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sábado, 19 de outubro de 2024

Israel - O Crescimento da Extrema Direita





Se preferir pode ouvir o artigo.

É imperativo que se diga que, se por um lado o problema Israelo-árabe é causado pela agressão e a insistente recusa dos árabes da Palestina em reconhecer o Estado de Israel, o que levou à Guerra da Independência em 1948; Por outro lado, o problema também é causado ou agravado pelo radicalismo do sionismo religioso e a política de expansão dos colonatos. Há que lembrar que Ygal Amir, um colono ultra-radical que em 1995 assassinou o então Primeiro Ministro de Israel Ytzhak Rabin, era da mesma corrente política e ideológica de Meir Kahane, um judeu fanático, um sionista extremista que defendia ideias de supremacia racial e expancionismo. Essas mesmas ideias fascistas, são as que defendem os atuais ministros da Direita Radical Itamar Ben-Gvir, ministro da Defesa e líder do Partido Nacional Religioso e de Bezalel Smotrich, ministro das finanças e líder do Partido Poder Judaico, pequenos partidos de Extrema-Direita, que em troca de apoio a Benyamin Netanyahu do Partido Likud (consolidação), acabam por impor a sua agenda extremista, como a tentativa de reforma da Justiça e a expansão de colonatos.

É de mau augúrio para Israel que se escolha o caminho do radicalismo, porque não podemos confundir terroristas com civis palestinianos, uma coisa é a guerra de legítima defesa das FDI (Tzahal) contra o terrorismo do Hamas, do Hezbollah ou do Regime Terrorista e teocrático do Irão, outra coisa totalmente diferentes é o ataque contra civis palestinianos por colonos. É prejudicial para todos e mancha a imagem de Israel.

E só para finalizar o raciocínio, resta-me dizer duas coisas; a primeira é que todo e qualquer conflito não se resolve apenas no campo do combate militar, a solução é sempre política e isso passa obviamente pela solução dos dois Estados. Caso contrário voltaremos sempre ao início deste ciclo vicioso, e a segunda é que foi precisamente a fuga dos regimes nazi-fascistas e dos ideais supremacistas e antissemitas, que impulsionou a fuga dos judeus para a Terra Santa, antes, durante e após a II Grande Guerra, e que viria a culminar na criação do Estado de Israel, um lar seguro para a nação israelita. Portanto os ideais de Extrema-Direita não são concordantes com a natureza da religião judaica, os valores da Torá e nem sequer com os princípios do verdadeiro Sionismo que é democrático e plural.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

domingo, 2 de junho de 2024

O Que está em Jogo nas Eleições Europeias?





Na opinião do Professor Jaime Nogueira Pinto, (historiador e analista político) o que está em jogo é a transformação da União Europeia num país federal. O Federalismo é a vontade expressa de Socialistas, Liberais e Democratas-cristãos que dividem os cargos de topo entre si. Na oposição a esta Aliança Federalista estão os partidos Soberanistas que defendem manter a União Europeia como é, ou seja, apenas uma Associação de Nações Livres.

"O sentido de voto nestas eleições europeias de 9 de Junho deve ter em conta os custos ocultos e manifestos de um federalismo europeu cada vez mais ideológico e invasivo, com agendas de protecção a grupos especiais, reais ou imaginários, e a redução à condição patológica (fóbica) ou deplorável de uma maioria de opositores. A nação independente e soberana continua a ser a comunidade ideal para proteger direitos, liberdades e garantias, colectivos ou individuais. E é importante que a União Europeia não continue a cair na tentação de querer ser mais do que uma comunidade de Nações. O que já não é pouco".

(Jaime Nogueira Pinto).
É o federalismo que está a ser urdido nas nossas costas. E a criação de uma Federação tipo Estados Unidos da Europa, está condenada ao fracasso porque para dar certo é necessário que se destruam as nações.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, é licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, com Pós-graduação em Políticas Públicas e Desigualdades Sociais, frequentou o Mestrado de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Estagiou com reinserção social de ex-reclusos e o apoio a famílias em vulnerabilidade social. É Bloguer desde 2007, tem publicados oito livros de temas muito diversos, desde a Poesia até à Política.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

XIII - O que são a Extrema-Esquerda e a Extrema Direita?


