terça-feira, 22 de novembro de 2022

Guerra e Paz! Quem Perde e Quem Vence?

Uma guerra é uma guerra, não é um jogo, e como tal não há empate, o fim de uma Guerra tem obrigatoriamente um vencedor e um derrotado, e isso significa que uma das partes terá que capitular e assinar um armistício.

Ora bem, neste caso da guerra da Ucrânia, não só não sabemos quando irá terminar o conflito, mas também não prevemos quem é que irá ao fim e ao cabo sair o vencedor de facto.
No Campo diplomático quem perde é a Rússia, sobretudo agora que foi considerado pelo Parlamento Europeu um Estado Pária e promotor do Terrorismo.
Ainda no Campo diplomático, quem ganha é a Ucrânia, primeiro porque é o Estado agredido e ilegitimamente invadido, mas também pela liderança de Zelensky. Todavia, há uma vitória sui generis, com perda significativa, no que se refere ao aspecto humano com muitas mortes e deslocados, mas também no aspecto material com a destruição esmagadora das infraestruturas da Ucrânia.
Como disse há nove meses, de forma ainda prematura, quem sairá fortalecido neste conflito será a China, e hoje é precisamente isso que se verifica. A Guerra na Ucrânia está a servir para enfraquecer o eixo ocidental EUA-Europa, e a fortalecer a China politicamente, bem como a Índia no plano económico.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Inflação - Crise Continuará em 2023?

É claro que 2023 será um ano difícil, o índice dos preços ao consumidor irá continuar a subir, até porque a inflação em Portugal já havia se iniciado antes desta crise inflacionária ou da crise energética que se instalou com a guerra na Ucrânia.

Falo do aumento do preço da habitação, pelo aumento exponencial da procura, e por outro lado, falo da desvalorização dos salários, que verifica-se também pelo aumento da oferta de mão de obra. Fatores influenciados pelo aumento da imigração, que elevou a dimensão da população activa em Portugal, e afastou a possibilidade de pleno emprego.
Estes dois indicativos, já antes de 2022, davam sinais claros do agravamento das condições de vida das classes assalariadas, mas agravam-se também pela falta de políticas de Imigração sólidas e sustentáveis.
Quanto à habitação, não se verifica apenas o aumento dos preços, mas também a gravidade da escassez que se sente de habitações para arrendamento e a inexistência de políticas públicas de Habilitação.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

domingo, 20 de novembro de 2022

O Choque de Civilizações - Liberalismo x Shária

Quem estava à espera de que ocorresse um Campeonato do Mundo, para que houvesse uma nova realidade política e social no Qatar, no que toca à Democratização ao modo Ocidental, ou é muito ingénuo ou é mesmo ignorante de todo. Há que saber ver que os países islâmicos são Estados Teocráticos, e regem-se pela Shária, a Lei Islâmica, que rege a sociedade Qatari em todos os aspectos, inclusive no que concerne à organização política.
Nós no Ocidente (UE, UK, EUA,.etc. ) temos que deixar de ter a ideia de que somos superiores e que os outros têm de seguir o nosso modelo laico e liberal. Aliás, no Médio Oriente só Israel é uma sociedade democrática, laica e tolerante à maneira ocidental, porque à parte da religião judaica, toda a cultura e vida social e política de Israel são uma cópia do modelo europeu, algo que não acontece na visão islâmica, e que por isso mesmo, o Ocidente promoveu e apoiou no passado a existência de ditaduras militares ou monarquias absolutas em vários países como Iraque, Egito, Síria, Líbia, Arábia Saudita, e mesmo o Irão (antiga Pérsia) no reinado do Xá Rheza II.
Há muitas outras culturas espalhadas pelo mundo, que têm diferentes formas de viver e de se organizarem em sociedade, e isso não significa obrigatoriamente que sejam injustas ou que estejam erradas só porque nós não as compreendemos. O modo de vida ocidental só serve para a cultura e a mentalidade ocidental é o nosso modus vivendi é assim que somos felizes, outros povos também têm há séculos ou milénios o seu próprio modo de ser, sentir, pensar, crer, agir. Não somos obrigados a concordar, mas sim a respeitar, e se possível tentar compreender.

E por favor, não confundir "Compreender" com "Aceitar", compreendo outra cultura e modo de vida de outros povos, e isto não significa que eu defenda ou aceite os atropelos aos Direitos Humanos.

Dois pesos e duas medidas!

