Mostrar mensagens com a etiqueta Política. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Política. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Livros - Ciência Política - Sousa Lara

Ciência Política – Estudo da Ordem e da Subversão, é o título de um excelente compêndio, que foi o meu manual na faculdade na disciplina da Introdução à Ciência Política, que já vai na 6ª edição, cujo autor é o Professor Doutor António de Sousa Lara, do ISCSP Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, que segundo o autor foi escrito para auxiliar os seus alunos, como um manual que preenche o lugar vazio das sebentas de antigamente.
O Livro é composto por três partes, a primeira trata da ‘Metodologia e ideologia’, a segunda é sobre ‘O poder no Estado’, e a terceira e última parte é sobre ‘A subversão e o Estado’, tendo no entanto o conjunto das partes do livro, um total de 38 capítulos em aproximadamente 700 páginas, editado pelas Edições ISCSP.


Editora: Edições ISCSP
Coleção: Manuais Pedagógicos
Páginas: 700
Preço: 21.20 € no Site do ISCSP.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Da Primavera ao Inferno Árabe.

A Tunísia  deu inicio espontaneamente a um movimento de protestos, após a imolação de Mohamed Bouazi, no interior daquele país, em protesto contra a corrupção, e fez-se com a ajuda das redes sociais, facebook e twitter, que levaram à queda em 2011 do ditador tunisino Ben Ali, após esta primeira vitória, a onda de protestos e revoltas voltou-se a outros países árabes, que se sentiam traídos pelo ideal de um socialismo pan-arabista que nunca chegou a existir e que deu lugar à opulência de ditadores  que  mais não faziam que se manter no poder, recebendo o apoio dos europeus e dos estadunidenses, que preferiam ditadores pacíficos a democracias ameaçadoras dos valores e dos interesses ocidentais. A este movimento de protestos denominou-se de Primavera Árabe, pois maioritariamente eram jovens estudantes universitários, informados e que aspiravam à democracia e a um grau de desenvolvimentos dos seus países semelhante ao ocidente, sem no entanto perder a sua cultura e identidades árabe e muçulmana.
Seguiram-se outros países vizinhos, ainda em 2011 como a Argélia, a Libia, o Yemen, o Egito e a Síria, onde foram derrubados três caudilhos e seus regimes, Muammar Kaddafi da Libia, Hosni Mubarak do Egito e Salleh do Yemen, outros protestos se seguiram sem no entanto haver mudanças de chefias do estado como o caso do Marrocos, que convocou um referendo e do qual se fizeram alterações à constituição, permitindo a democratização do país, outras medidas de reformas dissuasoras ocorreram também na Jordânia, Kuwait, Bahrein e Omã.
No entanto, a revolta e os protestos da primavera árabe, chegaram à Siria, de Bashar El Assad, tendo este intensificado a repressão às manifestações, bem como a persecução aos seus opositores do seu regime, acabando por degenerar em Guerra Civil que se iniciou em 2011 e ainda permanece a derramar o sangue dos sírios e a devastar de forma brutal todo o País que ja entrou em colapso. No entanto há um fundo de cunho religioso por trás destes conflitos, e sobretudo na Síria, onde se opõem os sunitas do lado do poder, contra os xiitas na oposição.
Várias cidades sírias ficaram tal como nesta imagem.
No Egito, a democratização levou ao poder a Irmandade Muçulmana, e elegeu Mohamed Morsi, que numa tentativa de islamizar o país, foi derrubado por um golpe militar, os protestos levaram à rua os apoiantes de Morsi a exigir a sua recondução à Presidência, num movimento de contestação denominado "Dia de Cólera", que se fez sentir no resultado de um massacre de 72 pessoas, perpetrado pelos militares em plena praça pública. Diante deste quadro calamitoso de atos dantescos, podemos dizer que se trata sim, do inferno árabe.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

