-sucedido, o que significa
que uma dose certa de rotina na nossa vida é também importante e até necessária,
organize o dia na véspera, registe horas e agende tarefas para que se criem novos
hábitos.
2 - Manter o pensamento positivo
Manter pensamentos positivos é um dos
mecanismos mais importantes que temos ao nosso alcance, a mente quer ser alimentada com pensamentos construtivos e positivos, ainda que tenhamos um grande problema, o desespero por si só não resolve, aliás só piora, daí a importância de se pensar
de forma positiva, que permite encontrar uma solução com a calma e o raciocínio necessários, no restante, é pensar
positivamente na vida em si, a vida flui e pensar positivamente faz com que
flua a nosso favor, para tal, rodeie-se de pessoas positivas e desfrute momentos prazerosos, ao ler livros agradáveis, filmes divertidos e faça também uma
revisão de cada dia que passou, onde deverá anotar apenas os aspectos positivos do dia, pode fazer também uma lista do que conseguiu conquistar e evoluir no ultimo ano, se quiser pode alargar o tempo, e verá que há muitas conquistas a celebrar, veja-se como uma pessoa vitoriosa.
3 - Adaptar-se às mudanças
O mundo está em constante mudança, nós mesmos
ao longo dos anos estamos diferentes, mais maduros, com outra química, e isso
tem que ser visto com naturalidade e de forma positiva. Adaptação ao meio, impões
conhecer e respeitar a cultura vigente, não significa que você terá que ser
igual, mas que está capaz de aceitar e respeitar a mentalidade em voga;
actualize-se em relação às novas tecnologias para manter-se em contacto.
4 - Alimentação saudável
A ligação que há entre o corpo e a mente, é
mutua, se por um lado o pensamento positivo e a mente sã, ajudam-nos a manter o
corpo saudável, o contrário também é bem verdade, daí a importância de uma
dieta equilibrada, que deverá fazer para manter o seu peso ideal, mas também a
sua mente desperta e activa. Procure informar-se de quais são os alimentos
adequados à sua dieta e os que mais beneficiam a actividade cerebral, após isso
faça uma lista e siga-a rigorosamente, este é um dos hábitos a criar, caso
ainda não o tenha.
5 - Exercícios físicos e caminhadas
Mais uma vez, o corpo a potenciar uma mente sã,
aqui através dos exercícios físicos, que poderá fazer em casa, ou num ginásio,
todavia também poderá fazer num parque ou ainda complementar com caminhadas por
lugares agradáveis aos fins de semana, ou durante alguns dias da semana em
horas vagas. Os exercícios tonificam os músculos, aumentam a auto-estima e
ajudam-nos a queimar calorias, mantendo o peso ideal, além disso, os exercícios
auxiliam a oxigenação do cérebro, sobretudo os aeróbicos, ou as caminhadas e
andar de bicicleta, mesmo que bicicleta estática em casa. Além disso os exercícios
físicos que ajudam a oxigenar o cérebro ajudam a evitar em 50% o aparecimento
de doenças cognitivas ou degenerativas como o Alzheimer.
6 - Ouvir música clássica
Ouvir música clássica é muito prazeroso, produz
uma sensação de bem-estar e relaxamento, (para quem tem o hábito) mas ainda
assim, para quem não tem o habito ou o gosto pela música clássica, é altura de
pensar sobre isso, pois estudos científicos realizados em 2015 pela
Universidade de Helsínquia, revelaram que a Música Clássica activa os genes
envolvidos na sinapse, na aprendizagem, na memória e na produção de dopamina, e
contribui para evitar o aparecimento de doenças degenerativas, ou seja é um
ganho muito importante a nível mental e um acumulo de saúde. A música clássica
é oriunda da Europa, mas não é por acaso que se popularizou a nível mundial e
hoje é escutada e até 'cultivada' em todas as culturas ao redor do mundo.
