domingo, 22 de julho de 2012

Crise - Cresce Insolvência de Famílias e Empresas

Em Portugal  verificou-se um aumentou na ordem de 83% no numero de insolvências de famílias e falências de empresas, só no primeiro semestre deste ano, o mesmo é dizer que triplicou face ao ano passado, sendo que terão dado entrada nos tribunais, cerca de 53 processos diariamente, o que acarreta que os tribunais fiquem agora totalmente repletos de processos, segundo o jornal público.
Tudo isto é consequência da crise financeira europeia que afeta vários países da zona euro e que se vive também em Portugal, em especial na Região Norte, onde o número de falências e insolvências é muito superior ao resto do país, tudo isto é vivido num ciclo vicioso de falência de empresas, desemprego e falta de capacidade financeira para os particulares continuarem a respeitar os pagamentos das suas obrigações mensais, bem como inclusive gastos de saúde e alimentação, fazendo assim com que há hoje na sociedade portuguesa verdadeiros flagelos, vividos em silêncio e no desespero de homens, mulheres, crianças e idosos que não sabem o que fazer à vida.
O mercado de trabalho está estagnado e os índices de desemprego teimam em aumentar, engrossando ainda mais as famílias falidas.
Segundo dados do jornal "Publico" registaram-se 9.637 insolvências de famílias, sendo que um dos fatores associados à crise, desemprego, endividamento e perda de recursos financeiros é também o facto de as famílias estarem mais informadas sobre este mecanismo, e de o encarar como uma saída possível, como é o caso do site "Plano Viável" de Florbela Oliveira no programa de TV "Querida Júlia" onde dá informações pertinentes ao sobre endividamento e insolvência das famílias.



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

José Hermano Saraiva - O Adeus do Historiador

Portugal perdeu um dos seus mais ilustres cidadãos, trata-se do Professor José Hermano Saraiva (1919 - 2012), um dos grandes Historiadores de Portugal, que soube levar ao grande público, o gosto pela história e pela cultura do seu país, exerceu advocacia e também o ensino como professor universitário no ISCSPU Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (atual ISCSP/UTL), além disso foi  membro da Academia das Ciências de Lisboa, foi embaixador no Brasil, apresentador de Televisão, com programas de história e cultura de Portugal desde 1972, na RTP Radiotelevisão Portuguesa, com programas como "O tempo e a alma" (1972) "Horizontes da Memória" (1996), "A alma e a gente" entre outros, da RTP, canal 2 (programação de maior incidência cultural).
Foi ele que fez  tantos portugueses aprenderam a gostar e respeitar, desde a sua infância, a história e cultura, sendo um dos seus livros mais populares, "História Concisa de Portugal" (1978) da Editora Europa América e da já célebre coleção Livros de Bolso que é ainda hoje um livro de referência do grande público.
Hermano Saraiva foi também ministro da educação e cultura de 1968 a 1970, no governo de Oliveira Salazar, e posteriormente de Marcello Caetano, tendo sido no entanto afastado após a crise estudantil de 1969, que ocorreu com protestos estudantis de abril até setembro desse ano, acompanhado de greves e repressão por parte da polícia política, após o afastamento, José Hermano Saraiva seria nomeado embaixador de Portugal no Brasil, cargo que ocupou até ao 25 de abril.
Hermano Saraiva, foi sobretudo um homem que soube criar o seu espaço, e ser respeitado após a revolução dos cravos de 25 de abril de 1974, devido ao seu grande valor como pessoa e homem das letras e da cultura.
Recentemente chegou a afirmar numa entrevista ao DN Diário de Notícias, "Penso que a morte não será muito desagradável, a não ser que se sintam dores. A pessoa deixou de sentir e, serenamente, entra no vago. De um modo geral, não tenho medo da morte." Afirmou em outubro de 2011, quando do seu 92º aniversário.



Em "Horizontes da Memória" RTP 2.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Música - Rosa de Hiroshima - Ney Matogrosso

Rosa de Hiroshima, é um poema escrito por Vinicios de Morais, e que foi adaptado para música, pelo grupo musical brasileiro dos anos 70, Secos e Molhados,  do qual fazia parte o cantor Ney Matogrosso, (a quem muito comumente é tido como o autor da música) está é uma música de intervenção política, embora não focasse a situação brasileira da altura, o Brasil vivia numa ditadura militar, apoiava a política externa estadunidense em todos os sentidos, e criticar a Bomba Atómica, era criticar os seu autores da bomba, da guerra fria e criticar o apoio que os Estados Unidos da América, davam a regimes ditatoriais com era o caso do próprio Brasil, bem como o Chile de Pinochet, ou ainda a Nicarágua de Anastácio Somoza. Mas é uma música que sobretudo combate a loucura humana da guerra levada ao seu extremo, o uso das armas nucleares.


Rosa de Hiroshima
(Letra: Vinicios de Morais, Música Gerson Conrad)


Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada



Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - Convertido pelo Lince

Cartoon # 05 - Eleições na Grécia

A propósito das ultimas eleições na Grécia, que devido à crise foram o foco e as atenções de toda a Europa; este cartoon foi retirado do site: "A Visão Humanista" tendo sido publicado a 18/06/2012.


Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - Convertido pelo Lince

Hiroshima Nunca Mais

Hiroshima é na história moderna do Século XX, um pesado e doloroso marco, o mundo não seria o mesmo após a Bomba atómica, os seres humanos (os capitalistas e imperialistas) mostraram que colocam os interesses acima das vidas humanas, acima do equilíbrio inclusive do ecossistema planetário, custe o que custar, e ainda hoje assim sucede.
A Bomba foi usada com o argumento de acabar com a guerra e impor a paz... mas que preço tão alto! Quão aviltante é o ato, como a ideia.
Dezenas de bombas Atómicas existem no planeta prontas a ser usadas (se preciso for?) outras tantas já foram usadas em testes no Pacífico, com explosões subterrâneas e subaquáticas, criando provavelmente danos naturais, embora que não sejam oficialmente reconhecidos e nem sequer divulgados (não interessa aos poderosos ter um povo informado).
Chernobyil e Fukushima, são exemplos do que não deve ser construído, Hiroshima e Nagasaki são exemplos do que o ser humano tem coragem de fazer, mas não deve ser feito! E ter consciência cívica e política, faz com que não possamos permitir isto; Hiroshima nunca mais deve ser esquecida, como não devem ser esquecidas as vitimas que sucumbiram aos interesses economicistas e políticos, da guerra fria e de jogos geoestratégicos que não nos interessa compreender, sobretudo porque em cada local do mundo um ser humano é sempre um ser humano, (não há raças, não há cores, as nacionalidades dissipam-se na semelhança física e espiritual de cada um de nós) mas sim, há pessoas em toda a parte iguais entre si na dignidade e no direito à vida, pessoas que nascem, vivem, amam e têm o direito de viver e morrer em dignidade e em equilíbrio com o mundo em que vivem.

 
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