#BringThemHomeNow!
Ha ainda nos túneis de Gaza, um numero estimado em 136 reféns israelitas e judeus sequestrados no fatídico dia dos massacres de 07/10/23.
Solidariedade é a essencia da Justiça Social
Para que uma sociedade se desenvolva em justiça social é fundamental a cultura da solidariedade.
quarta-feira, 20 de abril de 2016
Angola Volta-se de Novo para a Influência Russa
quarta-feira, abril 20, 2016
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Angola recebeu da Rússia mais um empréstimo,
este em cerca de 118 milhões de euros do banco estatal russo VBT através da
sucursal na Áustria, num total que se estima em 1,4 biliões de dólares,
empréstimo esse que visa sobretudo o financiamento do Orçamento de Estado
angolano, segundo apurou o Jornal de Negócios. E isto ocorre após o
ressurgimento da crise económica causada pela queda do valor do petróleo.
Parece ser o Regresso do Filho Pródigo angolano à influência russa, José Eduardo dos Santos, é um dos presidentes
(ditadores) africanos há mais tempo no poder, iniciou funções com a morte
de Agostinho Neto em 1979, num regime ditatorial comunista, tendo como
cenário a ocupação cubana do regime castrista sob a influência politica da URSS
de Brejnev, em meio a uma guerra civil sangrenta contra a UNITA e a FNLA.
Abandonou o comunismo e singrou numa economia
de mercado e deu os seus passos na GLOBALIZAÇÃO dos mercados financeiros,
contudo, nunca deixou de governar com mão forte o seu país, nem aproveitou a riqueza
do petróleo para retirar da miséria os milhões de angolanos que vivem abaixo do
limiar da pobreza, permitindo apenas que existam partidos políticos, sem
contudo que as pessoas se expressem livremente como foi o caso Luati Beirão,
recentemente condenado a prisão por ter cometido o delito de se expressar
livremente sobre o que pensa.
quinta-feira, 14 de abril de 2016
Globalização ou o Fim da Democracia - I
quinta-feira, abril 14, 2016
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
A Globalização e o liberalismo
A
Globalização e o liberalismo estão a alterar os papeis entre a politica e a economia,
pois submetem o papel do Estado (antes um regulador) aos grandes conglomerados económicos e
financeiros (antes meros agentes).
A
GLOBALIZAÇÃO não é propriamente dito exequível com um governo soberano que
queria respeitar um programa de governo pelo qual fora eleito, isto porque vai
contra a lógica da economia dos mercado financeiros e de grupos poderosos que tem margens anuais de lucros superiores ao PIB de países como Grécia, Irlanda e Portugal por exemplo (países que pediram resgate ao FMI e que sofreram a intervenção da Troika).
Neste
sentido, pode-se observar que a democracia está a ser usada apenas como
plataforma de implementação dos interesses dos grandes conglomerados, quer seja
pelo Poder Executivo (governo), quer pelo legislativo e não raras vezes também
pelo judiciário, ao qual cabe a responsabilidade pelo cumprimento legal, pela
fiscalização das reformas implementadas, feitas através de politicas que visam
reformas económicas, sociais e financeiras profundas, claramente com o intuito de retirar e afastar o Estado tanto do seu papel regulador como da sua presença em setores como a banca, os transportes públicos, as comunicações, correios, saúde, educação, energia e saneamento básico, mesmo que alguns dêem lucro, setores esses que se supõe a necessária participação de capitais públicos; posto isto, temos que as reformas liberais levadas a cabo interferem também no mercado de trabalho através de alterações à legislação laboral fragilizando os trabalhadores, bem como pela redução dos ordenados no mercado de trabalho e o fim dos apoios sociais, os quais têm vindo a gerar graves consequências sociais consideráveis, como desemprego de longa duração, emigração, empobrecimento das faixas mais idosas da população e o consequente agravamento da insustentabilidade da segurança social, que choca com o apoio estatal à banca falida, através de dinheiro público saído do bolso dos contribuintes.
O problema
é morder o isco.
Um fator importante que visa essa inversão e que deve ser observado com atenção é a
corrupção, por outras palavras é o isco que faltava para a implosão da democracia que tanto demorou a
construir, minando um dos alicerces fundamentais que é a confiança dos cidadãos
eleitores, somando-se a isto temos o quarto poder, o da imprensa com a sua voracidade em derrubar lideres e a promover outros, sobra assim, apenas um regime em que o cidadão limita-se a escolher quem é que vai exercer o cargo, não interessa se será do partido A ou do B, se é o
cidadão C ou o D, acabam todos por ter de cumprir as normativas que vêm de cima, de acordo com interesses empresariais ou económicos, que são por sua
vez as Multinacionais, as Agências de Rating e os Mercados Comuns como a UE, a
NAFTA, Asean, entre outros, pelo que se transforma um Estado de Direito e soberano num Estado Vassalo, ou uma mera zona geográfica, como se de um simples mapa empresarial de zonas comerciais se tratasse.