No estudo da política, convém abordar para além dos partidos de alternância no poder, aqueles que, estando fora da área de governação, ou mesmo afastados dos assentos parlamentares, não deixam de ter importância. São os partidos da
extrema-esquerda, que hoje lutam contra a globalização e pela preservação do meio-ambiente, e os partidos de extrema-direita, que estão a ter um considerável crescimento nas suas fileiras de militantes, sobretudo de jovens que defendem os ideais ultranacionalistas, com contornos racistas, antissemitas e xenófobos, que se encontram em franco crescimento numa altura em que o Terrorismo fundamentalista tem-se sentido cada vez mais presente pelos atentados suicidas que vitimaram inocentes em várias cidades do globo. Aqui para ilustrar este capítulo, nada melhor do que o hastear da bandeira soviética, sobre os escombros de Berlim a Capital da Alemanha Nazista, onde um regime de exceção, de corrente da extrema-esquerda, substituiu outro, que era de extrema-direita. 
Mas afinal o que são os extremos em política? Talvez, para responder esta questão, o melhor seria de facto observar o que defendem, porque lutam, e assim poderemos conhecer e identificar melhor as ideologias que estão por trás de cada um dos diversos partidos e movimentos extremistas.
Paradoxalmente, os extremos tocam-se e, apesar das suas diferenças intrínsecas e da rivalidade entre ambos, há grandes semelhanças entre a Extrema-esquerda e a Extrema-direita, nomeadamente quando estão no poder.
Quem são e o que defendem então os partidos e movimentos extremistas? Esta questão tem variado ao longo do tempo; atualmente há um maior descontentamento com os partidos da área da governação, sobretudo em tempos de crise, ou de terrorismo como ocorre na Europa, fazendo ressurgir o fantasma da extrema-direita, mas em moldes ligeiramente diferentes do que ocorreu na Alemanha, Itália, Portugal ou Espanha no inicio do Século XX, hoje a maioria dos adeptos da extrema-esquerda é formada por jovens descontentes, das classes baixa ou média-baixa, que se deixaram influenciar pelos ideais dos neonazistas, de cariz racista, xenófobo, antissemita, sexista e homofóbico, facto este que tem-se evidenciado cada vez mais nos últimos anos.
Os partidos de extrema-direita tiveram no entanto, alguma visibilidade eleitoral desde os anos 80 do século XX, como foi o caso da FN Frente Nacional em França e do MSI Movimento Social Italiano, por se tratar de votos de protesto contra os partidos tradicionais de Centro-esquerda e Centro-direita. Em Portugal o fenómeno é recente, visto que o país viveu durante cinquenta anos em ditadura fascista, facto que não impediu o surgimento do PNR Partido Nacional Renovador, tal como tantos outros similares espalhados pela Europa.
A Extrema-direita é defensora de um regime ditatorial, altamente policiado, com controlo total sobre os meios de comunicação social, a exclusão de minorias étnicas e religiosas, é contrária ao sistema parlamentarista e preferencialmente até contra a república. Por conseguinte, a monarquia, enquanto regime de Estado, poderá satisfazer os ideais nacionalistas dos grupos em questão.
Os partidos da extrema-esquerda, no entanto têm tido uma maior influência nas bases juvenis, mas tem vindo a perder terreno desde a queda do Muro de Berlim, o que gerou um desvio para movimentos renovados de esquerda, como o Podemos em Espanha ou o Bloco de Esquerda em Portugal e o PSOL Partido Socialismo e Liberdade no Brasil.
Diferenças entre Extrema-esquerda e Extrema-direita:
·       Extrema-esquerda:
Ø  Defende a revolução;
Ø  Pretende uma sociedade igualitária;
Ø  Pretende uma ditadura do proletariado;
Ø  Antiglobalização burguesa;
Ø  Defende a redistribuição dos rendimentos;
Ø  Considera a democracia um regime burguês;
Ø  Subida ao Poder pelo Golpe de Estado;
ü  Exemplo: Revolução Russa.
·       Extrema-direita:
Ø  Defende um regime altamente policiado;
Ø  Defende a superioridade racial e a segregação;
Ø  Defende uma sociedade classista e sexista;
Ø  Pretende uma ditadura de cariz Nazi-fascista;
Ø  Características racistas e xenófobas;
Ø  Antiglobalização e protecionismo económico
Ø  Etnocentrismo;
Ø  Anticomunismo;
Ø  Antissemitismo;
Ø  Subida ao poder pela eleição
ü  Exemplo: Alemanha Nazista
ü   
Semelhanças da Extrema-esquerda e Extrema-direita:
·       Sistema de Governo
Ø  Partido único;
Ø  Regime apoiado nas Forças Armadas;
Ø  Coerção – Polícia política;
Ø  Censura;
·       Sistema Económico e Social
Ø  Economia Planificada - Comunismo;
ü Propriedade coletiva,
ü Laicismo ou ateísmo oficial, permitindo algumas outras religiões de forma controlada.
Ø  Corporativismo - Fascismo;
ü Economia planificada,
·     Permite a propriedade privada,
ü Religião oficial permite algumas outras religiões de forma controlada.
·     Na Alemanha Nazi, foi criada a Igreja Nacional.
Autor: Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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