Ha ainda nos túneis de Gaza, um numero estimado em 136 reféns israelitas e judeus sequestrados no fatídico dia dos massacres de 07/10/23.
Solidariedade é a essencia da Justiça Social
Para que uma sociedade se desenvolva em justiça social é fundamental a cultura da solidariedade.
Livros para gostar de Ler
Artigos sobre Livros, Literatura, ensaios e temas afins.
Temas da atualidade internacional
Aborda temas de Relações Internacionais, Politica Externa, Economia global, Geopolítica.
Sociologia para o Mundo Atual
A sociologia é numa ciência que tenta compreender as causas dos males sociais, e visa dar as respostas adequadas, para a implementação de políticas pública, tendo por isso, um compromisso com o mundo moderno..
sexta-feira, novembro 13, 2015
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
A Visão Humanista, é o blog oficial do Partido Humanista - Português PH, onde podemos obter
a mais variada e pertinente informação sobre o ideal humanista, no que se
refere à corrente ligada ao Movimento Humanista fundada por Silo (Mário
Rodrigues Cobos) na América do Sul, uma corrente denominada
por Novo Humanismo em que se reúnem os esforços de muitas pessoas de vários
continentes, nações, raças e credos, na busca de uma nova sociedade, no blog
obtemos informação sobre a sua proposta de não violência, da solidariedade com
os oprimidos e da necessidade de ainda que poucos, sermos todos necessários
para criar uma nova sociedade mais justa e sem violência.
O Blog é excelente, identifico-me imenso com o ideal do Partido Humanista,
os seus valores e princípios e as soluções que preconiza para a
sustentabilidade do planeta e da sociedade e da humanidade como um todo.
Vale a pena visitar este blog, bem como os sites relacionados ao Humanismo,
na lista de links que se segue:
·A Vida e a Obra deSilo (Rodrigues Cobos) verAqui.
Filipe de Freitas Lealnasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
sexta-feira, novembro 13, 2015
Filipe de Freitas Leal
2 comentários
Os humanistas são pessoas de todas as raças, credos, independentemente de
género, que tendo diferentes experiências de vida, diferentes
culturas e visões de mundo, formam um conjunto intergeracional de mulheres e
homens que lutam e acreditam num mundo melhor, por outras palavras são jovens,
adultos e idosos ativos deste século, que atuam neste tempo, com vista a um
futuro promissor para toda a humanidade. Os humanista revêem-se em cada pessoa,
colocando-se no seu lugar, sobretudo os mais necessitados e os mais desfavorecidos
pelo que não chamamos à humanidade o que comummente se designa como o
"Homem", para nós não há o Homem e sim de forma mais plena e mais abrangente
"o
Ser Humano", formado por homens e mulheres deste século e de todo
o Mundo, em igualdade de género e de gerações.
Se
anteriormente o humanismo, foi uma corrente ligada ao ressurgimento das artes,
das ciências e da reorganização da sociedade em moldes contrários à Teocracia,
é também verdade que o foi no intuito da reposição da centralidade do Ser
Humano nas questões políticas, sociais e económicas, e colocando a religião no
seu devido lugar, de serviço, consciencialização e fortalecimento filosófico, moral,
ético e teológico, que aliás sempre foi o seu lugar, e reconhecem nisso os
antecedentes do Humanismo histórico e as bases do novo humanismo, que
se quer voltado para a urgência dos problemas atuais e a eminência das
dificuldades que a Humanidade enfrentará no curto espaço que nos espera.
Os humanistas
são um movimento, que defende a democracia participativa, a liberdade, na são
internacionalistas, e pessoas presentes, de todas as profissões, atuando assim na sua
região, localidade e bairro, contactando e participando de forma ativa pela
defesa dos interesses das populações, sempre em prol de uma
comunidade humana universal.
Mas a luta e a
aspiração dos humanista é feita de forma plural, cada um com a riqueza da sua
cultura, língua, religião, costumes, tradições, bem como dos diferentes graus
de ensino e formação técnica e o respetivo exercício profissional, contribuem
para um mundo plural, rico e que no respeito e na integração de todos será um
mundo melhor.
É preciso que
todos se consciencializem do direito e do dever de exercerem da melhor maneira possível,
os direitos humanos, e a liberdade de pensamento, expressão e de associação
política ou religiosa.
Resta-me dizer
parafraseando um grande filósofo, Humanistas de todo o Mundo Uni-vos.
Filipe de Freitas Lealnasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
quinta-feira, novembro 12, 2015
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
1 - Durante a ditadura militar argentina, tinha sido proibida a realização de
todo e qualquer ato público nas cidades. Por conseguinte, escolheu-se uma
paragem isolada, conhecida como Punta de Vacas, perto da fronteira entre o
Chile e a Argentina. Desde muito cedo as autoridades controlaram as rotas de
acesso. Distinguiam-se ninhos de metralhadoras, veículos militares e homens
armados. Para aceder ao local era necessário exibir documentação e dados
pessoais, o que criou alguns conflitos com a Imprensa internacional. Num
magnífico cenário de montes nevados, Silo começou a sua alocução perante um
auditório de duzentas pessoas. O dia era frio e soalheiro. Por volta das 12h.
tudo tinha acabado.