25 de Abril de 1974 - A Revolução dos Cravos

Foi em 1974, que ocorreu o acontecimento que mudou o rumo de Portugal, que acabou com o Império Colonial e lançou as bases para o desenvolvimento, da democracia, da descolonização e do progresso socio-económico, enfim criaram-se as condições de um país que queria abrir-se ao Mundo num abraço fraterno, solidário e livre.
É ainda hoje discutível se esses objetivos poderiam ou não ter sido alcançados sem um golpe de estado, cujas consequências posteriores, advindas de uma descolonização mal feita, que afetou muitos portugueses, que viviam então na África portuguesa, ou por outras palavras, os historiadores procuram hoje, saber se o que causou o 25 de Abril foi o falhanço da Primavera Marcellista e o continuar de uma guerra colonial, que se acredita, só poderia ter tido uma solução politica e não militar como propunha o General António de Spínola no seu livro "Portugal e o Futuro" editado em fevereiro de 1974.
O 25 de Abril é o nome dado à Revolução dos Cravos, um movimento militar que com um Golpe de Estado, derrubou em menos de 24 horas um Regime de Cariz Fascista que durou 48 anos, sendo que desses, 4 anos foram em Regime Militar, 38 sob o governo de António de Oliveira Salazar, que após a doença fora afastado em 1968 e substituído por Marcello Caetano, que veio a ser deposto com a revolução e exilado no Brasil, onde veio a falecer em 1980.
Na madrugada de 25 de Abril, a música "E Depois do Adeus" de Paulo de Carvalho, é transmitida pelos "Emissores Associados de Lisboa" e é a primeira senha da Revolução, indicando a saída das tropas para culminar no movimento dos Capitães de Abril, por outro lado a segunda senha confirmava a Revolução,  era a música "Grândola Vila Morena" de Zeca Afonso, que fora transmitida dos estúdios da Rádio Renascença, ocupada pelos militares.
O comando do golpe estava situado na Pontinha em Lisboa, e sob a direção de Otelo Saraiva de Carvalho, enquanto as operações nas ruas de Lisboa foram dirigidas por outro importante líder o capitão da Infantaria de Santarém, Salgueiro Maia, que avançando sobre Lisboa tem a missão de ocupar o Terreiro do Paço e o Quartel do Carmo onde se refugiara o Presidente do Conselho. A História fez deste último, um exemplo de abnegada missão em prol do seu país, um homem que viu nessa revolução a sua missão de libertação do País sem querer para si protagonismo ou honras, voltou humilde aos quartéis, tendo morrido ainda novo, pobre e esquecido pelo país que ajudou a libertar, chegou a ver-lhe negada durante o governo de Cavaco Silva, uma pensão que solicitara por motivos de doença.
O reconhecimento pelos seus préstimos ao país e à sua missão libertadora, resume-se a uma singela lápide no chão do Largo do Carmo, lugar onde se consumou a abertura de Portugal à liberdade de pensamento, expressão e associação política para todos os portugueses.
Abril é um espírito que influenciou outros povos no mundo, o Brasil vivia num regime militar desde 1964, e Chico Buarque de Holanda, compôs uma música para homenagear a Revolução dos Cravos, com o titulo "Tanto Mar"; O Chile vivia na ditadura de Pinochet, que tinha derrubado o socialista Salvador Allende em 1973 a 11 de setembro, o 25 de Abril foi um exemplo para o mundo de uma revolução sem sangue, sem vingança e ódios, mas acima de tudo libertou Portugal e os portugueses, permitindo que todos os quadrantes políticos se organizassem livremente, da esquerda à direita, como os socialistas do PS de Mário Soares, dos comunistas do PCP de Álvaro Cunhal, passando pelo MDP/CDE Movimento Democrático Português de Francisco Pereira de Moura, o PPD Partido Popular Democrático de Sá Carneiro ou ainda o CDS Centro Democrático Social de Freitas do Amaral, correntes políticas que participaram no dia 25 de Abril de 1975 na primeira eleição livre para a Assembleia Constituinte, que fez nascer a constituição de 1976. Tendo sido consagrados o PS e o PPD como as principais forças políticas da democracia portuguesa. Panorama que se mantêm ainda hoje.
Mas também foi o reconhecimento do direito à Auto-determinação dos povos africanos sob administração portuguesa, como Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe, embora o programa da descolonização tenha sido mal conduzido o que gerou graves injustiças e conduziu à Guerra Civil as força politicas em Angola, tendo ainda permitido que todos os países de língua oficial portuguesa caíssem numa ditadura comunista.
Passados estes anos todos, muito se dissipou do espírito de abril, pondo de parte os exageros do verão quente de 1975 durante o governo de Vasco Gonçalves, esquecendo também a febre esquerdista, e do radicalismo ideológico desse tempo, (normal e compreensível para um povo que viveu quase 50 anos em regime de ditadura) foram muitas no entanto as conquista politicas, sociais e culturais do 25 de abril, no que toca aos direitos humanos, à justiça social, à educação, à saúde entre outros aspetos.
No entanto, os novos paradigmas vindos da globalização, da influência cada vez maior da economia, sobre a política e a sociedade, especialmente das grandes empresas multinacionais, que põe por terra as boas intenções políticas de qualquer governo.
Hoje os tempos são outros, e são outros os desafios, o que abril derrubou e o que abril conquistou já está ultrapassado, novas lutas surgem, novos problemas se levantam contra as populações, problemas como a nova exclusão social e de integração, novos problemas de habitação, novos tipos de desemprego, sobretudo de licenciados que emigram, problemas humanitários, ecológicos, enfim não é só a liberdade que conta, mas a qualidade de vida das populações, o projeto para as gerações futuras, a sustentabilidade social e económica do país e das suas gentes, bem como a sustentabilidade do mundo, das economias e dos povos nos regimes ditos democráticos esse sim é o desafio, por outras palavra o desafio hoje, e o que o espírito de abril hoje nos diz e pede é claramente uma visão Humanista.




