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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Seminário de Luta Contra a Pobreza em Lisboa



A Rede Europeia Anti-Pobreza - EAPN, criada em 1990 e com sede em Bruxelas, encontra-se no nosso país desde 1991, prioriza o combate à exclusão social e pobreza, através de mecanismos ao seu dispor, tais como a informação, da qual faz parte o Observatório de Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa do qual pretende promover a inclusão social, criando programas para esse fim, passando pela sensibilização dos agentes sociais e das populações em geral.
Nesse âmbito, a EAPN promove no dia 3 de fevereiro, o 2º Seminário Internacional do Observatório de Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa, que decorrerá no Auditório do Montepio Geral em Lisboa, e no qual se pretende num primeiro momento, apresentar os resultados de estudo e analisar o trabalho e as ações do Observatório no ano de 2011, também tendo como objetivo a informação da situação das pessoas e famílias que em Lisboa vivem numa situação de grande vulnerabilidade, passando depois a um segundo momento com outros observatórios europeus, para o debate da importância da observação da realidade social em contexto de crise.

Data e Hora: 03 de fevereiro - das 9h00 às 17h30
Local: Auditório do Montepio Geral - Lisboa
Programa: Link para Download em pdf, Aqui.

Inscrições: Até 28 de janeiro a enviar para a seguinte morada:
Observatório Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa
E-mail: observatoriopobreza@eapn.pt
Tlf: 217976590/217986448
www.observatorio-lisboa.eapn.pt 


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Dou.pt e Eu Dou, no Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza


Porque o problema não está geralmente na quantidade dos recursos mas na sua distribuição, comemoramos hoje o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza através do destaque de uma iniciativa que será lançada daqui a duas semanas, mas que convida desde já  todos os interessados a ligar-se, quer ao seu propósito, quer ao seu movimento.
 
O portal www.dou.pt assume-se como o site das dádivas de objetos sem uso e que terão nova utilidade junto a pessoas carenciadas ou Instituições. Trata-se de uma iniciativa da ESCALA – Associação para o Desenvolvimento Sustentável, que terá a sua apresentação oficial no dia 3 de novembro na Fundação Calouste Gulbenkian.

O site é fruto do Movimento EU DOU e arranca a 31 de outubro, podendo ser seguido desde já pelo Facebook (aqui) e também pela rede social Twitter (aqui), onde irá certamente angariar fãs para o “ebay de doações”, que coloca o seu objetivo imediato nos 22 milhões de euros a “recolher” nos 3 primeiros anos de atividade.

Quanto às doações, não serão aceites alimentos, apenas objetos, desde roupa a aparelhos eletrónicos. Será o próprio doador, quer seja uma pessoa ou entidade, que terá a tarefa de anunciar o seu próprio produto de dádiva no site que, organizado por proximidade geográfica, será no fundo uma rede social. Vale a pena visitar o site e divulgá-lo. Para já apenas se podem ligar para receberem mais novidades, mas muito proximamente poderão começar a doar.

Para mais informações ver aqui.
Para o www.dou.pt, clicar aqui.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 5 de junho de 2011

Exclusão Social, Pobreza e Imigração

A imigração mitos, verdades e mentiras.
Portugal passou a ser um país de imigração, sendo intensificado o fluxo de imigração logo depois de 1986 quando da entrada para a então denominada CEE Comunidade Económica Europeia, antes era apenas um país de emigração, onde milhares de portugueses ao longo do século XX, buscavam fora o que não encontravam cá dentro, (trabalho, oportunidades e liberdade) hoje centenas de milhares de imigrantes, buscam no nosso país exatamente o mesmo, no entanto a emigração dos portugueses voltou a acentuar-se, Portugal é pois um país ambivalente no fluxo migratório.

