Portugal está às portas de eleições autárquicas, dia 27 de setembro, e seria bom aproveitar a oportunidade para lançar o debate sobre um novo tipo de boletim de voto, mais transparente, inclusivo e democrático.
O sistema eleitoral português exige que o modo de votação seja feito através de Lista fechada e o voto expresso em papel, ou seja um 'boletim de voto', no qual vota-se apenas no partido político e não em candidatos individuais, mesmo quando se trata de uma "Lista" de cidadãos independentes.
O Boletim de Voto português, que é em papel, como aliás na maioria dos países, é baseado no modelo inglês, mantêm-se o mesmo desde 1975, a quando das eleições constituintes, no boletim aparecem em linhas horizontais as listas, estando à esquerda o nome do partido por extenso, seguido da sigla a meio e à direita o símbolo partidário e o quadrado para se registar a intenção de voto.
Todavia, há uma inovação que a meu ver poderia, ou mesmo, deveria ser feita, ainda dentro do modelo britânico, que é a de incluir o nome dos candidatos distritais de uma lista fechada tal como na imagem acima; esta inovação, permitirá ao eleitor, conhecer todos os candidatos da 'Lista' e saber no momento do voto em quem está a votar; assim, torna-se mais transparente e mais democrático o processo eleitoral.