Por outras palavras, sim, posso dizer que vejo nestes discursos uma visão eurocêntrica, de dois pesos e duas medidas, pois estão todos muito preocupados com os Direitos Humanos no Qatar! Muito bem, mas e os líderes mundiais também não vão pressionar a China pela mesma razão? Porquê não?
Antes da guerra na Ucrânia ninguém ousava incomodar a Rússia com essas questões, e até mesmo Angola sempre foi poupada pelos nossos líderes a comentários sobre Direitos Humanos e Democracia.
Onde estava a preocupação com os Direitos Humanos no Iraque no governo de Sadam Hussein apoiado pelo Ocidente durante muito tempo?
Onde estava a preocupação com os Direitos Humanos quando Biden decidiu abandonar o Afeganistão e entregar o poder aos Taliban?

Todo este alarido não passa de meros discursos de circunstâncias dos líderes políticos, para que fiquem bem vistos.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sábado, 19 de novembro de 2022

Qual é a "Verdadeira" História de Portugal?

O último livro de José Gomes Ferreira, levantou um coro de protestos dos historiadores, por relatar no livro factos que contradizem a historiografia oficial de Portugal, tal como se apresentam nos conteúdos programáticos dos manuais escolares. O jornalista que escreve sobre História, afirma que a história está mesmo muito mal contada, e que esta nova versão é a "Verdadeira História de Portugal".

Quanto à Descoberta do Brasil, sabe-se que terá havido uma descoberta oficial por Pedro Álvares Cabral, após uma navegação secreta para exploração da costa por parte de Duarte Pacheco Pereira. Isto já é falado há muito inclusive no Brasil, não é invenção de Gomes Ferreira.

Aliás, não duvido de que até fosse antes de Colombo, até porque corrobora o facto de o Rei de Portugal não querer financiar a expedição de Cristovão Colombo, porque muito provavelmente já teria tido conhecimento da existência do Novo Mundo. Outra ocorrência é o facto de Portugal ter exigido ao Papa Alexandre VI, a substituição do Tratado de Alcáçovas, por um novo tratado assinado em Tordesilhas, com uma nova e mais vantajosa linha divisória para oeste, onde então já Portugal obteria o direito de posse da terra que veio a ser o Brasil.
A questão aqui é a dificuldade de se ter provas desta teoria, não o argumento em si, ou a probabilidade de ter ocorrido.
Mas de facto, sempre houve, quer por motivos políticos, quer por razões de Estado, uma historiografia mantida como oficial, e mantidas em segredo as ocorrências dos jogos e dos movimentos nos bastidores.
Todavia, não creio que se deve sair por aí a reescrever a história, porque essa é uma nova tendência, com objetivos também políticos e ideológicos
A História é uma ciência e tem que ser preservada da manipulação e instrumentalização dos interesses de grupos terceiros, muito ao gosto dos ditadores e dos manipuladores de opinião.
Quanto ao texto de José Gomes Ferreira, creio que é inócuo, no sentido de não diminuir nem denegrir em nada a verdade Histórica e o engenho dos nossos dirigentes e navegadores.
Por último, creio que esta reportagem no semanário "Visão", acaba por ser uma publicidade às avessas, e José Gomes Ferreira, vai acabar por vender imensos livros.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

A Arte de Protestar Vandalizando a Arte

Os novos ativistas de hoje em dia, já não sabem distinguir nem os objetivos e nem os alvos. Não entendem que um quadro pintado a óleo não é um poluente fóssil, e que as obras de arte não fazem reset e não são pixels digitais ou folhetos descartáveis.

O interesse pela arte, e a importância do património cultural passou-lhes literalmente ao lado, presumo que nem aulas de filosofia chegaram a ter, e muito menos de Lógica, é por isto que o bom senso fica cada vez mais no passado, fica para a História.
Por favor deixem de atirar latas de comida para os quadros! É algo que não tem graça nenhuma, e ainda por cima, é contraproducente, porque quem fica mal na fotografia são os ativistas.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

Um Cartão Vermelho para a Má Educação

A moda agora é dizer "Eu quero", em vez de usar o tradicional "Se faz favor...", ou o simples "Eu gostaria, se possível...", ou os gestos de gentileza e cortesia, que além de já não os ver, como se não bastasse foram substituídos pelos gestos de rudeza e da ingratidão.

E vejo esta nova moda em toda a parte, é fruto da modernidade, Zigmundt Baumman diria da Modernidade Líquida, mas eu prefiro dizer da Modernidade BRUTA.
Muita gente tem este novo hábito, a começar pelos mais jovens, que apresentam uma forma na sua maioria "arrogante" e tendem a achar que ser educado e cortês é sinal de fraqueza, inferioridade ou subserviência.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Não Se Aponta o Dedo!

Não gosto de apontar o dedo, apontar o dedo é feio, mesmo que eu tenha as minhas razões, porque trata-se de um elemento que faz parte da nossa cultura, e é a base do que chamamos CULPA. E ao culpar a alguém desculpamos a nós próprios sem descobrir as causas e nem resolver a raiz do problema. A Culpa é sinónimo de estagnação.

