Nada é um fim em si mesmo. É por isso que não me
identifico como socialista, comunista e claro, muito menos como um defensor do ideal neo-liberal, visto que
o que eu deveras defendo é a bandeira do Humanismo.
Ou seja, é na Justiça Social que deve estar assente o foco de toda a ação politica, económica, social,
cultural, cientifica, artística e também religiosa, devem estar obviamente
voltadas para a Pessoa Humana.
Neste sentido, tudo tem que girar em torno do conceito de Servir, e servir é focar no próximo a razão de ser da nossa ação, não se produz
um produto só para obter o retorno do lucro, mas o que se produz, tem de ser
Útil às pessoas primeiro e à comunidade por extensão.
Isto está muito ligado ao conceito de felicidade, as
coisas também tem filosoficamente o seu sentido de felicidade, se alguém escreve e produz um
livro, é para que se transmita algum conhecimento ou diversão, caso contrário, nem o seu
autor, nem o seu leitor, terão atingido a meta a que o objetivo do produto final se destinava no âmbito da
felicidade.
No entanto, hoje vivemos numa inversão desses valores, as
pessoas estão a ser usadas para manter vivo o consumo e o lucro, e assim é
destruído o âmbito do SERVIÇO e da Felicidade, isto acaba por contaminar todo o
tecido social, nem sempre foi assim, as sociedades modernas desenvolveram a tecnologia e os níveis de conforto, mas em contrapartida escravizam as pessoas.
A Infelicidade, o suicídio, o divórcio, a adição, o
crime, entre outros tipos de anomia social, são frutos da falta de HUMANISMO,
ou por outras palavras, da falta de sentido de SERVIR e produzir FELICIDADE
para o outro, e por consequência para a comunidade.
Por outras palavras não é em função da sociedade que
existe a pessoa humana, nem do lucro, indevidamente deificados, numa sociedade e cultura pretensamente laica, mas antes, é para a pessoa humana que cada um destes elementos deverão estar voltados gerando o Bem-estar Humano, numa comunidade de pessoas acima de toda a cor, etnia, credo, classe social, género ou
idade.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.