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sábado, 20 de outubro de 2018

Brasil - Da Crise à Decadência da Democracia

As eleições no Brasil, foram uma surpresa não tanto pelos resultados do escrutínio (pois já eram esperados), mas sim, pelo modo como a campanha foi realizada. Obviamente não se trata de algo que passe despercebido à comunidade Internacional e à imprensa mundial, mas ao analisarmos o resultado deixando de lado as paixões ideológicas e as simpatias políticas, torna-se possível entender que deve-se calmamente fazer um rescaldo deste Primeiro Turno da Eleição Presidencial no Brasil.

Antes de mais, a ascensão de um candidato declaradamente conservador e de extrema-direita no seio de um partido minúsculo, o qual foi guindado a ser agora a segunda força política no Parlamento ou seja o novo segundo maior partido do pais com 1 deputado em 2014, passa a ter 52 deputados eleitos em 2018; algo que dá o que pensar, pois é preciso saber se se trata de um bom marketing político, ou pelo contrário não será o sinal de desgaste da classe política assolada primeiro por escândalos de corrupção e em segundo pela crise que gerou falências e um saldo de 13 milhões de desempregados, mas também poderá ser o resultado do esvaziamento ideológico que a erosão do tempo deixou na mente das pessoas, à exceção claro, do Partido dos Trabalhadores.

Em grande medida, o que se passou foi a conjugação de diversos fatores e situações que, entre elas levaram ao desgaste da imagem dos candidatos tradicionais, mas sobretudo porque houve dois tipos de candidatos e dois modos de fazer campanha, assim, à direita está Bolsonaro um político populista com um discurso radical e incómodo, que nos seus discursos coloca-se ao lado dos populares prometendo armas para toda a população. Do outro temos o candidato do PT o Partidos dos Trabalhadores, que na verdade agiu sempre como um anticandidato, servindo como um candidato que foi a mera sombra de Lula da Silva, que o nomeou como seu Delfim  a partir do cárcere na prisão em Curitiba.

O PT teve uma campanha focada na vitimização de um Impeachement que foi golpe ou da prisão de Lula da Silva, que serviu de mote de campanha, voltando-se para dentro, para o seu eleitorado, não dialogou à esquerda e ao centro achando-se o único partido capaz e merecedor de ser o salvador do Brasil, dando espaço a que o Salvador da Pátria estivesse no lado oposto.

Houve outros fatores interessantes que levaram Bolsonaro a ser o favorito, em primeiro lugar, porque todas as forças políticas focaram nele a sua campanha, mas também pela marketing negativo que foi o #ELENÃO, que serviu para dar força aos descontentes, que são a massa de eleitores de baixa escolaridade e pouco esclarecidos em política, mas que sentem-se traídos pelo regime político que saiu da Constituição de 1988, os "deserdados" ou simplesmente a horda de descontentes, decide votar precisamente nos candidatos que os outros partidos combatem, ou seja quanto maior é o ataque a Bolsonaro mais intenção de votos tem e mais forte fica sua campanha, este fator é fundamentalmente provocado pela campanha do PT, que tem sido das mais fracas até hoje, no sentido da estratégia e táticas, nem os milhares de dólares que recebeu do governo do Irão, chegaram para evitar o descalabro do PT e a decadência da democracia.

Por tudo isto, podemos aferir que quem ajudou a eleger Bolsonaro foi o PT, por falta de visão, por falta de estratégia e por um marketing político ultrapassado, quando a campanha do candidato do PSL, foi praticamente feita como a do Presidente Trump, ou seja, nas redes sociais como o Twitter. Mas o tiro no pé, foi quando Fernando Haddad do PT subiu no mesmo palanque com o Presidente Temer que foi dar-lhe oficialmente o seu apoio pessoal e institucional do MDB.

Resta saber o que será a governança de Bolsonaro, que políticos escolherá para formar a sua equipa e que políticas irão ser tomadas, é cedo para dizer que a democracia acabou ou que uma ditadura vem a caminho tal como ocorreu na Turquia, é preciso ter primeiramente em conta que sem um Golpe de Estado isso não será possível no Brasil, em segundo que no Parlamento não terá apoio suficiente para fazer mudanças nesse sentido e por último, lembremo-nos que o Brasil não é a Turquia nem a Venezuela.

