I –
Ideias Principais
O envelhecimento
sendo um constructo social é vivido de modo diferente de pessoa para pessoa, de
lugar para lugar, e também ao longo dos tempos vimos diferentes modos de
encarar e lidar com as pessoas idosas, e porquê digo as pessoas idosas e não o
idoso. Porque nada nem ninguém é estático nesta vida, nascemos crescemos,
envelhecemos e morremos todos, daí que falar de idoso é uma ideia fixa,
cultural e por vezes usada de modo preconceituoso tendo ao longo dos
séculos sido um estigma, que atingiu mais o género feminino, no que se refere à
marginalização social.
Ainda
hoje em países como o Afeganistão, a viuvez resulta na indigência a pedir
esmola como o único meio que têm para sobreviver.
Dizer a
“A Pessoa Idosa” portanto tem uma finalidade clara, que é a de dignificar a
vida dessas pessoas, outrora jovens e de fazer com que simultaneamente sejam
aceites pelos outros na sociedade, e da parte dos mesmos sentirem o direito à
sua cidadania, que é a cidadania da Terceira Idade Ativa.
II – Que representação do envelhecimento e da velhice nos
transmite o autor?
O texto
do autor (em anexo), revela-nos uma atitude saudável de uma pessoa que se nega
a um envelhecimento negativo, logo temos aqui em comparação um quadro que é o
de anulação da espiral da senelidade, em que a pessoa vê o passado com carinho,
mas olha ainda para o futuro.
Aceita
à semelhança dos seus avós, o papel do sábio que transmite aos outros o que
sabe e ainda procura aprender com eles o que ainda não sabe.
III – Em que medida a perspectiva do autor se
aproxima/difere dos conteúdos abordados?
O autor
no texto abaixo resumido, aproxima-se dos conteúdos abordados no sentido de
descrever o modo como era vista a terceira idade, e também das propostas e
atitudes de uma terceira idade ativa e bem sucedida que está hoje em voga, mais
necessária que nunca a todos e em todos os contextos, quer no meio rural quer
no urbano.
O
envelhecimento demográfico que em Portugal é o de Base, tem vindo a fazer com
que haja maior consciencialização por parte de políticas publicas,
mas também a necessidade de uma maior consciencialização das
estruturas físicas e próximas no apoio e na integração das pessoas
idosas.
Devo
ser velho, mas não tenho tempo para pensar nisso. Tenho a sorte de ser uma
pessoa com bastante idade, mas não me considero uma pessoa envelhecida. Para
mim, um velho é uma pessoa que olha para trás. Eu olho mais para o futuro (…).
Recordo
o meu avô Melicias como um velho excecional. Não sabia ler, nem escrever, mas
era um sábio das coisas da natureza. Não só nos ensinava como tinha a humildade
de nos pedir que lhe lêssemos o que estava nos livros (…).
Mas lá
fora, na sociedade urbana a realidade é outra. Vivem-se tempos muito
materializados, temporalizados, onde o velho é estorvo, já não tem o mesmo
interesse e papel que tinha noutra era. Antes era o que cuidava dos netos,
transmitia conhecimentos e partilhava afeto.
A
sociedade, através das suas organizações e da vizinhança física te
m que
recolocar a importância de cada pessoa para combatermos a solidão. (…).
Retirado
da Revista Única (Semanário Expresso de 24 de Setembro de 2011 - Entrevista com
V. Melicias)
Baseado nos Apontamentos
Universitários (2011/2012) de Gerontologia.
Filipe de Freitas Leal 2º Ano do Curso de Serviço Social do
ISCSP - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da UTL - Universidade Técnica de Lisboa.
Sendo Professora a Drª. Paula Campos Pinto.
Filipe de Freitas Leal 2º Ano do Curso de Serviço Social do
ISCSP - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da UTL - Universidade Técnica de Lisboa.
Sendo Professora a Drª. Paula Campos Pinto.
2 comentários:
Como pertenço a um grupo de pessoas acima de 445 anos procurei espaços que se direcionassem aos assuntos do envelhecimento humano. Gostei, vou segui-los.
Acessem o meu blog: wwwescolaparaadultos.blogspot.com e confiram as nossas atividades.
Abraço!
O vosso blog é muito interessante com assuntos pertinentes à inclusão dos idosos e de políticas sociais em geral, parabéns já estou a acompanhar o blog "Escola para Adultos" e obrigado pelas suas palavras de apreço.
Um abraço.
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