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 2 de março de 2013

2 de Março | Portugal Manifesta-se nas Ruas

As políticas de austeridade, que têm vindo a ser tomadas em Portugal, agravaram ainda mais a situação do país, e sobretudo dos portugueses, com uma taxa de desemprego que ronda oficialmente os 19%, com tendência a subir devido às constantes falências e despedimentos dos trabalhadores.

Para agravar ainda mais, dos 27 países da União Europeia, 20 estão em crise e com uma divida pública excessiva, o que provoca a contração dos mercados e o agravamento da crise económica em toda a zona Euro, e obviamente afeta ainda mais economias frágeis como a portuguesa, nesse sentido os portugueses saem hoje à Rua em sinal de protesto e dizendo Basta e "Que se lixe a Troika, O Povo é quem mais ordena", cantando Grândola Vila Morena para este governo e o seu ministro das finanças, no sentido de que se demitam, mas também vão dizer basta a um Presidente da República que além de estar ausente, é totalmente conivente com este estado de coisas (até porque muito disto é fruto dos seus 10 anos de governo de 1985 a 1995) e da sua política de destruição do tecido produtivo português como as pescas, a industria de conservas, a política do betão, de  só ter sabido fazer auto-estradas (para as importações), e de uma subserviência cega às ordens de Bruxelas, que em nada tiveram em conta um projeto para o futuro de Portugal e dos portugueses.

Tal como em 15 de setembro de 2012, acredita-se que saiam à rua por todo o país, mais de dois milhões de portugueses, de todas as correntes políticas e ideológicas, de diferentes faixas etárias, onde sairão à rua famílias inteiras em sinal de protesto, e este movimento já conta com mais de 2.000.000 de aderentes no Facebook, pelo que se espera um grande número de manifestantes em todas as capitais de Distrito, como Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Évora, Beja entre outras; mas também, é uma  manifestação em simultâneo com outros países europeus que organizam hoje manifestações contra a austeridade e as políticas económicas da UE. As manifestações contra o governo de direita e a auteridade imposta pelos credores e os bancos, teve impacto na imprensa e nas TV's a nível internacional.

Abaixo um video da manifestação em Lisboa, na Avenida da Liberdade, que culminou no Terreiro do Paço.

             
Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas os.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Pepe Mujica um Presidente exemplar

Outrora denominado de Província Cisplatina, o Uruguai, um dos países do sul do continente americano, que já pertenceu à Espanha, a Portugal e ao Brasil, tornou-se livre e independente em 1828 com o Tratado de Montevideo que pôs fim a uma guerra entre este e o seu ultimo colonizador; Hoje o Uruguai é um país que é conhecido como a Suíça americana, e pode ter a solução para a crise política, social e económica em que alguns países do velho mundo se encontram, sobretudo no que toca a uma classe politica cada vez mais desacreditada, e tudo isto pelo facto de o povo uruguaio ter eleito para Presidente da República um candidato de esquerda, um homem simples, que chega ao coração das populações, pelo modo coerente e transparente como vive e exerce a política, tendo sido eleito pela FA Frente Ampla, força política que foi constituída em 1971, tornada ilegal durante a ditadura militar e que voltou à atividade com a restauração da democracia em 1985, sendo  uma aliança formada por vários partidos como o MPP Movimento de Participação Popular, PS Partido Socialista, PCU Partido Comunista do Uruguai.

