domingo, 6 de maio de 2012

Fernando Lopes, Um Realizador do Cinema Novo

Cineasta português, cujo nome completo era Fernando Lopes Marques (1935-2012), nascido em Alvaiázere, no interior de Portugal, foi aos 12 anos para Lisboa, começou a trabalhar ainda menino e a estudar à noite no curso comercial, cedo se iniciou no mundo do cinema e em particular no cine-clubismo, do qual fora fundador do "Cineclube Imagem", trabalhou também na RTP Radiotelevisão Portuguesa no canal 2, onde adquiriu muita experiência como assistente de montagem e daí partiu em busca do mundo da realização como bolseiro em Londres e depois nos Estados Unidos onde viveu três anos a estudar cinema, na RTP fez um excelente trabalho e deixou um modelo do que deve ser um serviço publico cultural na televisão.
Dos seus filmes, os mais emblemáticos são:  "Belarmino" realizado em 1964, que relata a história de um lutador de box: "Uma Abelha na Chuva" de 1971 e "Crónica dos Bons Malandros" de 1984, que passa para o grande ecrã o livro de Mário Zambujal. Fernando Lopes, fez parte da corrente estética de vanguarda, denominada de Cinema Novo, que surgira nos anos 60 do séc. XX e visava precisamente romper com a estética e o cunho fascista no cinema de então.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

World Press Cartoon 2012 - Sintra

A criatividade artística como forma de expressão, com o qual se fazem e tecem criticas, e defendem-se ideias, que em tudo está dentro do espírito das liberdades de pensamento, expressão e associação, um dos direitos mais elementares consagrados na DHDH Declaração Universal dos Direitos Humanos,  confere também a responsabilidade de uma cidadania ativa e consciente, e é dentro desse espírito que a imprensa e a arte associadas nos "cartoons" se situam.
Dominique Strauss-Khan de Egil Nyhus
Nesse âmbito está patente ao público mais uma edição da WPC World Press Cartoon 2012, desde o passado sábado dia 21 de abril, decorrendo até dia 30 de Julho, no Centro Cultural Olga Cadaval em Sintra.
"Bombardeamento" de Ares
O Juri decidiu e anunciou ainda na sexta feira, galardoar este ano o Grande Prémio World Press Cartoon 2012, a dois artistas, o cubano Ares, pseudónimo de Aristides Esteban Guerrero e ao norueguês Egil Nyhus, com os cartoons à direita e abaixo à esquerda, galardão que ambos repartirão no valor de 20 mil euros (informou o jornal Público), Este ano participam 402 candidaturas de 56 países e com um total que ultrapassa as 800 caricaturas, tendo sido selecionados desenhos de 260 artistas, cuja liberdade de expressão assenta este ano no agravamento da crise económica mundial com ênfase.

 Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 1 de maio de 2012

I Jornadas Sociais de Rio Tinto

A ARTES, Associação Rio Tinto para a Evolução Social, promoveu as I Jornadas Sociais, realizadas no Conselho, para além do convite feito a todos os interessados,  pediu-se também a que os interessados divulguem o trabalho social da Associação e os resultados das jornadas.
Dos diversos temas abordados no evento, destacaram-se: Nova geração e novos comportamentos; A prevenção em contexto escolar e a nova realidade; A Adesão e a não adesão ao tratamento de doenças infecciosas;  A dignidade no cuidar; A inclusão social através do desporto, entre outros temas.
Data: 4 de maio de 2012
Horário: das 8h30 (Inauguração) às 17h30
Local: Auditório da Escola Secundária de Rio Tinto.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Música - Trova do Vento que Passa - Adriano Correia de Oliveira




Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
o vento nada me diz.
La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la, [Refrão]
La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la. [Bis]
Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
[Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles pra quem eu escrevo.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - Convertido pelo Lince

segunda-feira, 30 de abril de 2012

19 de Abril de 1506 - O Pogrom de Lisboa

 um monumento em Lisboa, que para além de belo, é de suma importância histórica, por ele passam centenas talvez milhares de pessoas, sem o ver ou vendo sem lhe dar importância devida, trata-se do monumento em homenagem aos judeus mortos no ano de 1506, no chamado "Pogrom de Lisboa" ou a "Matança dos Judeus de Lisboa", página trágica e cruel da nossa história, pois não pensem as gerações atuais que a perseguição e morte de judeus só ocorreu no Holocausto Nazista. Séculos antes por toda a Europa incluindo como aqui vemos Portugal, foram mortos milhares de judeus, quer pela inquisição quer em motins (Pogroms) de cariz anti-semita, tendo o povo judeu sido o bode expiatório para todo o tipo de males sociais.
Era o Ano de 1506, 19 de Abril, Portugal vivia uma seca muito grande, crise económica e peste, nas igrejas rezavam-se novenas, faziam-se procissões e rezavam-se missas, para combater o mal. Naquele fatídico dia segundo foi escrito por cronistas da época, um pseudo milagre estaria a acontecer, no interior da Igreja de São Domingo na baixa lisboeta, um cristão-novo (judeu obrigado a converter-se ao catolicismo) fez m comentário a desfazer a ideia do milagre, a Ira dos fiéis tornou-se numa turba enraivecida,   as mulheres e homens agarraram nesse e noutros cristãos novos e os espancaram até a morte em frente à entrada da Igreja, depois não satisfeitos com a morte dos inocentes, esquartejaram-nos e fizeram uma fogueira para queimar os corpos, padres dominicanos em vez de conterem a fúria, atiçaram a população para marchar até ao bairro dos judeus, onde famílias foram retiradas de suas casas, homens, mulheres, velhos e crianças, espancados e mortos.
Foi assim durante cinco dias, de uma loucura indomável, que o Rei D. Manuel I, teve de enviar tropas especiais para por cobro à vergonha, visto que amigos e funcionários régios foram mortos, o cheiro dos corpos queimados enchia toda a atmosfera de Lisboa, o ambiente era dantesco. Após as tropas reais reporem a ordem a 24 de Abril, o saldo de mortos ultrapassava os 2500, o Rei mandou retirar do Brasão de Lisboa o título de "Honrada".
O Presidente Jorge Sampaio, foi o único chefe de Estado, que pediu oficialmente na Sinagoga Sharé Tikvah, perdão ao povo judeu pelos erros cometidos no passado, tendo também inaugurado o monumento na fotografia acima.
Este é baseado no artigo: "A matança de Lisboa de 1506" da autoria de Carlos Baptista da Javurah de Lisboa (Espaço Isaac Abravanel)


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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