Autor: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Lista de Partidos Políticos do Brasil

O Brasil conta neste momento com um total de 32 partidos políticos legalizados, num espectro ideológico que vai da extrema-esquerda à extrema-direita (embora não se assumam como tal), sendo portando que desses partidos, 4 têm o espectro político de Extrema-esquerda, 4 de Esquerda, 7 de Centro-esquerda, 11 de Centro-direita, 4 de Direita e 2 de Extrema-Direita ou direita radical. Destes 32 partidos, 23 estão presentes na Câmara dos Deputados e 16 no Senado Federal.
Cada partido, abaixo indicado, para além do seu logótipo / símbolo, sigla e data de fundação, apresenta também alguns dados interessantes, a corrente em que está inserida e a ideologia que defende, bem como o número do código, número esse que é utilizado para as eleições eletrónicas, não havendo um boletim de voto, o eleitor digita os números referentes ao partido e ao candidato em que deseja votar.
Após a abertura política que ocorreu entre 1979 e 1985, o Brasil abriu-se ao sistema pluripartidário em que as duas forças políticas da altura, transformaram-se em novos partidos, a ARENA - Aliança Renovadora Nacional, deu lugar ao PDS Partido Democrático Social, com o número 11 (que hoje está presente no PP) e o MDB Movimento Democrático Brasileiro (oposição democrática ao regime militar) que se transformou em PMDB (tornando a ser MDB em 2018), tendo surgido de seguida mais três partidos, o PTB, o PDT e o PT. Posteriormente à nova constituição democrática de 1988, surgiu uma difusão de novos partidos políticos de variadíssimos quadrantes ideológicos.
MDB - Movimento Democrático Brasileiro - O mais antigo partido do Brasil, fundado em 1965, hoje é um partido de Centro Direita, em 1981 com o fim do bi-partidarismo levado a cabo no governo Figueiredo passou a ser PMDB. É tido como o Catch-All Party do Brasil (partido pega-tudo) não exigindo dos seus membros um compromisso ideológico. É o Partido do Presidente Michel Temer, que está a ser investigado por corrupção. Devido ao desgaste da imagem do Partido, voltou a chamar-se MDB. Número 15.
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro, fundado em 1945, e refundado em 1981, por Leonel Brizola após a Abertura e o fim do Bi-partidarismo, a sigla passa para Ivete Vargas, o partido é de Centro Direita, é um Catch-All Party, hoje faz parte da coligação governamental. Número 14.
PDT - Partido Democrático Trabalhista - Partido de Centro-Esquerda, fundado em 1981 com a abertura política de 1979,  por Leonel Brizzola, que chegou a ser Governador do Rio de Janeiro, hoje o partido faz parte da coligação governamental. Único partido brasileiro presente na Internacional Socialista Número 12.
PT - Partido dos Trabalhadores, fundado em 1979 e legalizado em 1982, surgiu como uma frente de extrema-esquerda, vindo de bases sindicais dos metalúrgicos hoje é de Esquerda, fundado por Lula da Silva, que viria a ser Presidente por dois mandatos, sucedido por Dilma Rousseff a primeira mulher a ser Presidente da República no Brasil, que acabou afastada por um processo de impeachment.  Número 13.
DEM - Democratas - Foi um partido fundado em 1982 como PFL - Partido da Frente Liberal, era um partido de Direita, defendia o neo-liberalismo e o conservadorismo e fez parte da IDC Internacional Democracia Centrista, tem raízes na antiga UDN, foi formado por uma facção da antiga Arena/PDS. Fundiu-se em 2021 com o PSL Partido Social Liberal para formar o UB União Brasil, o DEM usava o número 25.
PCdoB - Partido Comunista do Brasil, fundado em 1922 e refundado em 1981, é de Extrema Esquerda, da corrente Leninista. Um dos mais memoráveis membros foi João Amazonas, Secretário Geral do Comitê Central por 40 anos. O partido é fruto de uma cisão no antigo PCB, e chegou a defender a corrente Maoista. Em 2019 agrega o PPL Partido Pátria Livre (antigo MR-8) que se dissolvera. Número 65.
PSB - Partido Socialista Brasileiro, É um partido histórico da Esquerda, fundado em 1947, e refundado em 1988, Os seus membros destacados foram Miguel Arraes em Pernambuco e Rogê Ferreira em São Paulo. Em 2014 o Candidato do PSB à  Presidência da República Eduardo Campos, que estava bem colocado nas intenções de voto, morreu num acidente aéreo, levantando suspeitas de atentado.  Número 40.
