A maioria das pessoas toma partido de um dos lados do conflito israelo-árabe por puro sectarismo, quer seja ideológico, quer seja religioso, ou pura e simplesmente porque a posição de A ou de B agrada-lhes mais. Todavia as coisas não são assim tão fáceis de definir, nada é tão linear como o nascimento e a morte, a vida é feita de nuances, e por trás das aparências há a natureza dos factos, aquilo a que chamamos verdade ou mentira, honestidade ou engano, temos portanto, de estar bem informados e ser sobretudo desconfiados (perante os discursos odiosos de quem quer que seja), devemos também ser críticos connosco próprios, só assim podemos ter claramente uma posição, caso contrário, seremos mero gado, seremos manipulados e usados por interesses que nem conhecemos, e as nossas opiniões, serão fruto da manipulação dos média, e pior ainda das redes sociais, não serão nossas opiniões e nem livres, senão na aparência.
É por este motivo que considero perigosas as posições de uma parte da Esquerda perante o que se passa no conflito Israelo-árabe, porque são formadas por questões ideológicas, baseadas na aparência dos factos, e porque em verdade, este conflito ultrapassa a lógica ocidental, liberal e agnóstica. Porque a esquerda está muito aquém da verdade dos factos, tudo o que pensa, expressa e prega sobre os judeus e muçulmanos parte de uma premissa e uma atitude de menosprezo e presunção de superioridade moral e intelectual que de facto não têm.
Autor Filipe de Freitas Leal
0 comentários:
Enviar um comentário