A imigração tem trazido reações, baseadas em ideias feitas e erradas, de que os imigrantes vêm roubar-nos o trabalho, estão a invadir Portugal, vem gastar os recursos da Segurança Social com a constante dependência de subsídios, que são criminoso, que vem destruir a nossa cultura, enfim, reações que nascem do desconhecimento, que são preconceituosas, baseando-se em sentimentos de xenofobia e racismo que originam a exclusão social dos imigrantes na medida em que não os acolhem.
Calcula-se em torno de 200 milhões, o número de pessoas a viver fora dos seus países de origem, havendo claramente um crescimento dos movimentos migratórios a nível mundial, redefinam as suas políticas face ao problema. Em Portugal havia em 2007 segundo o INE, cerca de 452 mil imigrantes legalizados, sendo 10% da população ativa e 5% da população total.

Inclusão Social de Imigrantes – Que programas há?
A exclusão Social é um fenómeno que provoca desigualdades em relação, no que refere ao acesso ao emprego e  remuneração condigna, para fazer face a todas as necessidades básicas de alimentação e  habitação condigna; a uma pensão de reforma/velhice que permita a subsistência de quem a aufere.[1]

Segundo dados do ACIDI, a população imigrante é a primeira a perder o emprego em situação de crise, dada a vulnerabilidade contratual e por trabalharem em setores económicos sensíveis a mudanças bruscas na economia do país.[2]
O movimento migratório pode ser visto e analisado de duas formas, a regulação do fluxo em termos de volume, origem e perfil, e no que se refere à Integração Social, tendo em conta as necessidades do mercado de trabalho no país de acolhimento.[3]

Há no entanto, situações de exclusão social grave, como os imigrantes sem abrigo. Nesse sentido a JRS Portugal – Serviço Jesuíta aos Refugiados, tem vindo a desenvolver o programa Rua da Esperança, desde outubro de 2010, com o intuito de promover a reinserção social.

Outro fator de grande vulnerabilidade e exclusão social é o tráfico humano de mulheres para exploração sexual, proveniente maioritariamente do Brasil e países do Leste.[4]

 Portugal tem vindo desde os anos 90, a criar organismos, instituições e programas com o objetivo de integrar, reinserir ou mesmo de evitar a exclusão social dos imigrantes, e no combate à xenofobia e racismo, com atuação na área da aprendizagem do idioma português, da formação profissional (Novas Oportunidades) em áreas não abrangidas pelo sistema normal de ensino e da educação escolar, com aplicação do Sase - Serviço de Ação Social Escolar (Serviço no âmbito da promoção de medidas de combate à exclusão social, abandono escolar e de igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolar, apoiando todos os alunos carenciados (aplicados aos alunos maioritariamente de origem estrangeira e também aos nacionais, neste caso), de acordo com as normas publicadas anualmente no Diário da República) com os seguintes programas de intervenção:

1 - A.E.D (Auxílios Económicos Diretos):
Empréstimo de manuais escolares; transporte especial para alunos com deficiência; Complemento Curricular (visitas de estudo).

2 - Refeitório:
  Fornecimento de refeições completas.  

3 - Bufete:
  Fornece pequenas refeições aos alunos ao menor custo possível, tendo em conta uma alimentação saudável.

4 - Papelaria:
  Serviço de apoio onde o aluno pode adquirir algum material escolar ao menor custo possível.

5 - Transportes:
  Requisição de passes ou títulos de transporte junto das empresas para os alunos que deles necessitem, desde que a eles tenham direito.

6 - Seguro Escolar:
Levantamento de inquéritos quando ocorrem acidentes na Escola ou a caminho de e para ela, de modo a que os alunos sinistrados sejam socorridos a coberto do Seguro Escolar.

Nota: O Seguro Escolar cobre apenas os encargos resultantes do acidente, que não sejam cobertos pelo subsistema de saúde do aluno sinistrado.

São desenvolvidos também projeto dentro da rede escolar, visando a melhor integração intercultural entre crianças e jovens, e verificando o lado positivo da boa integração existente e a modificação de mentalidades das novas gerações, em que se apercebem que é na diversidade que se cria uma sociedade mais evoluída e enriquecida quer a nível cultural, linguístico, gastronómico, profissional e de uma maior criatividade e produtividade.

