sábado, 22 de janeiro de 2022

Rússia Vs. Ucrânia - Holodomor não acabou


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, afirma um famoso ditado português, mas nem sempre assim é, a vontade da Rússia em perseguição face à Ucrânia não é de hoje, e por isso, Holodomor não deve nem pode ser esquecido, facto 
ocorrido em 1932 e 1933, que resultou na morte pela fome a que milhões de ucranianos foram votados pelo caudilho comunista Joséf Stálin,  o ditador soviético que tentou criar uma URSS  multicultural, desterrando povos inteiros da sua pátria, como os tártaros, e que o mais que conseguiu foi ter transformado o comunismo numa espécie de nazi-fascismo vermelho, oprimindo a todos, mas em particular e com especial ódio, o povo da Ucrânia.

Embora a região da Crimeia seja conhecida na atualidade, pelos recentes conflitos de invasão, ou pela anexação da Crimeia em 2014 por parte da Rússia, o facto é que o mesmo território tem uma população própria, os tártaros que foram impedidos de voltar à sua terra natal, terra que já havia pertencido ao Império Otomano, passando para o Império Russo em 1792, mas foi apenas em 1954 que o Soviete Supremo passou a região da Crimeia para a República Socialista Soviética da Ucrânia, todavia, recuperar a Crimeia para a Rússia, sempre foi um desejo de  Putim, para mostrar a sua força e ao mesmo tempo o seu desprezo total pela Ucrânia e os ucranianos.

Putin procura hoje, mostrar ao mundo que tem poder, e quer reerguer a Rússia no xadrez internacional, sobretudo com o enfraquecimento político dos EUA, e com a ascensão inegável dos chineses, além disso, tenta ainda aproveitar para manter o poder musculado dentro de fronteiras, afastando opositores e esmagando a oposição. No Xadrez político apoia o Irão, a Síria e outros inimigos do ocidente, aqueles mesmos a que George W. Bush denominou de o Eixo do Mal. 

As manobras que hoje se verificam para intimidar Kiev, e se se verificarem com invasão efetiva, são em primeiro lugar para se impor perante a Europa e o resto do mundo, aproveitando para continuar a oprimir a Ucrânia, usada como bobe expiatório de todos os problemas internos russos.  Se a Europa mantiver apenas as ameaças de sanções económicas e financeiras, e os EUA a dizer que avançam para o terreno, torna ainda mais perigoso o barril de pólvora.

O facto é que ódios irracionais antigos, somados a contextos políticos específicos de um reposicionamento geopolítico e geoestratégico, ainda causam bastantes problemas, oxalá os ventos mudem.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Portugal e o Brasil Eram Um Só País

Bandeira do Reino Unido de  Portugal, Brasil e Algarves.





















O Brasil era Portugal, e os brasileiros nasciam portugueses, e assim foi de jure e de facto de 1500 a 1822, com o mesmo estatuto, as mesmas prerrogativas, os mesmos direitos e deveres, ou por outras palavras, Portugal e o Brasil foram um só país em dois continentes, pois antes de Pedro Alvares Cabral ou de Duarte Pacheco Pereira o Brasil não existia como identidade, o que existia antes, era um amplo território como pedra bruta a ser trabalhada.

O "Brasil" não foi conquistado, foi na verdade construído como parte integrante da Lusitanidade, assim, o Brasil é um produto de Portugal, onde ainda hoje o sangue português corre livre nas veias brasileiras, bem como o som dos nomes e sobrenomes portugueses que ecoam teimosamente no Brasil, país que fala um português de vogais abertas, com um som melódico e tropical.

Claro que é inegável que tenha havido uma ocupação do território, que aliás não apresentava unidade, pois o território estava dividido por diferentes nações indígenas, cada uma com o seu próprio idioma, cultura e as suas próprias crenças e religião, diferentes não apenas em relação aos portugueses, mas entre si mesmas, de facto os indígenas já estavam no local sim, mas não eram brasileiros, porque o Brasil ainda não existia. O Brasil nasce e se desenvolve com a colonização portuguesa.

O Anti-lusitanismo no Brasil é mera tática política do caciquismo que usa fantasmas e mitos históricos para manter o poder sobre uma massa que desconhece a sua verdadeira história; não esqueçamos que o Rei D. João VI foi coroado no Brasil em 1816, e foi o monarca que fez do Rio de Janeiro a Capital de todo o Império. Logo, ser anti-lusitano é na verdade ser anti-brasileiro porque tal sentimento visa negar a própria génese.

Não é por acaso que o Brasil é o que é na sua grandeza, pode-se perguntar os vários porquês. Como o porque será que se fala português em vez de italiano ou espanhol, e porquê é que o Brasil é o maior país Católico do mundo; Como veio parar o café ao Brasil; Quem foi que introduziu o Carnaval ou a laranja da Bahia? A resposta é que foi Portugal que introduziu a sua cultura no território que hoje é o Brasil.

Autor do blog: Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

 
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