Este livro, saído de um programa da BBC (Televisão britânica) nos anos 70, permanece atual, porque nunca a humanidade teve tantas dúvidas quanto ao futuro, como no momento presente.
Ao ler este livro, compreende-se o desenvolvimento socioeconómico ao longo da História, bem como, a raiz dos grandes conflitos contemporâneos e os da atualidade.
Ao ler este livro, compreende-se o desenvolvimento socioeconómico ao longo da História, bem como, a raiz dos grandes conflitos contemporâneos e os da atualidade.
Já
passaram muitos anos, mas lembro-me quando era ainda um adolescente, de ouvir
falar de um economista canadiano de nome John Kenneth Galbrith, e depois de ver
o livro "A
Era da Incerteza" nas
estantes e montras das livrarias paulistanas, era onde eu morava na altura;
passava muito pela "Livraria Cultura" e pela "Livraria
Saraiva" sem falar das férias que passava na Biblioteca Mário de Andrade
em São Paulo em meio a livros, enciclopédias e atlas, viajava pelo mundo
dentro de uma biblioteca.
Os anos passaram, regressei a Portugal, Galbrith morreu em 2006, e o Mundo está totalmente diferente, mais desenvolvido tecnológicamente é claro, mas uma coisa me chamou a atenção, é de que um livro que era sobre a história do pensamento económico ao longo dos séculos, que também falava sobre política internacional e um sem numero de implicações socio-económicas e políticas na conjuntura global, continua atual pela sua natureza e pelo seu titulo.
A incerteza é agora maior que antes, vimos a crise do petróleo, o fim da URSS, a independência de vários países da esfera soviética, o desmembramento da Jugoslávia, com a sangrenta guerra da Bósnia, mais tarde também do Kosovo, o 11 de Setembro e a desastrosa política estadunidense do "Eixo do Mal" com a guerra interminável no Afeganistão e Iraque, estamos a ver a agitação social e política no mundo árabe, mesmo à nossa beira e não sabemos como irá acabar, a crise financeira iniciada nos Estados Unidos em 2008, já arruinou a economia de países como o Equador, Islândia, Ucrânia, Grécia, Irlanda, Portugal está com a corda no pescoço e a Espanha na corda bamba.
Se há algo que os políticos devem aprender, é a não repetir erros do passado, a humanidade já chegou a um desenvolvimento tecnológico que se mostra escravo dos interesses económicos de grandes grupos, apenas pelo lucro ou pela guerra, quem sofre irreversivelmente é o planeta e as gerações futuras.
A desflorestação, a extinção de inúmeras espécies, o esgotamento da água potável, a erosão dos solos, o degelo das calotas glaciares entre tantos outros males, tornam impossível prever uma saída para isto a curto prazo e o que se pode prever de facto é a incerteza que vivemos e em que viverão as gerações futuras.
Portugal:
Editora: Moraes Editores (1980)
Coleção: Mundo
Imediato - nº 6
Páginas: 324
Brasil:
Editora: Pioneira
(1980)
Coleção: Economia
Páginas: 320
Autor Filipe de Freitas Leal
1 comentários:
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