Os organismos que mais atuam diretamente junto dos imigrantes e suas comunidades são:

ACIDI Alto Comissariado para a Integração e Dialogo Intercultural foi Criado então com o ACIME prestando serviços de apoio à integração de Imigrantes, em 2007 passa a ser um Instituto Publico interministerial e com ampliação de competências, que criou um projeto de Reunificação Familiar, com o objetivo de melhorar as condições de vida dos imigrantes e contribuindo de forma muito positiva para o combate de entrada e permanência irregular no país e como consequência o aumento maior de nascimentos, em contra partida ao envelhecimento da população portuguesa e aumento da população ativa no mercado de trabalho.

CNAI's, Centros Nacionais de Apoio aos Imigrantes que se subdividem em CLAII's, Centros Locais de Apoio à Integração de Imigrantes, criados em 2003 no âmbito do antigo ACIME. Fazem a nível regional e local as funções do ACIDI, com a promoção da diversidade intercultural e a integração dos jovens no âmbito escolar e nas suas associações locais.

Programa Escolhas, que trata da prevenção da criminalidade e da inserção de jovens em risco de exclusão ou em exclusão efetiva, foi criado em janeiro de 2001, abrangia na altura 50 projetos e um universo de 6.712 indivíduos. Atualmente o Programa escolhas arrancou desde 2010 tendo como medidas a Inclusão escolar e educação; formação profissional e empregabilidade, cidadania, inclusão digital, empreendedorismo e capacitação, tendo como exemplo o projeto de criação de documentários e curtas metragens (audiovisuais) realizados por jovens, com sucesso de integração e realização pessoal ou trabalhos artísticos,  como os realizados no bairro Armador (Escolhas  PISCJA),Cova da Moura (Nu Kre), Bairro Alto (+ Skillz), Bairro 6 de maio (Anos Ki ta Manda), Olais (Sementes), Vale da Amoreira(Escolhas VA)Intendente (Contacto Cultural).

OIM Observatório da Imigração, criado pela ACIDI para o estudo da realidade da Imigração em Portugal, conhecendo o seu volume, origem e perfil, bem como a realidade social em que estão a viver, com a qual se auxiliará na definição de politicas sociais a tomar e o contributo para o desenvolvimento do país que as diferentes pessoas dos diferentes países trazem para cá.

Cursos de Língua Portuguesa para Estrangeiros: praticados nas escolas públicas, juntas de freguesias e centros de formação profissional, em parceria com as câmaras municipais e  as juntas de freguesia, sendo necessário apenas o passaporte com visto válido, que facilitam a inserção no mercado de trabalho ou a naturalização portuguesa, conforme o caso, observando alguns critérios definidos na Lei.

Outros Programas de Caracter Interministerial : O do ponto de vista legal, os imigrantes que se encontrem no território nacional, têm garantia de assistência médica e hospitalar gratuita ou mediante taxas moderadoras; e promoção do Roteiros de Saúde para Todos os Imigrantes, tendo ou não a situação regularizada em Abril / 2010 (Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, C.M.L. e ACIDI), sobre a Saúde Respiratória (Tuberculose e Saúde Materno-Infantil), abordando a equidade no acesso, a importância do acompanhamento das grávidas e do desenvolvimento das crianças, a utilização adequada de recursos, a racionalidade do uso aos serviços de saúde por parte dos imigrantes, a necessidade da promoção da saúde no campo das questões respiratórias, entre outras questões.

Para além desses organismo oficiais, os imigrantes contam com o apoio das associações dos seus países, que orientam quanto às leis aplicadas em Portugal, prestam assistência jurídica, e encaminhamento aos orgãos públicos, apoio ao retorno voluntário, além da promoção de eventos culturais e étnicos que tornam menos penoso a distancia da família e do seu país de origem.