José Mujica é o nome do presidente do Uruguai, agricultor, filho de imigrantes italianos, nasceu em 1935 na cidade de Montevideu, Mujica teve um papel importante na luta contra a ditadura, e do ativismo politico pode-se contar a guerrilha da qual participou com os Tupamaros nos anos sessenta, dessas suas atividades clandestinas, logrou perseguições, ferimentos de bala, a prisão e a tortura por várias vezes, saindo em liberdade com a amnistia dos presos políticos em 1985, e cria o MPP dentro da Frente Ampla, tendo exercido a política como deputado, senador, em 2005 foi nomeado ministro da Agricultura, Agropecuária e Pescas, e desde 2010 é Presidente do Uruguai.

A diferença de Mujica para todos os outros presidentes anteriores do seu país, mas também destoando com todo o Mundo, é o facto de exercer o seu cargo de forma transparente e com a máxima simplicidade possível, e neste sentido mantêm-se a viver no seu terreno agrícola,  vai para o trabalho de Wolksvagen (fusca/carocha) e do seu ordenado doa cerca de 90% para ONG's, afirmando que o que sobra é suficiente para as suas despesas, mas acima de tudo as suas quatro metas de governo, marcam pela positiva, escolhendo Educação, Segurança, Meio Ambiente e Energia, como os quatro pilares do seu projeto político para o futuro dos uruguaios.
Mujica promove o seu projeto politico com uma visão arrojada, e no intuito de obter o consenso e a coesão necessária para tal, convocou os partidos da oposição a participarem de comissões de observação e elaboração de projetos políticos e propões simultaneamente uma reforma da administração política.
Um dos motivos pelos quais cativa a simpatia do povo é a sua coerência entre o que fala e o que vive, e no seu discurso de tomada de posse, José Mujica afirmou que tem também como objetivo a erradicação da indigência e a redução da pobreza em 50%, através obviamente de políticas públicas que visem a justiça social e a equidade, por outras palavras um governo de cariz humanista, algo ainda muito distante nos palcos do velho mundo.
Site: www.pepetalcuales.com.uy


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Carta Aberta ao Primeiro Ministro de Portugal

Sr. Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, é com espanto e grande surpresa, senão mesmo aflição, que os portugueses, vêm ser tomadas mais medidas de austeridade, que em muito afetam o nosso povo e penso que em pouco ou nada resultam para a recuperação económica do país, como aliás até aqui não resultaram.
Há muita coisa que é dita, mas há algo que tem sido esquecido nas críticas que são dirigidas a si e a todo o governo em geral, é a de que se deve procurar (no âmbito da justiça), apurar responsabilidades da atual situação, bem como punir os responsáveis, no mínimo com a inibição dos seus direitos políticos, impedidos assim do exercício do poder bem como da capacidade de serem eleitos, e isto é algo de suma importância, para que se possa recuperar a credibilidade, é deveras o que o povo exige, ainda que numa maioria silenciosa, pede que a justiça seja feita em nome da democracia e do Estado de Direito.
Outrossim, é de que as medidas que têm vindo a ser tomadas não são potencialmente promotoras do emprego, nem do desenvolvimento, e não nos deixam vislumbrar qualquer hipótese de um futuro próspero para este país, até porque se os portugueses são aconselhados a emigrar, é o mesmo que lhes dizer, não tenham esperança!
O que verdadeiramente falta a todos os governos portugueses, ou melhor a Portugal, é haver um projeto, não de governação para quatro anos, mas sim um projeto das linhas de futuro e do rumo que o País quer tomar, mediante as suas potencialidades e necessidades, e definir com clareza o que queremos para Portugal, onde queremos chegar, qual o nível de desenvolvimento a que nos propomos sacrificar, e isso tudo inclui politicas de formação e educação, politicas habitacionais, politicas de transportes públicos, politicas de saúde pública, a médio e longo prazo, num trabalho em conjunto de todo um povo, mas não é isso que se está a fazer hoje, testemunhamos exatamente o oposto, os portugueses sentem que Portugal neste momento é um comboio desgovernado pronto para descarrilar a qualquer momento, ou seja a bancarrota e a desgraça de tanta gente que lutou e acreditou nos seus políticos, no seu país, tanta gente que ama Portugal e o defende, sente-se traída, porque ao que pagaram em impostos para gerirem o país, receberam em troca a incerteza e a humilhação, e é por isso que o povo indignado se manifestará na ruas, dia 15 de Setembro.
Há que entender, que o serviço público seja ele qual for, é uma obrigação do Estado, e não tem necessariamente que gerar lucro, é para isso que se pagam impostos, é uma necessidade e um direito dos cidadãos contribuintes, que exigem que lhes sejam prestados serviços que vão da televisão (mas com qualidade por favor) ao saneamento básico, passando pelos serviços de rádio, de correios, de banco, de saúde pública (hospitais e centros de saúde), escolas, faculdades, creches, transportes públicos, e tudo isso é pago pelos contribuintes que exigem que esses serviços funcionem e não aceitam que sirvam para pagarem-se absurdos ordenados a gestores que sabem menos que os recém licenciados em administração ou economia. que aliás, muitos encontram-se no desemprego e fariam melhor serviço à nação, comparados com os Barões que ganham sem trabalhar, e sobretudo sem saber gerir.