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira, fundado em 1989 é de Centro Esquerda, embora com Aécio Neves, virou ao Centro Direita, é um dos partidos defensores da corrente social-democrática, tem como bandeira o Parlamentarismo, a justiçá social, fundado por Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, é liderado por Aécio Neves, neto de Tancredo Neves. Número 45.
AGIR
- Partido de 
Centro Direita, conservador e de cariz neoliberal, foi fundado em 1985 com a sigla PJ - Partido da Juventude, passando a ser mais tarde PRN - Partido da Reconstrução Nacional, legenda usada por Collor de Mello na eleição que o elegeu Presidente em 1999, e posteriormente com o nome PTC - Partido Trabalhista Cristão. Número 36.
PSC - Partido Social Cristão, fundado em 1985 foi um partido de Centro-Direita, de cariz democrata cristão e conservador, o teor ideológico definia o cristianismo como um conjunto de valores a serem aplicados na prática política e social. O partido acabou por dissolver-se e fundiu-se com o Podemos na sigla PODE; o PSC usava o número 20.
PMN - Partido da Mobilização Nacional - Partido de Centro-Direita, fundado em 1990. Inicialmente situava-se à esquerda, defendendo a mobilização popular na luta de causas, chegou a estar prevista uma fusão com o PPS para criar-se a MD Mobilização Democrática, mas os militantes rejeitaram em congresso. Número 33.
CIDADANIA - Fundado em 1992. É um partido de Esquerda, que surge a partir da dissolução do PCB Partido Comunista Brasileiro, sob a liderança de Roberto Freire, defende a democracia participativa e a social democracia, Apesar de esquerdista o partido opôs-se aos governos do PT. Número 23.
PV - Partido Verde, legalizado em 1993, é um partido de Centro Esquerda, do Socialismo Ambientalista, foi fundado em 1986 por Fernando Gabeira, um intelectual e ativista brasileiro, após o exílio na Europa, e adotando o modelo político dos ecologistas europeus, o partido está vinculado com a Global VerdeNúmero 43.
AVANTE - Partido de Centro Esquerda, na prática tem um discurso centrista, foi fundado em 1994 por dissidentes do PTB, com a sigla inicial de PT do B;tem vindo a ter um crescimento exponencial a nível de deputados federais, e tem perto de 200 mil militantes, defende o ideal Trabalhista, Social-Liberal. Em 2017 alterou o nome e sigla para AVANTE. Número 70.
PP - Progressistas, fundado em 1995, é de Direita e defende o liberalismo, é atualmente o 4.º maior partido do Brasil, tendo mais de 1 milhão de militantes, um dos seus líderes é Paulo Maluf, (da Arena e PDS) e Ex-Prefeito e Ex-Governador de São Paulo, o PP apoiou a reeleição da Presidente Dilma Rousseff. Número 36.
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - Partido de Extrema Esquerda, de cariz Marxista-Tortskista, fundado em 1995 na senda do PRT Partido Revolucionário dos Trabalhadores, sendo um grupo que fazia parte do PT faz parte da Liga Internacional dos Trabalhadores (4ª Internacional). Número 16.
PCB - Partido Comunista Brasileiro, fundado em 1922, e refundado em 1996, é de Extrema Esquerda, defende o Marxismo-Leninismo e a luta de classes. Dos seus muitos ilustres militantes contam-se Luis Carlos Prestes, Jorge Amado, e Orcar Niemayer e outros. O partido apoiou os governos de Lula, mas não Dilma Rousseff. Número 21.
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro - Fundado em 1996, trata-se de um partido de Direita, populista e de ideais conservadores, em 2000 o Ex-Presidente Fernando Collor ingressou no partido e concorreu às eleições como candidato a Prefeito de São Paulo. Número 28.
DC - Democracia Cristã, fundado em 1997, partido de Centro Direita, da. Inicialmente é fundado como PSDC - Partido Social Democrata Cristão, a partir de uma faccão liderada por José Maria Eimael, por não aceitar a fusão do PDC Partido Democrata Cristão com o PDS Partido Democrático Social, gerando para fundar o PPR Partido Progressista Reformador. Número 27.
PCO - Partido da Causa Operária, fundado em 1997, por militantes do PT que foram expulsos do partido em 1991, sendo um partido de Extrema Esquerda da corrente trotskista, Normalmente concorre sozinho, tendo se coligado apenas com o PCB na FER Frente da Esquerda Revolucionária. Número 29.