Outro, são as Instituições Religiosas, sejam elas cristãs ou não, onde os membros encontram um ponto de apoio muito importante para a sua integração e colmatar a solidão.


[1] ALVES, Sandra (1996): Exclusão Social, Rotas de Intervenção (Coordenação de H. Carmo). Lisboa, ISCSP
[2] ACIDI (2008) Os mitos e os factos, pp. 12. Lisboa, ACIDI / Presidência do Conselho de Ministros
[3] MACHADO, Fernando Luís (2003): Sociologia, Problemas e práticas, n.º 41, pp. 183-188. Oeiras, Celta Editora

[4] CAVITP Comissão de Apoio à Vitima do Tráfico de Pessoas: http://www.ecclesia.pt/ocpm [consulta: 28/05]


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 8 de maio de 2011

Jornadas da Saúde e Toxicodependência

Decorreu no passado dia 6 de maio as IX Jornadas da Saúde e da Toxicodependência. Estas jornadas, integradas no programa “Crisis Socialis”, tiveram lugar no Auditório da Escola Superior de Saúde de Leiria, tendo estado a organização a cargo da Comunidade Vida e Paz (Centro de Moimento – Fátima) que é uma conhecida instituição de solidariedade social, sem fins lucrativos, que tem como objetivo o tratamento e a reinserção social de indivíduos Sem Abrigo, Toxicodependentes e Alcoólicos.
Foram abordados temas relacionados com a atual crise social e económica que o país atravessa, com o exponencial agravamento de situações de dependência e exclusão, focando-se questões diversificadas, das necessidades materiais às emocionais, passando pelos efeitos da conjuntura socioeconómica no escalar das dependências.
O Evento teve a sessão de abertura pelo Secretariado, onde estiveram presentes o Professor Doutor Ilídio Pinto (Escola Superior de Saúde de Leiria); o Dr. Jorge Santos, diretor da Comunidade Vida e Paz; o Dr. Carlos Ramalheira, delegado regional IDT Centro; e a Dr.ª Lurdes Machado da Ação Social da Câmara Municipal de Leiria.
O Evento contou ainda com um workshop de técnicas motivacionais a cargo da Dr.ª Maria Vieira da “Ideias e Desafios”.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mendicidade, Um Estigma na Pobreza II

