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sexta-feira, 15 de março de 2024

Apesar de Tudo, Vence Sempre a Democracia


A grande diferença entre a Democracia, o Fascismo e o Comunismo, é que a Democracia é um sistema político frágil por ser o regime da Liberdade de Opinião. Como tal, a Democracia requer o respeito por todos os intervenientes no palco da política plural e multipartidária. Na democracia há partidos grandes e partidos pequenos, uns à Esquerda, outros à Direita, mas todos são igualmente válidos na medida que são a expressão máxima da vontade popular que os elege para se sentarem à mesa do diálogo e da concórdia.

Ao Contrário, o Fascismo e o Comunismo são regimes fortes e musculados, onde não há liberdade de pensamento, expressão e associação política e cívica, nem liberdade de imprensa, são regimes suportados por uma Polícia Política, repressiva, persecutória, torcionária e com uma vigilância permanente e asfixiante. E isto não tornará a acontecer no nosso país.

Em Democracia todos os votos contam, sobretudo os que elegem deputados e devem ser respeitados, da AD ao PAN. É portanto espectável que em vez de segregação haja diálogo com todos os partidos, inclusive com o Chega. Facto é que quanto mais se persegue e segrega o Partido Chega e quanto mais se rotulam de fascistas os seus apoiantes mais o Chega cresce e mais se fortalece. Não adianta fingir que o Chega não existe ou que 1,1 milhão de votos não contam. É imperioso chamar o Chega para o diálogo responsável próprio da cultura democrática.

Mas dadas as circunstâncias, Portugal foi empurrado para um ciclo político de instabilidade governativa, tal como noutros países parlamentaristas onde os partidos não obtém maiorias absolutas, como a Itália, a Bélgica ou os Países Baixos, o que a meu ver é mau, e a culpa é do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa que tem sido tendencioso e um elemento desestabilizador, e essa não é a função do Presidente. Provavelmente ainda teremos eleições legislativas no prazo de um ano.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Pedro Nuno Santos Sai do Governo

Pedro Nuno Santos (esq) ao Lado de António Costa (dir).

A remodelação ministerial que António Costa promoveu no decurso de acusações de irregularidades a dois dos seus ministros e a alguns secretários de Estados, foi a meu ver, inteligente e pragmática, muito ao contrário do que se tem falado na imprensa, que vai muito a reboque dos comentários velados do Presidente da República.

Primeiro porque não há uma ´Crise Política´ em Portugal, o que se passou foi uma crise ministerial que já está resolvida, ou pelo menos resolvida por agora, mas seja como for, tal não justifica de todo, o circo de uma moção de censura no Parlamento promovido pela IL Iniciativa Liberal de Direita, aliás há problemas maiores na República que carecem que ser assinalados e analisados com seriedade pela oposição e solucionados pelo Poder Executivo.

Nesta reforma, saiu o Ministro Pedro Nuno Santos, (que era o mais dinâmico e visionário), e fica uma fruta estragada no cesto do governo, falo de Fernando Medina, não pela pessoa em si, mas pelos ataques que a ele serão feitos com vista a descredibilizar o governo de António Costa. A realidade é que a oposição e os grupos de pressão pediram a cabeça de João Baptista, mas a que entregaram era a de Pedro Nuno Santos; todavia, a culpa não morreu solteira, a verdade virá ao de cima.
Para além disto, tenho a certeza de que não é a morte política de Pedro Nuno Santos, mas talvez o início de um longo caminho de militância para a liderança e renovação do PS Partido Socialista.

Sente-se uma excessiva influência do aparelho partidário non seio do governo, e que é nefasta na medida em que está a destruir a imagem do Primeiro Ministro e do gabinete como um todo, e por sinal, Costa é considerado um bom político e um bom Primeiro Ministro, mas necessita de conquistar uma inequívoca independência face ao aparelho do partido, para assim, promover uma reforma ministerial que redefina os objetivos setoriais prioritários e possa reconquistar a confiança dos portugueses.

Há Ministros e talvez até secretários de Estado que devem ser afastados enquanto é tempo, Fernando Medina é um deles, bem como a sua equipa de secretários de Estado, Alexandra Reis já saiu e nem deveria ter entrado, estes apenas dois nomes, a ponta do Iceberg entre alguns deles.
Um Governo para ser bom, necessita de profissionais tecnicamente competentes, e não de militantes partidários meramente disponíveis, além de ter que ter um cuidado redobrado com as compatibilidades profissionais e éticas antes de lançar convites ou de fazer as nomeações.

A saída de Pedro Nuno Santos da Direcção Nacional do Partido Socialista, não pode nem deve ser, a meu ver, considerada uma oposição interna a António Costa, mas o reforço de uma ala Esquerda do PS, que é critica aos avanços do liberalismo, e que vai preparar uma alternativa política à sucessão na liderança interna, na definição de objetivos e das estratégias para o PS adaptar-se a novos desafios de futuro, e assim, assumir o seu papel na esquerda portuguesa.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

 
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