As declarações do PM, não promovem
um diálogo de consenso
Não é com "sangue, suor e
lágrimas", como diria Churchil, que se constrói a Europa das nações,
nem com salários em atraso, falências, destruição dos serviços de saúde e
educação, emigração massiva de jovens universitários, suicídios entre outras
misérias, que são a consequência das políticas da Troika, e que
estão nas entrelinhas do programa de governo PSD-PP, para pagar uma divida
externa, que visou fundamentalmente salvar a banca e as suas falências
fraudulentas, até porque os desequilíbrios financeiros, dos países como
Portugal, foram feitos pelos políticos não pelo povo.
Entramos na UE para quê? Portugal
hoje é mais pobre, o Estado ficou descapitalizado, vendeu tudo, o povo está
endividado no futuro até à terceira ou quarta geração. Para quê estes
sacrifícios?
Não entenderam nada do que os gregos
disseram nas Urnas, o que está errado não é ser de esquerda ou de direita, o
que está errado, é a inversão de valores, de políticas económicas europeias
cada vez menos solidárias.
Entrar para a CEE, e permanecer na
Europa, tem que valer a pena para as suas gentes, caso contrário valerá apenas
para uma minoria de gente rica e poderosa que escraviza mais de 507 milhões de
europeus, acorrentados a dividas e orçamentos financeiros, para satisfazer a
voracidade Neo-liberal à custa do empobrecimento dos países mais pobres do sul
da Europa, com a conivência dos seus governos.
Custa a engolir aos neo-liberais, que a Grécia tenha agora um governo
grego para os gregos, tal como afirmou o jornal Público.
Não é aos desempregados, nem aos
reformados ou pensionistas com baixos rendimentos, ou aos trabalhadores com
salários em atraso, aos trabalhadores que ganham um ordenado mínimo que mal dá
para comer, nem aos licenciados cuja oportunidade é na maioria das vezes
emigrar, não é a nós o Povo que a vitória do Syriza ou a crise grega mete medo.
Por Filipe de Freitas Leal
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