E quando se entra ou se sai pela porta das traseiras, sendo um governante e no intuito de evitar o contacto com a população, isto é um sinal inequívoco para o povo, de que está já instalado, um processo irreversível de uma política económica e financeira de mais austeridade sem querer ouvir a opinião pública e os cidadãos, mostrando claramente o resultado de subserviência aos interesses do capitalismo financeiro, que vêm as populações como meros objetos e o país como mero produto de mercado para compra e venda.



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diverso

domingo, 22 de julho de 2012

Crise - Cresce Insolvência de Famílias e Empresas

Em Portugal  verificou-se um aumentou na ordem de 83% no numero de insolvências de famílias e falências de empresas, só no primeiro semestre deste ano, o mesmo é dizer que triplicou face ao ano passado, sendo que terão dado entrada nos tribunais, cerca de 53 processos diariamente, o que acarreta que os tribunais fiquem agora totalmente repletos de processos, segundo o jornal público.
Tudo isto é consequência da crise financeira europeia que afeta vários países da zona euro e que se vive também em Portugal, em especial na Região Norte, onde o número de falências e insolvências é muito superior ao resto do país, tudo isto é vivido num ciclo vicioso de falência de empresas, desemprego e falta de capacidade financeira para os particulares continuarem a respeitar os pagamentos das suas obrigações mensais, bem como inclusive gastos de saúde e alimentação, fazendo assim com que há hoje na sociedade portuguesa verdadeiros flagelos, vividos em silêncio e no desespero de homens, mulheres, crianças e idosos que não sabem o que fazer à vida.
O mercado de trabalho está estagnado e os índices de desemprego teimam em aumentar, engrossando ainda mais as famílias falidas.
Segundo dados do jornal "Publico" registaram-se 9.637 insolvências de famílias, sendo que um dos fatores associados à crise, desemprego, endividamento e perda de recursos financeiros é também o facto de as famílias estarem mais informadas sobre este mecanismo, e de o encarar como uma saída possível, como é o caso do site "Plano Viável" de Florbela Oliveira no programa de TV "Querida Júlia" onde dá informações pertinentes ao sobre endividamento e insolvência das famílias.



Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Hiroshima Nunca Mais

Hiroshima é na história moderna do Século XX, um pesado e doloroso marco, o mundo não seria o mesmo após a Bomba atómica, os seres humanos (os capitalistas e imperialistas) mostraram que colocam os interesses acima das vidas humanas, acima do equilíbrio inclusive do ecossistema planetário, custe o que custar, e ainda hoje assim sucede.
A Bomba foi usada com o argumento de acabar com a guerra e impor a paz... mas que preço tão alto! Quão aviltante é o ato, como a ideia.
Dezenas de bombas Atómicas existem no planeta prontas a ser usadas (se preciso for?) outras tantas já foram usadas em testes no Pacífico, com explosões subterrâneas e subaquáticas, criando provavelmente danos naturais, embora que não sejam oficialmente reconhecidos e nem sequer divulgados (não interessa aos poderosos ter um povo informado).
Chernobyil e Fukushima, são exemplos do que não deve ser construído, Hiroshima e Nagasaki são exemplos do que o ser humano tem coragem de fazer, mas não deve ser feito! E ter consciência cívica e política, faz com que não possamos permitir isto; Hiroshima nunca mais deve ser esquecida, como não devem ser esquecidas as vitimas que sucumbiram aos interesses economicistas e políticos, da guerra fria e de jogos geoestratégicos que não nos interessa compreender, sobretudo porque em cada local do mundo um ser humano é sempre um ser humano, (não há raças, não há cores, as nacionalidades dissipam-se na semelhança física e espiritual de cada um de nós) mas sim, há pessoas em toda a parte iguais entre si na dignidade e no direito à vida, pessoas que nascem, vivem, amam e têm o direito de viver e morrer em dignidade e em equilíbrio com o mundo em que vivem.

Terror na Bulgária - O Fanatismo Anti-semita

O Terror racista e o anti-semitismo persistem de forma gratuita, como o poder errático da violência, que não tendo como fim obter e controlar o poder, encerra em si mesmo os seus objetivos, considerando como vitória a perda de vidas humanas, não importando a dimensão se matam um ou um milhão, sempre de forma desumana e indiscriminada, tendo como pano de fundo o ódio cego e o anti-semitismo; desta vez onde menos se esperava, o balneário de Burgas, na Bulgária, que se tornou um dos destinos mais escolhidos para férias dos israelitas; depois de desembarcarem do avião vindos de Tel-Aviv, e após desembarcarem do avião, entraram num autocarro turístico que os deveria levaria ao hotel em Burgas, tendo havido a explosão do veículo no percurso, que causou a morte a cinco turistas israelitas morreram, tendo ainda vitimado o próprio terrorista e o motorista de nacionalidade búlgara.
"Nós estávamos no veículo no momento da explosão. Eu devo ter desmaiado e caído no chão", contou Izhak Shriky sobrevivente do atentado, neste atentado, houve um total de 28 feridos, três em estado grave, com muitos adolescentes e uma mulher grávida ensanguentados, e levados para o hospital. O Ministério do Interior da Bulgária não confirmou a identidade do autor do atentado, supondo-se que seria Mehdi Ghezali, um cidadão sueco, que teria estado preso em Guantánamo.
Segundo o jornal "International Herald Tribune" o terrorista estaria ligado ao movimento Hezbollah.

