Ha ainda nos túneis de Gaza, um numero estimado em 136 reféns israelitas e judeus sequestrados no fatídico dia dos massacres de 07/10/23.
Solidariedade é a essencia da Justiça Social
Para que uma sociedade se desenvolva em justiça social é fundamental a cultura da solidariedade.
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Sociologia para o Mundo Atual
A sociologia é numa ciência que tenta compreender as causas dos males sociais, e visa dar as respostas adequadas, para a implementação de políticas pública, tendo por isso, um compromisso com o mundo moderno..
quarta-feira, fevereiro 10, 2016
Filipe de Freitas Leal
4 comentários
Um estudo científico sobre a origem genética da população portuguesa, veio
a comprovar que em Portugal, um dos países mais católicos da Europa, a
população tem uma grande percentagem de origens judaicas na linhagem masculina.
No entanto a maioria dos portugueses desconhece este facto, que por sinal
foi revelado num estudo publicado pelo “The New York Times”, a University of
Georgetown, EUA, e o Instituto Português de Saúde Ricardo Jorge, estudo este no
qual o Prof. Jonathan Ray afirma serem cerca de 35% de população portuguesa a
Sul do Tejo e cerca de 25% a Norte tem ascendência judaica, (de judeus
sefarditas), estudo feito com base em investigações no ADN das populações de
toda a Península Ibérica, ficou registado que 30 por cento dos portugueses e 20 por cento dos
espanhóis são de origem judaica e 11 por cento de origem árabe e berbere em toda a Península Ibérica.
Essa disseminação da população judaica na Península deveu-se a três
factores, 1º no Império Romano, onde a Diáspora força a fuga para terras
distantes de Judeus expulsos de Israel após a destruição do Templo de
Jerusalém. 2º Na conquista árabe no séc. XII os judeus mantiveram a sua
liberdade e se desenvolveram e progrediram em igualdade aos muçulmanos numa
primeira fase, depois foram perseguidos e se espalharam pela península, e
arabizaram os seus nomes. 3º A conversão forçada de centenas de milhares de
judeus nos séc. XIV e XV, adoptando nomes e sobrenomes portugueses, bem como
impondo os costumes alimentares (daí vem a alheira e a farinheira – enchidos
para fingir o consumo de carne suína), eram no entanto identificados e chamados
de Cristãos Novos, termo com cariz pejorativo e claramente marginalizador,
muitos foram destituídos dos seus bens, e famílias foram separadas, levadas
para diversas possessões coloniais portuguesas.Contrariamente aos restantes
países do mundo, Portugal, paradoxalmente com a sua cultura marcadamente
católica, tem nas suas origens o sangue judeu. Já mesmo antes da conquista
Romana, a península Ibérica era na Bíblia chamada de “Társis”, onde por sinal
havia já uma colónia Judaica considerável.
Em Lisboa na Altura do Reino do Al-Andaluz, a população Judaica era
superior em número à população muçulmana e Cristã (na altura denominada de
moçárabe). Os judeus à altura adoptavam nomes hebraicos, mas com o aumento da
pressão islâmica na península passaram a usar nomes árabes, e até grandes Rabis
escreveram obras literárias em árabe, como por exemplo o Sepher HaZohar, foi
inicialmente escrito em árabe por Maimonides.A tradição popular portuguesa
indica que as famílias com apelidos associados a árvores, flores ou vegetais
são, supostamente, de origem judaica, embora na realidade com a conversão
forçada dos judeus (Bnei Anussim significa Filhos dos Forçados) passaram a
adoptar sobrenomes tipicamente portugueses para não sofrerem preconceitos. Hoje
não é frequente um português assumir as suas origens judaicas, como fez por
exemplo o antigo presidente da Câmara de Lisboa, Cruz Abecassis, o Antigo
Presidente da República Jorge Sampaio, ou mais anteriormente, o capitão Barros
Basto e os escritores Fernando Pessoa e Camilo Castelo Branco, entre outros. No
entanto a população desconhece as bases do judaísmo ou da história hebraica de
Portugal.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
segunda-feira, abril 30, 2012
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Há um monumento em Lisboa, que para além de belo, é de suma importância
histórica, por ele passam centenas talvez milhares de pessoas, sem o ver ou
vendo sem lhe dar importância devida, trata-se do monumento em homenagem aos
judeus mortos no ano de 1506, no chamado"Pogrom de Lisboa"ou a "Matança dos Judeus de
Lisboa", página trágica e cruel da nossa história, pois não pensem as
gerações atuais que a perseguição e morte de judeus só ocorreu no Holocausto
Nazista. Séculos antes por toda a Europa incluindo como aqui vemos Portugal,
foram mortos milhares de judeus, quer pela inquisição quer em motins (Pogroms)
de cariz anti-semita, tendo o povo judeu sido o bode expiatório para todo o
tipo de males sociais.
Era o Ano de 1506, 19 de Abril, Portugal vivia uma seca muito grande,
crise económica e peste, nas igrejas rezavam-se novenas, faziam-se procissões e
rezavam-se missas, para combater o mal. Naquele fatídico dia segundo foi
escrito por cronistas da época, um pseudo milagre estaria a acontecer, no
interior da Igreja de São Domingo na baixa lisboeta, um cristão-novo (judeu
obrigado a converter-se ao catolicismo) fez m comentário a desfazer a ideia do
milagre, a Ira dos fiéis tornou-se numa turba enraivecida, as mulheres e
homens agarraram nesse e noutros cristãos novos e os espancaram até a morte em
frente à entrada da Igreja, depois não satisfeitos com a morte dos inocentes,
esquartejaram-nos e fizeram uma fogueira para queimar os corpos, padres
dominicanos em vez de conterem a fúria, atiçaram a população para marchar até
ao bairro dos judeus, onde famílias foram retiradas de suas casas, homens,
mulheres, velhos e crianças, espancados e mortos.
Foiassim
durante cinco dias, de uma loucura indomável, que o Rei D. Manuel I, teve de
enviar tropas especiais para por cobro à vergonha, visto que amigos e
funcionários régios foram mortos, o cheiro dos corpos queimados enchia toda a
atmosfera de Lisboa, o ambiente era dantesco. Após as tropas reais reporem a
ordem a 24 de Abril, o saldo de mortos ultrapassava os 2500, o Rei mandou
retirar do Brasão de Lisboa o título de "Honrada".
OPresidente Jorge
Sampaio, foi o único chefe de Estado, que pediu oficialmente na Sinagoga Sharé
Tikvah, perdão ao povo judeu pelos erros cometidos no passado, tendo também
inaugurado o monumento na fotografia acima.
Este é baseado no artigo: "A matança de
Lisboa de 1506" da autoria deCarlos Baptista da Javurah de Lisboa
(Espaço Isaac Abravanel)
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
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