PODE - Podemos;fundado em 1945, e refundado em 1997 como PTN Partido Trabalhista Nacional. É um partido de Centro Esquerda da corrente trabalhista. Foi o partido pelo qual se elegeu Jânio Quadros à Presidencia da República em 1961, Apoiou o primeiro governo de Dilma Roussef, e em 2014 apoiou o PSDB, de Aécio Neves. Em 2017 mudou o nome para Podemos, mantendo o  Número 19.
PSL - Partido Social Liberal - Foi um partido de Direita, fundado em 1994 e registado em 1998. Identifica-se com a corrente do liberalismo social, e tem também como bandeira a a defesa da criação de um Imposto Único Federal, O partido pediu alteração do nome e sigla para LIVRES, mas sem resposta até à data. o PSL tem uma expressão eleitoral muito reduzida, mas com o apoio à candidatura do ultra-nacionalista Jair Bolsonaro à Presidência da República, prevê-se que o partido suba nas intenções de voto para o Parlamento e aumente a sua representatividade. Fundiu-se com o Democratas para formar o UB União Brasil. O PSL usava o número 17.
R - Republicanos, fundado em 2003 por partidários do Vice-Presidente José de Alencar que era do PL, foi registado em 2005, como PMB Partido Municipalista Brasileiro, mais tarde muda para PRB Partido da República do Brasil, e em 2019 teve deferido o pedido para o novo nome Republicanos. No entanto crê-se na opinião pública que se trata de um de órgão politico da IURD Igreja Universal do Reino de Deus, sendo de DireitaNúmero 10.
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade - Partido de Esquerda, fundado em 2004 e legalizado em 2005, nasceu da cisão de uma ala do PT, que discordava dos rumo político adotado. Sendo um partido similar ao Podemos de Espanha ou o Bloco de Esquerda de Portugal. Número 50.
PL - Partido Liberalfundado em 2006 e legalizado em 2006, é um partido de tendência do Centro Direita, que surge da fusão entre o PL Partido Liberal e o PRONA - Partido da Reedificação da Ordem Nacional, como PR - Partido da República, defende a criação do Imposto Único, tem ideais liberais e um discurso considerado populista, em 2019 solicitou a alteração para PL. Número 22.
PSD - Partido Social Democrata - Fundado em 2011, de Centro Direita, existiu em 1945, era o partido de João Goulart, fez coligação com o PTB no Bloco Getulista; Após a Abertura, foi criado em 1987, mas por um período curto tendo sido incorporado ao PTB em 2003. Ressurgiu em 2011. Número 55.
PATRIOTA - Fundado em 2012 como PEN Partido Ecológico Nacional, é um partido que virou à Extrema-direita, com a entrada de Jair Bolsonaro; antes defendia a corrente ecológica, mas hoje é claramente ultra-nacionalista, conservador, por trás de uma roupagem e um discurso democrata cristão, está ligado à crescente influência de grupos evangélicos na política brasileira. Em 2019 o  PRP Partido Repúblicano  Progressista, dissolve-se e funde-se com o PATRI.  Número 51.
PROS- Partido Republicano da Ordem Social, foi um partido fundado em 2010, tendo sido oficializado em 2013, foi um partido de Centro Esquerda, de tendência pela corrente ideológica republicana. o partido em 2014, fez parte da coligação que reelegeu Dilma Roussef para Presidente, Em 2022 o Partido anunciou que iria ser incorporado ao partido Solidariedade. O PROS usava o número 90.
SD - Solidariedade, fundado em 2013, é um partido de Centro Esquerda. cuja tendência ideológica aproxima-se do trabalhismo e da social-democracia. Fundado por Paulo Pereira da Silva com outros membros vindos do movimento sindicalista brasileiro, tendo concorrido pela primeira vez nas eleições de 2014. Número 77.
REDE - Rede Sustentabilidade, fundado em 2013 e legalizado em setembro de 2015, é um partido de Centro Esquerda, cuja tendência ideológica aproxima-se da social-democracia, defende a ecologia e a sustentabilidade, é liderado por Marina Silva. Número 18.
PMB - Partido da Mulher Brasileira, fundado em 2008 só veio a ser legalizado em setembro de 2015,  partido de corrente do Centro Esquerda, de tendência ideológica Feminista, defende a igualdade de géneros, o combate a todos os tipos de discriminação e violência contra as mulheres. Número 35.
Novo - Partido Novo, fundado em 2011 e legalizado no ano de 2015, o Novo é um partido de corrente Ultra-Liberal de Centro Direita, fundado por pessoas sem carreira política, cujos ideais baseiam-se na defesa das liberdade individuais ao estilo da filosofia estadunidense. Número 30.