Há um mês atrás escrevemos neste blog, sobre a Mendicidade lembram-se? Nesse artigo falámos de duas instituições que prestam auxílio na pobreza: a “CASA” e a “CEPAC”
(ver o artigo aqui). Agora com o agravamento dos dados macroeconómicos do país a afetar  diretamente a vida das pessoas, escrevemos uma segunda parte do artigo. Hoje e por estarmos no Ano Europeu do Voluntariado falamos sobre o “Exército da Salvação” e a “Comunidade Vida e Paz” que prestam ajuda às pessoas e famílias em grande dificuldade ou mesmo em situação de exclusão social e indigência.
Exército da Salvação
O Exército da Salvação é uma instituição caritativa religiosa da corrente evangélica, fundada por William Booth em 1865, hoje presente e atuando em 120 países de acordo com as necessidades específicas desses mesmos países, possuindo hospitais, orfanatos, casas de acolhimento para os sem-abrigo, lares da terceira idade, centros de apoio para doentes seropositivos e até em alguns países campos de refugiados.
Em Portugal esta instituição possui dois centros de dia e lares para idosos, um centro de acolhimento para os sem-abrigo, um lar para crianças, três programas de apoio domiciliário a pessoas incapacitadas e um centro comunitário que fornece roupa e bens alimentares a famílias carenciadas e ainda fornece sopa aos sem-abrigo duas vezes por semana.
Embora a obra seja religiosa, toda a ajuda é bem vinda – seja através de voluntariado ou de ajudas materiais, são sempre bem aceites pela instituição todos os apoios que se lhe possa dar.
Sede Institucional: Rua. Dr. Silva Teles, 16 1050-080 Lisboa
Qualquer pessoa interessada em voluntariado pode contactar:
Dra. Sandra Martins Lopes (Corpo Normal) Tel: 217.802.930 Fax: 217.802.940
E-mail: sandra.martins@exercitodesalvacao.pt
Comunidade Vida e Paz
A Comunidade Vida e Paz, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) fundada pela Irmã Maria Gonçalves, com sede em Lisboa. É uma instituição de cariz cristão, tutelada pelo Patriarcado de Lisboa, e que recebe apoio de várias pessoas e instituições de diferentes correntes religiosas e de pensamento, que em comum têm as preocupações de caráter humanista.
O seu principal objetivo é recuperar, tratar e promover a reinserção social dos sem-abrigo, de alcoólicos e toxicodependentes, tendo para esse efeito três centros terapêuticos na Venda do Pinheiro, Fátima e Sobral de Monte Agraço, Apartamentos de Reinserção em Leiria, Venda do Pinheiro e São Pedro da Cadeira. A Comunidade aplica as vertentes emocionais, física, psicológica e espiritual a favor da recuperação da vida dessas pessoas, dispondo ainda da oferta de cursos de valorização educacional, formação profissional entre outros, orientados para a reinserção no mercado de trabalho.
A Comunidade Vida e Paz distribui todos os dias, alimentos, leite, agasalhos e esperança aos sem-abrigo, não faltando juntamente com os bens materiais uma palavra de conforto e calor humano vinda dos voluntários empenhados neste desafio.
Pode-se ajudar a Comunidade Vida e Paz de diversas formas, uma delas é como voluntário nas equipas de noite e distribuição de alimentos. Pode-se ainda doar alimentos, vestuário ou realizar a doação de dinheiro por telefone, pelos ctt, payshop ou transferência bancária para as seguintes contas:
Montepio Geral – NIB – 0036 0000 9910 5505 0519 6
Caixa Geral de Depósitos – NIB – 0035 0675 0003 5284 6306 8
Banco Espírito Santo – NIB – 0007 0023 0054 6620 0189 3
Pode-se pedir recibo para efeitos de IRS através do e-mail: geral@alvalade.cvidaepaz.pt
Sede Institucional: Rua Domingos Bomtempo, Nº 7 / 1700-142 Lisboa
Telf: 218 460 165 / 843 97 93 Fax: 218 495 310
Email: geral@alvalade.cvidaepaz.pt


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 29 de março de 2011

Adoção de Idosos e Exclusão Social

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/53/Alte_frau_seybold.jpg
Portugal mais uma vez está a realizar um censo, o seu XVº recenseamento geral da população, pelo que esperamos o fim desta consulta para termos acesso a dados novos sobre a nossa sociedade. O censo pode ser respondido on-line teoricamente por todos, embora de facto essa possibilidade esteja vedada à faixa da população que se encontra em “infoexclusão”, novo conceito de exclusão social em países desenvolvidos que designa o conjunto de pessoas que não têm acesso aos meios informáticos, quer seja por inaptidão devido à idade, quer seja por falta de recursos.

Um dos dados que se aguarda com antecipação é o do nível de envelhecimento da nossa população – a expectativa de vida em Portugal é maior hoje que no passado naturalmente, mas há que saber precisar exatamente quanto. Segundo a CIA World Factbooka  longevidade nas mulheres portuguesas atinge em média os 82 anos e nos homens fica-se pelos 75, o que contudo é baseado apenas nas estimativas possíveis entre recenseamentos gerais.