A máquina
que põe tudo isso a funcionar, é sem sombra de duvida a corrupção, é esse aliás
o isco como acima referido, e como vem a provar as recentes revelações dos Papeis do Panamá, que é o de corromper, comprar e deixar cair na rua pela denúncia os politicos, os partidos, para
desacreditar na opinião pública, não so a esquerda e a direita, mas sim todo um sistema político.
Claro
que pode-se afirmar em Ciência Política que a politica é a luta pela conquista
e pela manutenção do poder, mas a corrupção muda tudo isto, e o jogo politico
hoje mudou de palco, não é no palanque de um líder, mas sim no escritório de um
CEO, não é a falar de ideias e causas, mas sim de valores e ganhos, ou seja,
por outras palavras, a Economia impôs-se à politica.
O
Brasil, Portugal, Grécia e outros países que se submetem a obedecer a agenda da
globalização de conglomerados e do FMI, são países cobaias, onde se verifica
já, se não o fim da democracia, pelo menos uma metamorfose que visa alterar a
sua função politica, para uma função meramente executiva dos interesses estabelecidos pelos mercados financeiros.
Mas
porque o fim da democracia?
Os
partidos continuarão a existir, e haverá eleições, contudo os governos saídos de uma Parlamento eleito não conseguirão promover reformas substanciais, tal como se observou em Portugal, quando a Troika impôs a
qualquer partido e em qualquer governo as normas que devem ser cumpridas, que não podem
ficar aquém das expectativas dos organismos executivos como o Eurogrupo, o FMI ou o Concelho da Europa.
Voltando atrás no tempo, quando
nos anos 60 ou 70, nos países democráticos, haviam eleições, votavam-se em
programas eleitorais, vimos por exemplo o caso de França em que François
Mitterrand do PS, implementou uma série de reformas estruturais socializantes,
ou do lado contrário, governos de direita como o de Margaret Thatcher, que
impôs a privatização feroz, a luta contra os sindicatos dos mineiros e a implementação da sua politica ultra-liberal.
Hoje,
não se passa assim, nos países que fazem parte da UE União Europeia por
exemplo, temos um parlamento europeu que não é deliberativo e nem legislativo mas sim normativo,
e temos um núcleo duro que é a Comissão Europeia, que por outras palavras é o
Governo Central da Europa, de onde emanam as diretivas aos países membros, tal como o que ocorreu com a Grécia que tentou mudar o jogo, mas
teve de se vergar.
Ao que
parece, a Europa só não aceitou as condições que foram sugeridas pelo governo
de Tsipras, porque entendia que aqueles politicos de esquerda, não poderiam
influenciar o resto da Europa, entenderam que era preciso verga-los e não permitir que fossem
um exemplo a seguir, e isto aconteceu mesmo depois do referendo no qual os gregos rejeitaram
as politicas de austeridade da Troika, foi aqui que se viu de facto quais são as cartas em
cima da mesa e quem domina o jogo, pois as mesmas propostas teriam sido aceites se os proponentes fossem da ND Nova Democracia (de direita) ou o PASOK Partido Socialista Grego (de centro-esquerda) partidos amigos ou europeístas.
Portanto conclui-se, que ao elegermos democraticamente um parlamento do qual sairá um
governo, os programas eleitorais não serão implementados porque as politicas impostas não não o permitem, embora as respectivas diretivas nem sequer tenham sido escrutinadas pelos demais cidadãos europeus, torna esta prática centralizadora um ato político antidemocrático, que limita o ato de votar de cada cidadão numa simples cerimónia
secundária.
É um
novo colonialismo, uma nova ditadura? perguntam alguns; Mas penso que talvez nem seja isso,
mas mais do que isso, uma subversão doce, disfarçada e colorida de um sistema,
as pessoas, os povos a serviço de interesses poderosos, mas de forma totalmente
desvinculada de humanismo e preocupações sociais.