UP- Unidade Popular, fundado em 2016 e legalizado em dezembro de 2019, a Unidade Popular é um partido de corrente Marxista e anti-capitalista de Esquerda, ainda não participou de atos eleitorais, a sua base fundacional é a luta por Moradias Populares e o direito à habitação digna de todos os cidadãos. Número 80.
UNIÃO- União Brasil
, fundado em fevereiro de 2022, juntando os partidos DEM - Democratas e o PSL - Partido Social Liberal, é um partido do espectro da Direita Conservadora, que todavia opõe-se ao Presidente Jair Bolsonaro, ainda não participou de atos eleitorais, sendo a primeira vez com as eleições Presidenciais e Legislativas de 2022. Número 80.

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Por Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 17 de março de 2015

Brasil - Manifestações Pedem Reforma Política

As maiores manifestações  em 30 anos, desde as "Diretas Já"

As manifestações que levaram às ruas milhões de cidadãos em várias cidades por todo o Brasil, no dia 15 de março foram pacificas, e tinham claramente o objetivo de pedir uma reforma política, o combate à corrupção e uma governação claramente voltada para os interesses de todo o povo brasileiro, foram as maiores manifestações de que há noticia depois das Diretas Já, realizadas em 1984, encabeçadas por vários partidos progressistas que pretendiam a redemocratização plena e total da vida politica brasileira e que culminaram na eleição de Tancredo Neves.

Os brasileiros estão neste momento mais politizados que nunca, e revoltados com o nível de corrupção que se agravou nos dois governos de Lula, e no primeiro governo da Presidente Dilma Roussef, e que a levaram a ter uma posição mais moderada no dia 16 de março a aceitar o diálogo com a oposição e a "uma escuta humilde e atenta da voz das ruas" segundo palavras do discurso da própria presidente Dilma.

Estas manifestações de domingo, seguem-se as manifestações da semana passada, organizadas por sindicatos, e partidos políticos afetos ao PT e à coligação governamental, que embora estejam com a Presidente, também aproveitaram para pedir reformas políticas contra a corrupção, bem como manifestaram-se para que Dilma volte atrás com as reformas na legislação laboral.


As manifestações foram organizadas por diferentes partidos e organizações políticas brasileiras da esquerda à direita, bem como associações de solidariedade social e movimentos cívicos, sendo pacificas, e embora claramente contra a presidente não se limitaram a pedir um "Impeachment" mas a levantar bandeiras e a cantar o hino por um Brasil melhor para todos, para que surja da voz do povo, uma nova ordem e um novo modo de fazer política onde as pessoas estejam no centro das questões políticas, sociais, económicas e culturais, promovendo uma humanização da sociedade e um resgate da politica ao sua função original que é servir tendo em conta o interesse única e exclusivamente do bem comum.

Hiperligações:
El País - Brazil sai a la Calle contra Dilma
Diário de Notícias - Brasil Prepara Lei para Regulamentar Manifestações

Por Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Brasil - Dilma Vence Numa Reeleição Dificil

A atual presidente do Brasil Dilma Rousseff foi reeleita dia 26 de outubro, numa disputa acirrada e uma eleição considerada difícil, apoiada por uma coligação de partidos que vão da extrema esquerda ao Centro-Direita, e num clima de campanha que primou pela acusação e difamação, envolvendo até mesmo processos judiciais à imprensa por notícias que saíram a público sobre a corrupção na Petrobrás.

Não obstante nada disso demoveu um eleitorado fortemente identificado com o PT Partido dos Trabalhadores, foi esse eleitorado que deu o segundo mandato à presidente Dilma, e um quarto mandato consecutivo do PT no poder, que completará 16 anos, no fim deste novo mandato agora sufragado. 

À democracia impera que se siga em frente, com respeito pela decisão que emana do pleito desejando o melhor para o país. Aécio Neves (de centro-esquerda) cumpriu com dignidade a sua missão, fazendo nascer um movimento de renovação num Brasil que acorda para a cidadania ativa, pluralista e democrática.

No entanto há questões que têm de ser analisadas nesta eleição, em primeiro lugar a qualidade da disputa eleitoral, que atingiu níveis nunca antes vistos, em segundo, a saúde económica de um país que tem a possibilidade de ser uma potencia económica, mas está a ter piores resultados económicos que os seus vizinhos sul-americanos, no que toca ao índice de inflação, desemprego, juros altos, e urge pois rever a politica económica que tem sido o "Calcanhar de Aquiles" de Dilma Rousseff. Por último é preciso rever também o Estado do regime democrático, no que toca à alternância de poder, que não tendo sido feita agora e que sendo condição 'sine qua non' para a plenitude democrática e o bom funcionamento das instituições políticas, prorroga para os próximos quatro anos para ver se se cumpre ou não, pois só pela alternância se pode evitar os piores vícios do poder, combater a corrupção, o clientelismo e manter viva a chama da cidadania na construção de um país desenvolvido.


Por Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor                                                                           
Filipe de Freitas Leal é Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. É estagiário como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, Blogger desde 2007, com o ideal de cariz Humanista, além disso dedica-se a outros blogs de cariz filosófico e poesia.

 
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