O Primeiro Ministro
Grego Alexis Tsipras, afirmou que o BCE - Banco Central Europeu, e o FMI - Fundo
Monetário Internacional, querem humilhar a Grécia, tendo ambas as organizações
responsabilidades criminosas, pela situação em que a Grécia está submergida
hoje, e de facto o que está evidente é uma fratura quanto ao que pretendia ser
o projeto europeu, visto que nem a Troika, nem a Grécia querem dar o
braço a torcer.
De acordo com uma
notícia veiculada no site do semanário português "Expresso",
em que afirma que o governantes portugueses, acusam o governo grego de estar
a fazer uma chantagem inadmissível, no entanto no meu ponto de vista,
inadmissível é a falta de solidariedade que os governantes portugueses estão a
ter com a Grécia, pois há a possibilidade de Portugal poder vir a estar na
mesma situação em que hoje se encontram os gregos.
Que esse discurso de
bater no ceguinho seja tido pela Alemanha, entre outros países poderosos, é
compreensível, embora seja de igual modo errado, mas que o mesmo comportamento
de falta de solidariedade parta de Portugal, um dos três países que pediu
resgate, e que ainda náo sabe o dia de amanhá, ai é totalmente incompreensível,
é uma verdadeira diplomacia de subserviência.
Penso ser necessário
que a Europa adote de facto uma Realpolitik, e seja realista tanto quanto
pragmática, no entanto não estamos a ver isso, não estão a ser realistas, como
querer que a Grécia pague, se não permitem que a mesma se reerga, pelo facto de
não ser à custa do desemprego, da fome, emigração em massa, cortes nas despesas
entre outras fatalidades, que se erguerá a economia de um país.
Creio que caso a
Europa, não chegue a um acordo que permita uma moratória para a Grécia poder
pagar a divida, então todos sairão a perder, inclusive Portugal, porque se
lutar por esta possibilidade, em caso de o país voltar a estrar em
incumprimento, também poderá então beneficiar de uma moratória semelhante.
Neste sentido, acho
que não devemos falar de modo fácil, da dificuldade vivida pelos gregos sem
olhar para a realidade de Portugal, que recebeu biliões de euros nestes últimos
30 anos, desde que aderiu à CEE, e onde
e que foi parar esse
dinheiro todo, que era para o desenvolvimento da indústria, formação, etc?
Porque é que com tanto dinheiro, Portugal continua de mão estendida, na
UE? E a história não acaba aqui, pois Portugal poderá vir a pedir mais um
resgate e ai já não pode falar dos gregos.
Mas no fundo, o que
não bate certo, nesta história é a posição da Troika e da UE,
que ao pressionar a Grécia, está a dizer algo, e a tomar uma política de
desmembramento e de segregação usando o caso grego, como exemplo para os
demais membros, mas será só isso? Presumo que sim, mas com algo mais, caso
contrário a atitude de Tsipras não teria sido esta, a vida mais lógica
nesta situação é a reestruturação da Grécia através de uma
moratória, ou do perdão de parte da divida, o que acarreta que o
mesmo se faca, em relação a Portugal, bem como à Irlanda, e é aqui
que está parte do Problema, enquanto os países não se vierem
todos descapitalizados, tendo vendido todos o seu património estatal, e
rendidos ao ultra-liberalismo a Grécia nem nenhum outro país terá hipóteses
dentro deste clube.
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