7 - Hábitos de leitura
A leitura é um dos exercícios que mais
beneficia a capacidade de raciocínio e mantém o cérebro activo, estimula a
criatividade, desenvolve o senso critico, e permite ainda desenvolver a
empatia, ou seja, é como fazermos ginástica, ler e reflectir no que se lê é uma
actividade prazerosa e que garante-nos um grau de longevidade da nossa saúde
mental. Faça uma lista do que gostaria de ler, mantenha sempre o foco em
leituras que sejam agradáveis e positivas, para quem não tem o habito de ler
todos os dias, eis mais uma oportunidade para um novo hábito.
8 - Aprender Línguas
Tal como a leitura, a aprendizagem de um novo
idioma, é um exercício muito bom para manter a mente sã, é uma verdadeira
ginástica para o cérebro, nos tempos actuais, e com o desenvolvimento
tecnológico, aprender um idioma sozinho a partir de casa em frente ao
computador é algo mais comum, cada vez mais, ouvimos falar de pessoa que após
os 40 e 50 anos dedicam-se a estudar idiomas, alguns até mesmo depois de
reformados ou aposentados, e porquê? Porque sentem-se bem, a conquista de
aprender uma nova língua, gera um grau de satisfação imenso, óptimo para
aumentar a auto-estima, mas também geram ainda mais, o aguçar da curiosidade de
aprender mais e mais, os benefícios da aprendizagem de idiomas, estão focados
na concentração, melhora ou mantém vivas as capacidades congénitas, evitando a senilidade,
ajudam nas funções de linguagem, raciocínio e comunicação.
9 - Amizades e convívios
Manter as amizades e conviver é excelente,
sobretudo, quando temos conteúdo para partilhar, os livros que lemos, as
viagens que fizemos, as coisas novas que aprendemos, etc. O convívio e a
manutenção das amizades são importantes para a nossa saúde mental, porque somos
animais sociais, animais de convívio, não fomos feitos para estar sós, mas
antes para sentirmo-nos úteis dentro de uma comunidade, e as amizades servem
para manter esses laços humanos que nos são tão caros, sentir que temos alguém
que nos escuta, sabermos ser também o ombro amigo de alguém é o que dá sentido
à vida, mas para além do apoio em momentos difíceis, há a partilha dos momentos
agradáveis que se passam juntos. Os momentos de convívio com amigos e
familiares dão uma sensação de conforto e pertença e de segurança que são muito
importantes para a psique.
10 - Ter um sono satisfatório
Depois de tudo, resta falar ainda, do descanso,
que é importantíssimo para o nosso cérebro, é o sono, o descanso, não apenas do
corpo, mas também, e sobretudo do cérebro.
Algumas pessoas, acordam com a sensação de que
estão cansadas, como se não dormissem, isso revela que tiveram um mau sono, ou
seja, o cérebro não descansou, e isso afeta enormemente a saúde e até o
resultado das actividades do dia, parece que as coisas não correm bem, isto
porque dormir pouco afecta o cérebro da mesma forma que o álcool; por outro
lado, quando dormimos o suficiente (que varia de pessoa para pessoa) sentimos o
corpo descansado, e a mente arejada para um novo dia, que a principio, nos
correrá bem.
Por isso, é aconselhável manter o controle das
horas dormidas, manter o hábito de horas certas para se deitar, e levantar, e
não apenas porque tem que trabalhar no dia seguinte, mas que deverá ser um
habito a manter, tanto para a saúde mental, como física, e verá os benefícios do
descanso no bom funcionamento do seu cérebro, como a memória, o raciocínio e até
mesmo do bom funcionamento do metabolismo.
Autor Filipe de Freitas Leal
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Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Trabalhou como Técnico de Serviço Social numa ONG vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e ao apoio de famílias em vulnerabilidade social, é Blogger desde 2007 e escritor desde 2015, tem livros publicados da poesia à política, passando pelo Serviço Social.