Há algumas perguntas que me surgem, para as quais eu não consigo obter resposta, porque para mim, este conflito é um absurdo autêntico:
1º - Se de facto irá ocorrer uma invasão da Ucrânia, porque é que Putin perde tanto tempo em negociações sem fim e com um aparato militar mediático, permitindo dessa forma, que a Ucrânia e os Aliados se organizem, obtendo maior capacidade de defesa e resposta?
2º - Se de facto o objetivo da Rússia é ter uma zona tampão, não permitindo que os países satélites estejam no campo de influência da OTAN, sendo essa uma das exigências russas para não invadir a Ucrânia. E neste caso, se a independência e a soberania da Ucrânia dependem do facto de não pertencer a uma organização que seja considerada uma ameaça para a vizinha Rússia, então porque é que os EUA insistem em que a Ucrânia venha a tornar-se membro da respetiva organização?
3º - O que ganha a Ucrânia com este conflito, ao ser invadida, ao perder território e à ruína da sua economia; Porquê então, o Presidente Volodymyr Zelensky não desiste da OTAN, em nome da paz, da estabilidade económica, política e social, para o seu país e o seu povo?
4º - Por fim, resta perguntar onde está a lógica disto tudo? Não em relação à Rússia de Putin, aos EUA de Biden e à Europa representada aqui por Macron, mas sobretudo em relação às decisões dos políticos da Ucrânia. Creio que estão a ser conduzidos como cordeiros para interesses que não são verdadeiramente os interesses do povo ucraniano.
De acordo com o exposto acima, verifico que é demasiado estranho, que mais do que os políticos ucranianos, sejam os EUA a decidir o destino da Ucrânia, ao quererem impor esse país do Leste europeu como membro e parceiro da OTAN, estão assim, a agravar a situação e a empurrar a Ucrânia para o abismo.
Não podemos esquecer que Biden já cometeu erros que cheguem, primeiro a desastrosa saída do Afeganistão, e agora com o escalar do seu discurso de ameaças à Rússia, pode cometer mais um grave erro, o de provocar o conflito militar, prejudicando neste caso, não apenas a Ucrânia mas também a Europa.
Quando um país como Israel, que tem um dos melhores serviços secretos do mundo, decide retirar a sua representação diplomática de Kiev, e informa aos seus cidadãos para não viajarem para a Ucrânia, pode ser entendido como um grande sinal da eminente invasão da Ucrânia, probabilidade muito maior do que se esperava.
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