2 - Esta é a primeira intervenção pública de
Silo. Com uma envolvente mais ou menos poética, explica-se que o conhecimento
mais importante para a vida(“a
real sabedoria”) não coincide com o conhecimento de livros, de leis universais,
etc., mas sim que é uma questão de experiência pessoal, íntima.O conhecimento mais importante para a
vida está referido à compreensão do sofrimento e à sua superação.
Em seguida, expõe-se uma tese muito simples,
em várias partes: 1. Começa-se por distinguir entre a dor física e os seus
derivados, sustentando que podem retroceder graças ao avanço da ciência e da
justiça, à diferença do sofrimento mental que não pode ser eliminado por elas;
2. Sofre-se por três vias: a da percepção, a da recordação e a da imaginação;
3. O sofrimento denuncia um estado de violência; 4. A violência tem como raiz o
desejo; 5. O desejo tem diferentes graus e formas. Atendendo a isto (“pela
meditação interna), pode-se progredir. Assim: 6. O desejo (“quanto mais
grosseiros são os desejos”) motiva a violência, que não fica no interior das
pessoas, antes contamina o meio de relação; 7. Observam-se diferentes formas de
violência e não somente a primária, que é a violência física; 8. É necessário
contar com uma conduta simples que oriente a vida (“cumpre com mandamentos
simples”): aprender a levar a paz, a alegria e sobretudo a esperança.
Conclusão: a ciência e a justiça são
necessárias para vencer a dor na espécie humana. A superação dos desejos
primitivos é imprescindível para vencer o sofrimento mental. Se vieste escutar
um homem de quem se supõe que transmite a sabedoria, enganaste-te no caminho,
porque a real sabedoria não se transmite por meio de livros nem de arengas; a
real sabedoria está no fundo da tua consciência como o amor verdadeiro está no
fundo do teu coração.
Se
vieste empurrado pelos caluniadores e os hipócritas para escutar este homem, a
fim de que o que escutas te sirva depois como argumento contra ele,
enganaste-te no caminho, porque este homem não está aqui para te pedir nada,
nem para te usar, porque não precisa de ti.
Escutas um homem desconhecedor das leis que regem o Universo, desconhecedor
das leis da História, ignorante das relações que regem os povos.
Este homem dirige-se à tua consciência a muita distância das cidades e das
suas ambições enfermas. Lá nas cidades, onde cada dia é um afã truncado pela
morte, onde ao amor sucede o ódio, onde ao perdão sucede a vingança; lá nas
cidades dos homens ricos e pobres; lá nos imensos campos dos homens, pousou um
manto de sofrimento e de tristeza.
Sofres quando a dor morde o teu corpo. Sofres quando a fome se apodera do
teu corpo. Mas não sofres só pela dor imediata do teu corpo, pela fome do teu
corpo. Sofres também pelas consequências das enfermidades do teu corpo.
Deves distinguir dois tipos de sofrimento. Há um sofrimento que se produz
em ti mercê da doença (e esse sofrimento pode retroceder graças ao avanço da
ciência, assim como a fome pode retroceder, mas graças ao império da justiça). Há
outro tipo de sofrimento que não depende da doença do teu corpo, mas que deriva
dela: se estás impedido, se não podes ver, ou se não ouves, sofres; mas ainda
que este sofrimento derive do corpo, ou das doenças do teu corpo, tal
sofrimento é da tua mente.
Há um tipo de sofrimento que não pode retroceder face ao avanço da ciência
nem face ao avanço da justiça. Esse tipo de sofrimento, que é estritamente da
tua mente, retrocede face à fé, face à alegria de viver, face ao amor. Deves
saber que este sofrimento está sempre baseado na violência que há na tua própria
consciência. Sofres porque temes perder o que tens, ou pelo que já perdeste, ou
pelo que desesperas alcançar. Sofres porque não tens, ou porque sentes temor em
geral... Eis os grandes inimigos do homem: o temor à doença, o temor à pobreza,
o temor à morte, o temor à solidão. Todos estes são sofrimentos próprios da tua
mente; todos eles denunciam a violência interna, a violência que há na tua
mente. Repara que essa violência deriva sempre do desejo.Quanto
mais violento é um homem, mais grosseiros são os seus desejos.
Gostaria de te propor uma história que aconteceu há muito tempo.
Existiu um viajante que teve que fazer uma longa travessia. Então, atou o
seu animal a uma carroça e empreendeu uma longa marcha rumo a um longínquo
destino e com um limite fixo de tempo. Ao animal chamou-lhe Necessidade, à
carroça Desejo, a uma roda chamou-lhe Prazer e à outra.