Recentemente até foi lançado um livro onde Carlos Costa, antigo Governador do Banco de Portugal aponta culpas a António Costa.
Nem quero saber do assunto, mas creio que não seja verdade é mais um livro de maledicência, e por isso prefiro comprar um livro de culinária, se falhar, a culpa não será da receita, mas minha, assumo as minhas culpas e sei viver com elas.
Vivemos demasiado tempo a criar ideologias que criam narrativas da culpa, e só conseguem olhar para o lado e para o passado.
O futuro de uma pessoa, de uma comunidade ou nação, não se constrói com o sentimento de CULPA, mas sim com a compreensão e a Conciliação das partes, é isso que permite olhar em frente e projectar o futuro.
As pessoas esquecem-se que a Culpabilização é antagónica à Humildade, e que sem humildade nós crescemos apenas por fora, no que é aparente, mas continuaremos pequenos por dentro no que é fundamental.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Porquê os Protestos Falham o Alvo?

Sou defensor dos activistas e de todos que sejam defensores da natureza, mas acho que estes últimos dias mostram que estes protestos morreram à nascença porque cometeram os seguintes erros:

1) Invadir escolas e impedir o funcionamento das aulas, não resolve o problema dos combustíveis fósseis. Apenas incomoda e chama a atenção.

2) Invadir a Ordem dos Contabilistas, para pedir a demissão do Ministro da Economia, é um abuso, é o modo errado para atingir os fins a que se propunham. Além disso, a propriedade da Ordem é privada e não tem qualquer relação directa com os combustíveis fósseis.

3) De igual modo erraram no alvo, pediram a demissão do Ministro, e isso não iria contribuir em nada para a causa ambientalista. O ministério do ambiente teria sido mais inteligente.

4) São muito inexperientes, e por isso creio que poderão estar a ser manipulados politicamente, pena é que quem os manipulou não soubesse que orienta-los, teria sido melhor para a causa.

5) Por último, o grande problema ambiental é em primeiro lugar o consumo de carne e a agricultura extensiva. A Indústria Agropecuária é responsável pelo maior grau de poluição e de desmatamento em larga escala.

Acrescento ainda que para a próxima, devem ter em conta que é imperioso, que para haver uma democracia plena e saudável, todos nós temos de respeitar as regras legais do Regime democrático, que consiste no respeito pela igualdade de direitos e deveres, próprio do jogo da "Res Pública".

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Cristiano Ronaldo Saiu do Manchester

Admiro o Cristiano Ronaldo, mais pelo facto de levar para o mundo o nome de Portugal, e a importância que o desporto tem para a inserção social de jovens em situação de vulnerabilidade, porque na verdade o desporto tem tirado muitos jovens da violência, da droga, e tem dado novos horizontes a muitos. Eu pessoalmente não percebo nada de futebol no que toca às grandes competições nacionais clubísticas, não faço comentários desportivos, mas também não tenho nada contra.

Mas desta feita, acho que a entrevista do Cristiano Ronaldo merece um pequeno comentário, e volto a frisar, gosto do Ronaldo, e embora eu saiba que ele tem toda a razão, a maneira como agiu, ao dar uma entrevista para criticar o clube e os seus dirigentes, foi algo que embora produzisse os frutos que ele queria, da rescisão do Manchester United, pareceu mal a muita gente, mesmo tendo as suas razões.

E espero que não, mas este episódio poderá comprometer o futuro de CR7, no caso de ele querer ingressar noutro clube para terminar a carreira, a menos que agora livre do Manchester, consiga mostrar que está muito acima das espectativas e que mantém a forma, porque caso contrário, é mesmo um adeus perante qualquer outro clube, porque poderão ficar com receio de o contratar, sobretudo agora em fim de carreira.
Vamos torcer para que este campeonato do mundo no Qatar seja de facto excecional para o Cristiano Ronaldo, e também claro, para Portugal.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Trabalhador sim, Colaborador Não?


Meus caros, tenho vindo a reparar que de há algum tempo a esta parte, os liberais inventaram a moda de chamar de 'COLABORADORES', aos que na verdade são os 'TRABALHADORES', é que
Colaborar é ajudar, é o que faz por exemplo um voluntário, mas Trabalhar é produzir riqueza, é o que faz um empregado em troca de um salário, portanto a resposta é inequívoca, 'Trabalhador' sim, 'Colaborador' não! Ora vejamos a explicação:

