O Presidente de Portugal,
Cavaco Silva, agravou a crise política em que o país está mergulhado,
indigitando para o governo o atual Primeiro-ministro Passos Coelho da coligação
de direita, entre os Néo-liberais do PSD e os Democratas-cristãos do CDS, sem
que estes tenham apoio parlamentar suficiente; não se limitando apenas a esse
ato, o presidente discursou com um tom arrogante, e ameaçador fechando
a porta a um possível governo de esquerda, maioritária no parlamento, composto
pelas bancadas socialista (PS), bloquista (BE) e comunista (PCP-PEV),
acusando-os de defenderem a saída do euro e a saída da OTAN.
Alertou
ainda a que os socialistas sejam responsáveis, num apelo aos deputados para que
votem em consciência em vez de votar em bloco, o que se leu como um incentivo à
cisão interna do PS.
A atitude
de Cavaco Silva gerou contestação e divisão na sociedade portuguesa em dois
pólos ideológicos, esquerda x direita, e devido a isso fez com que o PS e toda
a esquerda se unissem, o que faz com que o governo seja incapaz de governar.
Para
muitos comentadores na imprensa e na televisão, Cavaco Silva, agiu de modo
faccioso, irresponsável e com mero espírito de matilha ao
favorecer apenas os interesses do seu partido em lugar dos interesses da nação
e dos portugueses.