No meu tempo, ir à Guerra, não era com hora marcada como quem vai para o chá das cinco.
Ir à Guerra não é o mesmo que ser convidado para um jantar na casa do vizinho, com cordialidade e pedindo licença para entrar.
No meu tempo, ir à Guerra era meter o pé na porta e arromba-la de surpresa, quando menos preparado estava o inimigo.
Ir à Guerra não é um espetáculo de circo, uma série televisiva, nem um folhetim de jornais, e muito menos, sorteios ou apostas de lotaria.
No meu tempo, ir à Guerra, era destruir a vida de muita gente, de um país inteiro, onde se perdia a vergonha por um lado e por outro lado perdia-se a dignidade, a esperança e a vida.
Mas hoje, hoje tudo é diferente, menos uma coisa: É que entre mortos e feridos alguém há de escapar, e curiosamente, tal como antes, vence não o melhor ou o mais justo, mas o mais forte.
Autor do blog: Filipe de Freitas Leal
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