A corrida à Casa Branca está renhida, mas a influencia de potências estrangeiras, como a Rússia, a China ou o Irão, a acontecer como a influência russa nas eleições de 2016, será meramente da contra informação, da desinformação nas redes sociais, pode ter algum impacto, mas não creio que tenha uma influencia decisiva no eleitorado, e como tal, não chegará para alterar o resultado final das eleições americanas de Terça-feira dia 5 de novembro. Porquê? Porque há outros fatores internos, como a situação económica, a inflação, gastos com despesas militares, segurança, entre outros fatores fraturantes como a imigração ilegal ou o aborto, que terão certamente uma maior influência no resultado final de uma parte do eleitorado.
O que importa não é ver o número de votantes nas intenções de voto, pois as eleições são indiretas, os eleitores elegem delegados e não o candidato em si, além disso, as sondagens são feitas por uma amostra que é uma pequena parcela e revela apenas uma a tendência, que contém em si mesma uma margem de erro que ronda entre os 2,5% ou 3,5% de erro.
Para além da sondagem por amostragem está uma maioria silenciosa que irá definir no voto o que Trump ou Kamala querem, que é conquistar os Estados decisivos, e porque? Porque o candidato mais votado conquista todos os delegados desse estado ao colégio eleitoral, e ao conquistar o maior número de Estados decisivos e é isso que lhe dará a vitória. Basta conseguir 270 delegados e será eleito o candidato com maior representação de delegados e não necessariamente o mais votado. Poderá acontecer o candidato mais votado não conseguir os 270 delegados e nesse sentido não será eleito.
O perigo da influência estrangeira é também em certa medida a conjuntura politica internacional que pode decidir mudar o sentido de voto, a Guerra na Ucrânia, as contendas com a China, e além disso a influência destes através de fake news nas redes sociais, a questões identitárias do wokismo e a guerra em Gaza terão sem dúvida uma grande repercussão no eleitorado mais jovem.