
Hoje em Portugal, passados 40 anos da
Revolução vemos pessoas que falam do 25 de Abril de um modo tímido, ou com
receio de ferir suscetibilidades, acerca do passado, e cada vez
mais fazem parecer que se está no 24 de Abril, sobre tudo falam com muito cuidado,
mas afinal medo de quê, da verdade ou da frontalidade com o que de facto se
pensa e crê, mesmo correndo o risco de se estar errado, ligeiramente errado, ou
errado de todo? Ou falta-lhes a coragem de defender um regime de exceção, ou da
desilusão de uma democracia que parece ter construído uma sociedade
que não é para todos igual? Ora a liberdade de expressão e de pensamento são
componentes inalienáveis a uma verdadeira cidadania, da qual se faz
verdadeiramente...