Dor. Assim então, o viajante levava a sua carroça para a direita e para a
esquerda, mas sempre rumo ao seu destino. Quanto mais velozmente andava a carroça,
mais rapidamente se moviam as rodas do Prazer e da Dor, ligadas como estavam
pelo mesmo eixo e transportando como estavam a carroça do Desejo. Como a viagem
era muito longa, o nosso viajante aborrecia-se. Decidiu então decorá-la,
ornamentá-la com muitas belezas, e assim foi fazendo. Porém, quanto mais
embelezou a carroça do Desejo mais pesado se tornou para a Necessidade. De tal
maneira que nas curvas e nas encostas empinadas, o pobre animal desfalecia, não
podendo arrastar a carroça do Desejo. Nos caminhos arenosos as rodas do Prazer
e do Sofrimento enterravam-se no solo. Assim, desesperou um dia o viajante
porque era muito longo o caminho e estava muito longe do seu destino. Decidiu
meditar sobre o problema nessa noite e, ao fazê-lo, escutou o relincho do seu
velho amigo. Compreendendo a mensagem, na manhã seguinte desbaratou a
ornamentação da carroça, aliviou-a dos seus pesos e muito cedo levou o seu
animal a trote, avançando rumo ao seu destino. No entanto, tinha perdido um
tempo que já era irrecuperável. Na noite seguinte, voltou a meditar e
compreendeu, por um novo aviso do seu amigo, que tinha agora de acometer uma
tarefa duplamente difícil porque significava o seu desprendimento. Muito de
madrugada, sacrificou a carroça do Desejo. É certo que ao fazê-lo perdeu a roda
do Prazer, mas com ela também a roda do Sofrimento. Montou o animal da
Necessidade e, em cima do seu lombo, meteu-se a galope pelas verdes pradarias
até chegar ao seu destino.
Repara como o desejo te pode encurralar. Há desejos de diferente qualidade.
Há desejos mais grosseiros e há desejos mais elevados. Eleva o desejo, supera o
desejo, purifica o desejo, que haverás certamente de sacrificar com isso a roda
do prazer, mas também a roda do sofrimento.
A violência no homem, movida pelos desejos, não fica só como doença na sua
consciência, antes actua no mundo dos outros homens, exercitando-se com o resto
das pessoas. Não creias que falo de violência referindo-me apenas ao facto armado
da guerra, em que uns homens destroçam outros homens. Essa é uma forma de
violência física. Há uma violência económica: a violência económica é aquela
que te faz explorar outro; a violência económica dá-se quando roubas outro,
quando já não és irmão do outro, mas sim ave de rapina para o teu irmão. Há,
além disso, uma violência racial: achas que não exercitas a violência quando
persegues outro que é de uma raça diferente da tua, achas que não exerces
violência quando o difamas por ser de uma raça diferente da tua? Há uma
violência religiosa: achas que não exercitas a violência quando não dás
trabalho, ou fechas as portas, ou despedes alguém, por não ser da tua mesma
religião? Achas que não é violência cercar aquele que não comunga os teus
princípios por meio da difamação; cercá-lo na sua família, cercá-lo entre a sua
gente querida, porque não comunga a tua religião? Há outras formas de violência
que são as impostas pela moral filisteia.Tu queres impor a tua forma de vida a
outro, tu deves impor a tua vocação a outro... mas quem te disse que
és um exemplo que se deve seguir?Quem
te disse que podes impor uma forma de vida porque a ti te apraz? Onde
está o molde e onde está o tipo para que tu o imponhas?... Eis outra forma de
violência. Só podes acabar com a violência em ti e nos outros e no mundo que te
rodeia pela fé interior e pela meditação interior. Não há falsas portas para
acabar com a violência. Este mundo está prestes a explodir e não há forma de
acabar com a violência! Não procures falsas portas! Não há política que possa
solucionar este afã de violência enlouquecido.Não há
partido nem movimento no planeta que possa acabar com a violência no mundo...
Dizem-me que os jovens em diferente latitudes estão a procurar falsas portas
para sair da violência e do sofrimento interior. Procuram a droga como solução.
Não procures falsas portas para acabar com a violência.
Irmão meu: cumpre com mandamentos simples, como são simples estas pedras e
esta neve e este sol que nos bendiz. Leva a paz em ti e leva-a aos outros. Irmão
meu: além, na História, está o ser humano mostrando o rosto do sofrimento, olha
esse rosto do sofrimento... mas recorda que é necessário seguir adiante e que é
necessário aprender a rir e que é necessário aprender a amar.
A ti, irmão meu, lanço esta esperança, esta esperança de alegria, esta
esperança de amor, para que eleves o teu coração e eleves o teu espírito, e
para que não te esqueças de elevar o teu corpo.
A cura do sofrimento(Punta de Vacas, Argentina. 04/05/69)
Mario Luiz Rodriguez Cobos
(Silo) - Pensador, Escritor
e Político, nascido em 1964 na cidade de Mendonça (Argentina),no seio de uma
família da classe média, de ascendência espanhola, é conhecido pelo
apelido de Silo, Formado em Ciência Política, é o fundador do Movimento Humanista
Internacional e do PH Partido Humanista, também deixou uma vasta obra literária
e filosófica.
Sobre o autor do Blog
Filipe de Freitas Lealnasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Blog de cariz humanista, com artigos sobre serviço social, solidariedade, filosofia, política, cultura, artes, trabalhos académicos.
O Logotipo do Blog, representa o movimento e a centralidade que Humanidade deve ter nas questões sociais.