Segundo dados do INE, existiam em 2009 cerca de 321 mil idosos a viver sozinhos em Portugal (via), sendo a maioria mulheres viúvas. Ora, estes dados, que aparecem associados ao relato por parte da autoridade estatística do seu progressivo aumento no passado recente, exigem que se olhe cada vez de modo mais sério para a problemática da terceira idade na nossa sociedade, que vem associada a problemas gravosos e cada vez mais bem mapeados como os da exclusão social dos idosos em geral, os da violência familiar sobre os idosos, os da escassez de cuidados de saúde especializados e contínuos ou os da falha da garantia aos idosos dos seus direitos básicos de dignidade individual e social.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) é uma das instituições sociais mais ativas e diversificadas no cuidado que presta a idosos - ver aqui a diversidade da sua oferta.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/53/Alte_frau_seybold.jpgDe destacar é contudo, pela sua oportunidade e originalidade, a campanha que vem desenvolvendo desde Maio de 2010, que pretende identificar famílias que estejam disponíveis para adotar idosos carenciados sem família. Não obstante as famílias disponíveis recebam pelo menos 447,27€ por mês para acolherem o idoso, podendo acolher até um máximo de três, os primeiros meses da campanha foram uma deceção, obrigando a uma nova fase de ativa publicitação dessa possibilidade, no fim do ano passado, também sem grandes resultados (via). Ora, continua em aberto essa possibilidade, e as necessidades são crescentes. Sobre essa forma de apoio social, contacte-se a Direção de Acção Social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (ver aqui).

Outro serviço que merece relevo é o de Atendimento e Apoio Telefónico para Idosos, em especial o de TeleAssistência. Para além de um fim assistencial, estes serviços têm também o fim declarado de ajudarem a combater a solidão dos idosos.

Actualmente, nesse âmbito, a SCML tem ao serviço da população idosa as linhas abaixo:
  • STA – Serviço Tele Alarme – Serviços de Apoio a idosos: 21 793 33 60
  • Linha do Cidadão Idoso: 800 20 35 31.
 Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Mendicidade, Um Estigma na Pobreza I

O século XXI, surgiu-nos pleno de promessas e esperanças, após as grandes conquistas do século passado, como as tecnológicas, as de direitos de cidadania, as de cada vez maior igualdade de género, e as de combate crescente à segregação e ao preconceito, seja de género, raça, credo ou de nacionalidade.  A Democracia forneceu o pano de fundo a muitas dessas mudanças civilizacionais, como princípio de organização política sustentada no reconhecimento e disseminação do postulado do direito à autodeterminação dos povos que culturalmente foi consolidando o princípio do direito à “auto-determinação individual”. Enfim, tratava-se de um novo século que após tantas conquistas seria logo à partida, julgava-se, tão promissor quanto possível, e o palco, esperávamos, do encontrar do tão desejado equilíbrio sócioeconómico a nível global, que permitiria o avanço sustentado do combate à pobreza e à exclusão social.

Mas eis que, na realidade, não obstante seja positivo o sentido global de evolução, inegavelmente, a grande desprotecção dos pobres e dos excluídos face à variação das condições socioeconómicas fez com que, neste século que tem até ao momento sido de mudanças e desafios profundos ao nível do modelo económico vigente, se tem verificado um agravamento generalizado nas sociedades ocidentais da situação dos mais desfavorecidos, quer em consequência da crise económica do Subprime em 2008 quer do efeito dominó que a partir daí arrebatou as  economias de países que entraram em banca rota, como a Islândia, o Equador, a Grécia, a Irlanda. Portugal não ficou imune, sendo arrastado para uma crise económica, política e social que se agrava.

Esta crise acarreta a ruína de uma franja da população de forma violenta, os mais necessitados, os sem abrigo, os sem emprego, os sem família os sem esperança, e sobretudo os dependentes quase exclusivamente da caridade alheia e das instituições religiosas e de solidariedade social, tais como por exemplo (internacionalmente) “O Exército de Salvação” e a “Santa Casa da Misericórdia” e por exemplo (nacionalmente) a “Comunidade Vida e Paz”, a “Casa” e a “CEPAC Centro Padre Alves Correia” que prestam uma grande ajuda às pessoas mais pobres e empobrecidas. Destacaremos hoje as duas últimas quer como modo de divulgar os seus esforços, quer como de as promover junto dos estudantes e especializados na área das Ciências Sociais, convidando todos a uma visita, desde logo, aos seus sites.