> Continua no próximo post: Globalização ou o Fim da Democracia - II
Autor Filipe de Freitas Leal
> Continua no próximo post: Globalização ou o Fim da Democracia - II
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
quarta-feira, 30 de março de 2016
Habitação Social e a Crise Económica
quarta-feira, março 30, 2016
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Habitação Social, é quando nos referimos a uma habitação a custos controlados, e também de um
mundo vasto de conceitos, que vão da arquitetura urbanista à requalificação de
bairros, mas também de urbanizações feitas por intervenção de políticas sociais que
visam dar resposta a um crescente número de pessoas carenciadas
que lhes falta o teto e os recursos.
A demanda da habitação social é bem maior
hoje do que a oferta, devido em grande parte à crise económica que se agravou
desde 2008 e piorou ainda mais com as medidas de austeridade que visavam
corrigir os gastos públicos, mas acabaram por gerar um fosso social sem
precedentes na História recente de Portugal, geraram o empobrecimento dos
reformados/aposentados, geraram hordas de desempregados, e atiraram os jovens
para a emigração em massa para outros países, sem recursos as pessoas foram
perdendo as casas que haviam comprado ao bancos, de tal ordem que o novo
governo socialista teve de mudar as regras do jogo para salvar as famílias mais
necessitadas, e dos desempregados que acima dos 50 anos de idade já
não conseguem encontrar emprego e aguardam uma reforma/aposentadoria
antecipada, pelo que a procura por habitações sociais não para de aumentar.
Os dados da Habitação social são drásticos,
cerca de 80% é controlado pelas autarquias locais, que não tem vindo a construir
mais habitação social por falta de fundos quer do governo central quer da UE. Sendo
as principais cidades com habitação social Lisboa, Porto, Gaia, Matosinhos,
Sintra, Coimbra, Amadora, entre outras.
Denominada pelos organismos oficiais como HCC
Habitação de Custos Controlados, é um tipo de habitação que tem um parque com
98% dos fogos (casas) habitacionais com mais de 30 anos, apenas um total de 11%
foi construído há dez anos ou menos, não oferecendo as
condições desejáveis de confortabilidade, ainda que os alugueis
tenham em média valores que vão de 40,00 € a 60,00 €.
Hoje mais do que nunca, e devido ao
envelhecimento populacional, ao empobrecimento da população com
baixos rendimentos ou pensões, faz-se necessário ter em conta novas políticas
sociais voltadas para a habitação, mas que sejam sobretudo baseadas na
reinserção e na inclusão social.
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
Umberto Eco - O Escritor que Repensou a Europa.
quarta-feira, fevereiro 24, 2016
Filipe de Freitas Leal
Sem comentários
Quando
um escritor morre, deixa-nos tristes, e com uma sensação de termos ficado mais pobres, embora
herdando a riqueza do conjunto da sua obra, normalmente quando alguém que gostamos
muito morre, até os dias ficam nublados, cinzentos e chuvosos.
No
entanto quando eu soube da noticia de que Umberto Eco morrera aos 84 anos, estava um lindo dia em Lisboa, havia o frio de inverno mas com sol,
luz e cor, talvez fosse assim que o autor de O Nome da Rosa e O Pêndulo de Foucault (os seus livros mais famosos) desejasse partir, num dia onde todos os lugares houvesse bom tempo, um belo
dia, e no lugar da angústia e da perda, sobressaísse a luz da gratidão pela importância que teve, e não
apenas pelos seus livros, mas também pelo seu pensamento como contributo para repensarmos a Europa, a cultura e a língua como instrumento social e reflexo do simbólico que ele nos revelou.
O
pensamento genuíno e lúcido do escritor, filósofo e linguista Umberto Eco, foi um
pensamento de um homem que não poderia ser um Eco do que os outros diziam ou
pensavam, ele foi na realidade o eco do seu próprio pensamento e a voz dos
atores do passado histórico, que conviveram com a paz e a guerra, o profano e o sagrado, o mito e
o simbólico, e tudo isso em retratado nos seus livros, em artigos de revistas, em
entrevistas e em conferências nas quais revelava a alma da Europa tal como a via.
Li uma
das suas entrevistas, na qual debruçava-se sobre a questão das migrações, e em
particular do movimento migratório dos refugiados sírios, e não me esquecerei o
modo lúcido como abordou o tema, dizendo que não estamos habituados a que haja
migrações, mas a Europa é toda ela o resultado de vária migrações ao longo de
milénios, e afirmou ainda que a Europa está a mudar de cor, será uma Europa
morena, e haverá uma nova cultura que suplantará a nossa cultura atual, que já
de si, não é a mesma do tempo dos nossos pais ou avós. Todo este processo é
normal, traumático, natural e inevitável.
As suas
citações também foram famosas pelo mundo fora, e sobretudo expandiram-se pelas redes sociais, tais como “O
mundo está cheio de livros fantásticos que ninguém lê".
