Há ainda quem não tenha tido o privilégio de
conhecer a obra, o génio e a alma, daquele que foi o grande poeta e pensador
latino-americano o uruguaio Eduardo Galeano.
Confesso que também eu, só muito recentemente
tomei conhecimento deste grande pensador, e isso tornou-me mais rico, na medida
em que aprendi muito, e no que também me revejo em muito do seu pensamento
profundo, livre, criativo, poético, humanista e detentor de uma critica
acutilante, marcadamente presente no seu livro As Veias Abertas da América
Latina, editado em 1971.
Infelizmente Galeano, deixou-nos pobres e tristes com a sua partida, aos 74
anos, cheguei a lembrar-me de um salmo em que diz: "A vida é até aos
setenta anos, o resto é cansaço e enfado".
"Há que lutar por um mundo que seja a casa de todos
e não apenas a casa de alguns, e o inferno da maioria."
Foi com Galeano, numa entrevista que deu, que melhor percebi para que
servem as utopias, pelo seu modo muito poético e criativo de falar, de acordo
com a frase de um cineasta argentino Fernando Birri, que disse assim: "A
Utopia está no horizonte, e sei que nunca a alcançarei porque se
caminhar dez passos, ela distancia-se também dez passos mais, e quanto mais a
procuro menos a encontrarei, porque se afasta sempre à medida que caminho, e a
Utopia serve para isso, para caminhar".
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