Dia 10 de março Portugal realizou as Eleições Legislativas, para a eleição de 230 deputados para a Assembleia da República (o Parlamento português) O mais estranho destas eleições é que foram muito concorridas e mesmo tendo baixado a percentagem da abstenção num país envelhecido, com 10,450 milhões de habitantes tem 9,271 milhões de eleitores e destes só 6,140 milhões é que votaram, ou seja, o Parlamento é eleito por pouco mais de 2/3 dos eleitores portugueses.
Neste sufrágio, as sondagens falharam e a Aliança Democrática (AD) liderada por Luís Montenegro que junta o PSD-CDS-PPM elegeu 79 deputados, venceu as eleições sim, mas praticamente com um empate técnico com o Partido Socialista (PS) liderado por Pedro Nuno Santos que elegeu 77 deputados, fala no entanto contar os votos da diáspora portuguesa, pelos círculos eleitorais da emigração.
A grande surpresa da noite foi o Partido Chega (CH) liderado por André Ventura, que quadruplicou a sua bancada de 12 para 48 deputados eleitos, podendo chegar até aos 50 com os votos da emigração.
As sondagens falharam, não tanto à boca da urna do próprio dia eleitoral, mas as sondagens que foram sendo feitas, dando conta de uma queda do Partido Chega que não aconteceu, e prevendo um avanço da Ad na rodem dos 5 a 6% acima do PS que também falhou. Há no ar um empate técnico e um cenário de ingovernabilidade, na medida que a AD não aceita formar governo com o Chega de André Ventura, com a célebre frase, de "o não é não". Portanto nem a direita moderada nem a Esquerda terão condições de governar. Mas cabe à AD faze-lo pelo tempo que lhe for permitido.
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