Umas
das mais interessantes e curiosas citações de Umberto Eco é referente aos
judeus, onde diz que se trata de um povo inimigo dos imbecis: “Os judeus são os guardiões da civilização do livro e da cultura, e ainda que não
vivamos mais nos tempos de Rothschild e que muitas diferenças na sociedade
contemporânea sejam menos acentuadas, as diferenças deixaram sua marca. Por
isso, seria difícil para os imbecis encontrar um inimigo melhor. O judeu serve
para aqueles que sofrem de uma identidade fraca, ontem como hoje”.
Abaixo livros de Umberto Eco.
O Nome da Rosa
O Pêndulo de Foucault
Abaixo livros de Umberto Eco.
O Nome da Rosa
O Pêndulo de Foucault
Autor Filipe de Freitas Leal
Sobre o Autor
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
30% dos Portugueses têm Ascendência Sefardita
quarta-feira, fevereiro 10, 2016
Filipe de Freitas Leal
4 comentários
Um estudo científico sobre a origem genética da população portuguesa, veio
a comprovar que em Portugal, um dos países mais católicos da Europa, a
população tem uma grande percentagem de origens judaicas na linhagem masculina.
No entanto a maioria dos portugueses desconhece este facto, que por sinal
foi revelado num estudo publicado pelo “The New York Times”, a University of
Georgetown, EUA, e o Instituto Português de Saúde Ricardo Jorge, estudo este no
qual o Prof. Jonathan Ray afirma serem cerca de 35% de população portuguesa a
Sul do Tejo e cerca de 25% a Norte tem ascendência judaica, (de judeus
sefarditas), estudo feito com base em investigações no ADN das populações de
toda a Península Ibérica, ficou registado que 30 por cento dos portugueses e 20 por cento dos
espanhóis são de origem judaica e 11 por cento de origem árabe e berbere em toda a Península Ibérica.
Essa disseminação da população judaica na Península deveu-se a três
factores, 1º no Império Romano, onde a Diáspora força a fuga para terras
distantes de Judeus expulsos de Israel após a destruição do Templo de
Jerusalém. 2º Na conquista árabe no séc. XII os judeus mantiveram a sua
liberdade e se desenvolveram e progrediram em igualdade aos muçulmanos numa
primeira fase, depois foram perseguidos e se espalharam pela península, e
arabizaram os seus nomes. 3º A conversão forçada de centenas de milhares de
judeus nos séc. XIV e XV, adoptando nomes e sobrenomes portugueses, bem como
impondo os costumes alimentares (daí vem a alheira e a farinheira – enchidos
para fingir o consumo de carne suína), eram no entanto identificados e chamados
de Cristãos Novos, termo com cariz pejorativo e claramente marginalizador,
muitos foram destituídos dos seus bens, e famílias foram separadas, levadas
para diversas possessões coloniais portuguesas.Contrariamente aos restantes
países do mundo, Portugal, paradoxalmente com a sua cultura marcadamente
católica, tem nas suas origens o sangue judeu. Já mesmo antes da conquista
Romana, a península Ibérica era na Bíblia chamada de “Társis”, onde por sinal
havia já uma colónia Judaica considerável.
Em Lisboa na Altura do Reino do Al-Andaluz, a população Judaica era
superior em número à população muçulmana e Cristã (na altura denominada de
moçárabe). Os judeus à altura adoptavam nomes hebraicos, mas com o aumento da
pressão islâmica na península passaram a usar nomes árabes, e até grandes Rabis
escreveram obras literárias em árabe, como por exemplo o Sepher HaZohar, foi
inicialmente escrito em árabe por Maimonides.A tradição popular portuguesa
indica que as famílias com apelidos associados a árvores, flores ou vegetais
são, supostamente, de origem judaica, embora na realidade com a conversão
forçada dos judeus (Bnei Anussim significa Filhos dos Forçados) passaram a
adoptar sobrenomes tipicamente portugueses para não sofrerem preconceitos. Hoje
não é frequente um português assumir as suas origens judaicas, como fez por
exemplo o antigo presidente da Câmara de Lisboa, Cruz Abecassis, o Antigo
Presidente da República Jorge Sampaio, ou mais anteriormente, o capitão Barros
Basto e os escritores Fernando Pessoa e Camilo Castelo Branco, entre outros. No
entanto a população desconhece as bases do judaísmo ou da história hebraica de
Portugal.
Fonte: The New York Times - DNA study shows 20percent of Iberian population has Jewish ancestry
Autor Filipe de Freitas Leal
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Autor Filipe de Freitas Leal
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Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.
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