A UE fez um ultimado ao Syriza, "Não aceitamos
alterações!"
Atenas, 25 de janeiro de 2015, dia de eleições legislativas, prevendo-se à boca das urnas, uma vitória do partido esquerdista Syriza - Coligação da Esquerda Radical, que inclui um total de 12 partidos e movimentos políticos de várias correntes da esquerda, uma espécie de BE Bloco de Esquerda português, ou do Podemos de Espanha, e que vem lançar novos dados no jogo político económico europeu, e um impasse sobre o que se irá passar caso o partido tenha maioria absoluta, tendo até às 20h00 de hoje, uma margem de 38% do total de votos.
O líder do Syriza, Alexis Tsipras, ao que tudo indica, será indigitado o novo primeiro ministro grego, terá um trabalho árduo, que lhe caberá doravante, e não lhe é nada fácil, primeiramente pela tarefa de reerguer a economia grega, sobretudo quando há a necessidade de corrigir e aperfeiçoar o sistema tributário para evitar a fuga aos impostos, que é uma tradição na Grécia, que foi uma forma de desobediência civil dos gregos à dominação otomana, tudo isso junto, com a pressão de uma população empobrecida pela asfixia da economia grega, vendo no líder da esquerda, como um Messias Helénico, tudo isto leva-nos a crer que a Troika e as politicas da UE Falharam porque não tiveram em conta o interesse do bem comum e dos povos dos países membros, castigando-os com o desemprego, o desastre económico e uma grave crise social, que divide a Europa entre o Norte e o Sul.
O Parlamento grego, saído destas eleições será um parlamento alterado, não apenas na percentagem que cada partido tem, mas fundamentalmente na sua composição, os resultados das sondagens à boca das urnas são os seguintes:
Syriza - Coligação da Esquerda Radical, 36,86% (150 cadeiras)
Nova Democracia, 28,34% (76 cadeiras)
Aurora Dourada, 6.38% (17 cadeiras)
To Potami (O Rio), 5,83% (16 cadeiras)
KKE - Partido Comunista Grego, 5,41% (15 cadeiras)
Pasok - Partido Socialista Grego, 4,81% (13 cadeiras)
ANEL - Partido dos Gregos Independentes, 4,69% (13 cadeiras)
Kinima - Movimento dos Socialistas Democráticos, 2% (não elegeu deputados)
Por Filipe de Freitas Leal
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