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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Fernando Pessoa - Se Eu Morrer Novo

Se eu morrer novo, sem poder publicar livro nenhum Sem ver a cara que têm os meus versos em letra impressa, Peço que, se se quiserem ralar por minha causa, Que não se ralem. Se assim aconteceu, assim está certo. Mesmo que os meus versos nunca sejam impressos, Eles lá terão a sua beleza, se forem belos. Mas eles não podem ser belos e ficar por imprimir, Porque as raízes podem estar debaixo da terra Mas as flores florescem ao ar livre e à vista. Tem que ser assim por força. Nada o pode impedir. Se eu morrer muito novo, oiçam isto: Nunca fui senão uma criança que brincava. Fui gentio como o sol e a água, De uma religião universal que só os homens não têm. Fui feliz porque não pedi cousa nenhuma, Nem procurei achar nada, Nem achei que houvesse...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Fernando Pessoa - O Amor

O amor, quando se revela, Não se sabe revelar.  Sabe bem olhar p'ra ela,  Mas não lhe sabe falar.  Quem quer dizer o que sente  Não sabe o que há de dizer.  Fala: parece que mente  Cala: parece esquecer  Ah, mas se ela adivinhasse,  Se pudesse ouvir o olhar,  E se um olhar lhe bastasse  Pra saber que a estão a amar!  Mas quem sente muito, cala;  Quem quer dizer quanto sente  Fica sem alma nem fala,  Fica só, inteiramente!  Mas se isto puder contar-lhe  O que não lhe ouso contar,  Já não terei que falar-lhe  Porque lhe estou a falar...  Autor Filipe de Freitas Leal  Leituras visualizações Sobre o Autor Filipe...

 
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