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domingo, 11 de janeiro de 2015

Grande Marcha de Paris - Vive la Liberté

A Grande Marcha Republicana, foi promovida e organizada pelo PS Partido Socialista francês, iniciou-se hoje às 14h30 horas em Paris, reunindo mais de 1 milhão de cidadãos, de todas as nacionalidades e credos, onde juntou os familiares das vitimas do ataque ao Charlie Hebdo, com mais de 40 lideres mundiais, para além do Presidente Francês François Hollande, marcaram presença, Angela Merkel, David Cameroon, Mariano Rajoy, Benjamin Netanyahu, Ibrahim Boubakar Keita, Mahmoud Abbas, entre outros, que caminharam de braços dados da Praça da República até à Praça da Nação.


"Paris é Hoje a capital do Mundo", afirmou François Hollande, nesta marcha que diz não à violência e à barbárie do terrorismo, em defesa dos valores civilizacionais da liberdade de expressão, o dia de hoje marca assim a unidade de todos ao afirmarem "Nous Sommes Tous Charlie; Nous sommes tous juif e Vive La Liberté".


Não é a islamização da Europa que os europeus temem, poderá ser da extrema direita, que aliás ficou afastada da manifestação, o que nos levou às ruas nas capitais da Europa não é uma questão demográfica e étnica, é uma questão civilizacional. Não interessa se a maioria é ou será desta ou daquela religião, dentro de 20 ou 30 anos, interessa que os valores herdados se mantenham, porque o Bem Comum e os Direitos de toda a pessoa humana estão acima de toda e qualquer religião ou ideologia.

Esta manifestação, mostra para além da unidade dos europeus, que o que está em causa, não é o Charlie Hebdo em si, mas a liberdade de expressão e os valores ocidentais da democracia face ao fanatismo; Não se paga um insulto com a vida, não é algo equiparável. O que está em causa é muito mais profundo e de uma maior dimensão que o jornal em si.

No entanto o senso de humor, revela o grau de evolução de uma pessoa ou de uma comunidade, pois quem se ofende com o humor e a sátira dos cartoons, tanto mais se ofende com uma simples noticias que tenta relatar os factos.


A religião, seja ela qual for, é algo de ordem pessoal, e não está e nem poderá ser colocada acima do Estado e nem da Lei, podendo ser medida a validade de uma determinada religião, mede-se pela sua capacidade em ser um instrumento que auxilie os seus fiéis, e contribua para o desenvolvimento dos mesmos, da coletividade, estando assim a par com outros instrumentos sociais, de cariz educativo, cultural e da solidariedade social.

Após a marcha, o presidente francês dirigiu-se à Grande Sinagoga de Paris, com outros lideres de diversas religiões para prestar homenagem às quatro vitimas do Supermercado Kosher,Yohan Kohen, Yoav Hatab, Philip Braham e François Michel Saada, assassinados dia 9, e também pelo que esta homenagem visa também combater o antissemitismo.






De Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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