1 - Que denominar de "Colaboradores" aos que efetivamente são os "Trabalhadores" é em primeira análise um erro, a começar pela semântica, trabalho e colaboração não são nem nunca foram sinónimos.
2 - Em termos legais, o que temos é um "Código do Trabalho", que rege as relações contratuais entre os trabalhadores e o patronato, e tanto quanto sei, não há nenhum Código da Colaboração.
3 - Olhemos para a diferença de um voluntário que auxilia por vontade própria, é um colaborador, ao contrário, os operários da construção civil ou de uma fábrica, que trabalham com vínculo contratual para produzir riqueza, recebem em troca um salário, são trabalhadores.
4 - Outro aspecto é que trata-se de uma estratégia ideológica, mais especificamente dos Neoliberais, e visa destruir a consciência de classe e incutir em cada um uma mentalidade individualista e competitiva entre os seus pares, para que isolados, não possam ter conhecimento dos seus direitos legais, e por isso, não saibam defender os interesses da sua classe profissional.
5 - Posto isto, podemos assim entender melhor as reivindicações dos médicos, dos enfermeiros, dos comerciantes, dos professores, que não são colaboradores, são em cada profissão uma classe, tal como o são os operários, os taxistas, os artistas, etc. Ter presente que não defendem os seus interesses pessoais, mas os interesses da sua classe profissional.
6 - Até mesmo o Patronato tem consciência da sua classe, e como tal, luta unida pelos seus interesses contra os interesses dos seus trabalhadores.
6 - Toda a gente sabe, que ser chamado de colaborador ou de burro pelo patronato seria na prática a mesma coisa.
* E sem medo de sermos rotulados do quer que seja, temos que pensar sim nestas questões, claro que não será necessário por-se a ler as cartilhas ideológicas marxistas ou liberais para atingir esta conclusão, a verdade é uma só e não tem donos, para a atingir basta interpretar a realidade que nos cerca, e entender em que degrau da estratificação social cada um está.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

domingo, 13 de novembro de 2022

Galicia ou Galiza?

No idioma português o correcto é dizer, pronunciar e escrever apenas e somente " G A L I Z A ", os espanhóis pronunciam Galícia porque em castelhano não existe o som de "Z" (zê), existe um som que para nós falantes de português, assemelha-se ao nosso "S" (ésse), daí que a letra Z escreve-se "zeta" e pronuncia-se "seta", tal como a palavra "casa" escreve-se de igual forma, mas pronuncia-se "cassa".

De resto, a "verdadeira" Galícia, ou seja, o que em português se denomina por Galícia, existe, foi em tempos um principado, que situa-se numa região que desde 1918 pertence tanto à Ucrânia como à Polónia, aliás, na língua polaca escreve-se "Galicja" e pronuncia-se exactamente "Galícia", mas em ucraniano diz-se Halych.

O nome Galiza vem do Latim, mais especificamente da Província romana da Galaécia, província na qual se situava a cidade de Portus Cale actual cidade do Porto, ou seja a parte sul da Galécia é o berço de Portugal, correspondendo a toda a região do Douro, Minho e Trás-os-montes, e englobava ainda toda a actual Galiza.

Espero que os caros leitores compreendam, que o nome Galaécia apresenta proximidade fonética com o nome Galícia, daí que dizer Galícia na língua castelhana não está errado, obviamente, o erro só ocorre quando escrevemos ou falamos em Português usando o nome em castelhano.

Portanto, nos países cuja língua oficial é o idioma português, é errado dizer Galicia, até porque não podem haver países ou regiões com nomes iguais, embora cidade as há e não são poucas, este erro de chamar Galícia ao que é a Galiza, ocorre com muita frequência no Brasil devido à influencia hispânica da região, tal não se verifica nos outros países de língua oficial portuguesa.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

sábado, 12 de novembro de 2022

Alckmin, o Sucessor de Lula?

Tenho uma leve impressão, uma certa intuição de que a escolha do social-democrata Geraldo Alckmin para vice-presidente do Brasil não foi por mero acaso, pode mesmo tratar-se de uma estratégia de poder que se revelará a médio prazo.

Além disso, nem Lula está no seu melhor, e nem o Brasil é o mesmo de há 20 anos, e claro Bolsonaro perdeu as presidenciais mas saiu reforçado nas eleições legislativas e nos protestos de rua, pelo que vai querer voltar com força dentro de quatro anos.
Assim, isto faz-me crer na possibilidade de uma renúncia de Lula a meio do mandato, alegando problemas de saúde, assumindo o Vice-presidente Alckmin que foi Governador do Estado de São Paulo, cargo que exerceu com competência, e se fizer uma boa Presidência terá condições de concorrer sem enfrentar o índice de rejeição que Lula tem, índice esse que poderá aumentar devido aos tempos difíceis que o Brasil irá enfrentar. Neste caso a renúncia serviria para preparar uma candidatura forte capaz de derrotar Bolsonaro em 2026.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

 
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