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - Convertido pelo Lince

domingo, 15 de julho de 2012

Absurdos e Incongruências na Saúde

Muito do que nos chega ao ouvido assusta, e assusta tudo o que se trata da administração política do país, ou da dita governação, bem como da gestão do setor privado, cuja corrente de pensamento empresarial reflete sintomaticamente a mesma mentalidade governativa, que assusta por ser mediocre e ineficiente, e bem aos portugueses as notícias que teimosamente nos vêm chegando, a quebrar o animo, refiro-me a tudo o que chamo de "teimosia", de gente que dirige como quem dá murros em pontas de faca, que só atingem em prejuízo os que trabalham, os que cumprem, os que suportam calados todo este estado de coisas a que o país tem vindo gradativamente a tornar-se, um país falhado, uma país a prazo.
UB Sintra em Mem Martins
Há alguns dias atrás, após a corrente de ar quente do Siroco que atingiu o sul da Europa, e em que se sentiu mais de 41ºC  em Sintra, acabei por adoecer, a chuva voltou e apanhei uma  gripe forte que se agravou com a humidade, o que fez com que necessitasse recorrer ao Hospital de Amadora/Sintra, mas devido à greve dos médicos indicaram-me uma extensão do mesmo hospital em Mem Martins; trata-se do SUB Sintra (Serviço de Urgência Básica de Sintra do Hospital Fernando Fonseca - Amadora / Sintra), o atendimento foi excelente, rápido e o respectivo serviço serve bem as populações de Sintra, Algueirão, Mem Martins, Mercês e Rio de Mouro, desentupindo o já obsoleto hospital acima citado, que atende a mais de um milhão de habitantes dos dois conselhos.
Oque passou a ser meu espanto é que o serviço será desativado já no mês de Agosto, por ordem do governo, que justifica dizendo que é para poupar dinheiro; Ora quer isto dizer que apesar de se tratar de um serviço que já existe há três anos, que é eficiente e de grande utilidade pública para as populações vizinhas de Sintra, ainda assim colocam-se os burros à frente da carroça e fecha-se um serviço, mais ainda é de notar que não foi feita uma devida promoção e informação do respectivo serviço às populações locais, e que o fecho deste serviço prejudicará e muito os utentes e o próprio Hospital Amadora Sintra, que ao que se sabe, está a romper pelas costuras.
Uma população que vive pacientemente estes dias de desgovernação, faz-me pensar que em terra de cegos quem tem olho é Rei, ficaria melhor ao dizer-se que "em terra de gente sã, quem é louco é Rei".
Há uma solução, que é perdermos todos a cabeça, e chamar à razão aqueles que a não têm, para por cobro a uma injustiça, pois não é cortando, a torto e a direito nos serviços, impondo austeridade e aumentos de impostos à gente pobre e à raia miúda, gerando desemprego e fechando serviços e hospitais que se resolve os problemas financeiros do País, quando todos sabemos do escândalo da Fraude do BPN (que envolveu vários políticos e ex-ministros do PSD do tempo do governo de Cavaco Silva), e pior foi o Estado assumir as dividas de um político e de um ex-futebolista, após mesmo de ter vendido o respectivo banco aos angolanos do BIC, pela metade do preço oferecido pelo Banco Montepio Geral, tendo claramente perdido dinheiro com isso, e sendo que o Estado é o Povo, quem paga é  sempre quem cumpre, por isso é que deveríamos todos perder a cabeça nas próximas eleições e votar em partidos pequenos, a fim de bloquear o sistema e por a classe política a tremer de medo, e isso é possível! A Grécia provou isso mesmo nas eleições deste ano, bloqueando a formação de governos e levando a novas eleições, lá os políticos tremem, por cá ainda se riem, e de nós!

Autor Filipe de Freitas Leal




Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 9 de junho de 2012

Injustiça Social soma e segue em Portugal

Que a situação é difícil, já toda o povo sabe, e até na imprensa estrangeira comenta-se sobre a situação periclitante das finanças públicas, do desemprego e das reformas que geram ainda mais crise, com falência e com o desemprego a subir acima dos dois dígitos.
As capas dos jornais ao lado, que circulam no facebook, demonstram o que os contribuintes, reformados, desempregados, estudantes à procura do primeiro emprego, dos licenciados desempregados sofrem com tais políticas que além de serem agravantes, são indubitavelmente injustas e comprometedoras do futuro das gerações vindouras.
Mas o futuro dos dominantes, dos caudilhos, esse está garantido, com somas avultadas que rondam os 167.000 € mensais que é o caso do fundador do BCP Banco Comercial Português, por sinal muito acima das necessidades, contrastando com as necessidades de 1.200.000 desempregados que deixam de pagar a prestação da casa aos bancos, deixam de poder comprar alimentos para a sua prole e têm a vida adiada. Resta-no uma pergunta onde está a "Democracia" ou pelo menos a Equidade que se espera de uma reta justiça social?


Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - Convertido pelo Lince

ARTIGOS RELACIONADOS


Contestação Contra Ahmadinejad na “Rio+20”

A opinião pública brasileira e também mundial, contestam e demonstram o seu desagrado pela inteção do Presidente (ditador) Ahmadinejad tencionar ir à conferência "Rio+20", fazem parte da contestação grupos de defesa dos direitos humanos, associações cívicas como o movimentos negro, feministas, grupos de defesa dos direitos dos Homossexuais, e sobretudo cidadãos entre os quais humanistas, que são  defensores das liberdade e da democracia.
A força dos indefesos é a consciência e a luta pelos seus direitos mais elementares, aos quais Ahmadinejad não está associado.



Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - Convertido pelo Lince

ARTIGOS RELACIONADOS


 
Projeto gráfico pela Free WordPress Themes | Tema desenvolvido por 'Lasantha' - 'Premium Blogger Themes' | GreenGeeks Review