A CEPAC, tem como objectivo reinserir os imigrantes ilegais explorados em Portugal, tais como as ciganas romenas. O centro pretende ajudar quem vive em situação de mendicidade, tendo baixa escolaridade e encontrando-se em situação de uma forte exclusão social.

A CEPAC presta um enorme serviço, por exemplo no caso das mulheres ciganas romenas, dando formação a estas mulheres, não só escolar mas também profissional, o que se torna numa grande mais valia para a sua inserção social, auto estima, autonomia, bem como para a conquista do seu espaço na sociedade, deixando as ruas, a indigência e a mendicidade.

A CEPAC tem vários projectos de desenvolvimento para imigrantes, tais como o: “Fronteiras do Imigrante – Agir para Incluir”, sendo apoiada pela ONGD “Pórticus”.

Recomenda-se quer a visita ao site quer a colaboração. Nesta página encontram-se dados sobre como apoiar financeiramente a instituição ou como colaborar com tempo, em regime de voluntariado.
Outra instituição, e esta totalmente voltada para os “Sem Abrigo” é a “Casa – Centro de Apoio aos Sem Abrigo”, que suportando-se no apoio de voluntários e de restaurantes e benfeitores das cidades onde actua, tem vindo a servir todas as noites, refeições quentes e embaladas, a distribuir roupas e uma palavra amiga e de esperança, aos sem abrigo nas cidades de Lisboa, Porto, Coimbra, Faro e Setúbal.
A “Casa” necessita também de voluntários, agradecendo também todos os donativos que lhe possam ser encaminhados. Sobre donativos ver aqui. Sobre voluntariado especializado e não especializado aqui.
Ambas as instituições podem ser receptoras da consignação de 0,5% em sede de IRS. Vejam nas páginas indicadas como.
C.A.S.A. – Centro de Apoio ao Sem Abrigo
Sede Institucional: Rua Dona Estefânia, 124, 1º, 1000-158 Lisboa
Tel: 212 419 968 Fax: 213 163 488 email: info@casaapoioaosemabrigo.org
CEPAC – Centro Padre Alves Correia
Sede Institucional: Rua Dona Estefânia, 124, 1º, 1000-158 Lisboa
Tel: 213.973.030 Fax: 213.951.280 e-mail: director.tecnico@cepac.pt
www.cepac.pt.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Solidariedade Social

Muito tem sido feito e mudado nos últimos tempos, sobretudo a maneira como o poder político encara e administra as políticas sociais.

Nunca antes o capital havia ocupado tamanha importância, passando para segundo plano os cuidados com a saúde, a terceira idade, a maternidade, os subsídios necessários à reinserção social, desemprego entre tantos outros cuidados que até aqui o Estado se sentia na obrigação de cuidar e de fazer chegar a quem desses apoios precisasse, menorizando assim os desníveis sociais entre ricos e pobres.

E a consequência deste estado de coisas, em que o estado passou a ser um gerente em vez de regente, e que o poder político se submete ao poder económico, acarreta uma maior incidência de casos de injustiça social. Não tardará que aumente o índice de pobreza, criminalidade, desemprego, carências de variadíssimas formas nas camadas mais necessitadas da população.

A solução não é simples, e o problema tem vindo a agravar-se de uma forma caricata, com a crise económica agravada, a queda nas balanças comerciais, perda do valor das principais moedas e inflação, mostra que os Estados estão a ficar empobrecidos e as grandes multinacionais neles instaladas, bem como a classe dominante está cada vez mais rica, e cada vez mais a asfixiar o Estado, a manipula-lo e empobrece-lo não só de recursos financeiros mas também de falta de ética. 

Graça por todos os países do mundo, um aumento da corrupção activa e passiva, do branqueamento de capitais, do narcotráfico, entre tantos outros males.
Portanto o problema não é a falta de dinheiro, é a falta de uma distribuição justa, das riquezas existentes.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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