Aquí te amo.
En los oscuros pinos se desenreda el viento.
Fosforece la luna sobre las aguas errantes.
Andan días iguales persiguiéndose.
Se desciñe la niebla en danzantes figuras.
Una gaviota de plata se descuelga del ocaso.
A veces una vela.
Altas, altas estrellas.
O la cruz negra de
un barco.
Solo.
A veces amanezco, y
hasta mi alma está húmeda.
Suena, resuena el
mar lejano.
Este es un puerto.
Aquí te amo.
Aquí te amo y en
vano te oculta el horizonte.
Te estoy amando aún
entre estas frías cosas.
A veces van mis
besos en esos barcos graves,
que corren por el
mar hacia donde no llegan.
Ya me veo olvidado
como estas viejas anclas.
Son más tristes los
muelles cuando atraca la tarde.
Se fatiga mi vida
inútilmente hambrienta.
Amo lo que no
tengo. Estás tú tan distante.
Mi hastío forcejea
con los lentos crepúsculos.
Pero la noche llega
y comienza a cantarme.
La luna hace girar
su rodaje de sueño.
Me miran con tus
ojos las estrellas más grandes.
Y como yo te amo,
los pinos en el viento, quieren cantar tu nombre con sus hojas de alambre.
(Do livro 20 poemas de amor e uma canção desesperada)
Aqui te amo.
Nos
sombrios pinheiros desenreda-se o vento.
Fosforesce
a lua sobre as águas errantes.
Andam
dias iguais a perseguir-se.
Desperta-se a névoa em dançantes figuras.
Uma
gaivota de prata desprende-se do ocaso.
Às
vezes uma vela. Altas, altas estrelas.
Ou
a cruz negra de um barco.
Sozinho.
Às vezes amanheço e minha alma está húmida.
Soa,
ressoa o mar ao longe.
Este
é um porto.
Aqui
te amo.
Aqui te amo e em vão te oculta o horizonte.
Eu
continuo a amar-te entre estas frias coisas.
Às
vezes vão meus beijos nesses navios graves
que
correm pelo mar rumo a onde não chegam
Já
me vejo esquecido como estas velhas âncoras.
São
mais tristes os portos ao atracar da tarde.
A
minha vida cansa-se inutilmente faminta.
Eu
amo o que não tenho. E tu estás tão distante.
O
meu tédio forceja com os lentos crepúsculos.
Mas
a noite aparece e começa a cantar-me.
A
lua faz girar a sua rodagem de sonho.
Olha-me com os teus olhos as estrelas maiores.
E
como eu te amo, os pinheiros no vento
querem
cantar o teu nome com as folhas de arame.
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