Em 1972 é convidado pela Fundação
Calouste Gulbenkian para um debate sobre a Reforma do Ensino Artístico em
Portugal, nesse ano participa do Projeto de uma Praça Pública com Escultura na
urbanização de Olivais Sul.
De 1976 emigra para o
Brasil, tendo-se fixado em São Paulo, cidade onde morou até ao ano de 1992,
nesse exílio voluntário por Terras de Vera Cruz, trabalha no em Arquitetura de
Interiores, Design e Pintura; Foi aliás na longa estadia de São Paulo que
encontrou mais estimulo e oportunidade de se dedicar à pintura onde realizou
exposições: Espaço Escarpa em 1984, Galeria Humberto em 1986, Galeria Paulista
em 1990 entre outras exposições coletivas.
Depois de voltar a Portugal
em 1992, regressa a Lisboa , dedicando-se à pintura; Em 2001 foi à grande
Retrospetiva do Pintor Balthus no Palazzo Grassi na Bienal de Veneza, dessa
viagem, mesmo não tendo estado ao lado de meu pai, o modo como descreveu a
exposição, e sobretudo o que é estar naquela cidade, fazia-nos sentir como se
nós mesmos tivéssemos ido.
Em 2013, aos 88 anos, sofreu um acidente
cardiovascular, tendo ficado com sequelas, desde então, viveu os últimos anos em
Sintra na companhia do seu companheiro, cuidador e melhor amigo, o meu irmão
Miguel.
Em 17 de fevereiro partiu,
creio que na certeza de ter cumprido a sua missão neste mundo.
Desde criança sinto que por
trás de um bom profissional há sempre um grande homem, um grande amigo, e
sobretudo um ótimo pai; Não há para mim, lugar mais
sagrado que a memória de um ente querido, guardado nas lembranças dos mais
felizes momentos vividos. Afinal é todo o que levamos, todo o resto deixamos
cá, a nossa obra, a nossa missão cumprida.
Este artigo foi
inicialmente escrito em 2009 e atualizado em 2017.