De seu
nome completo, Francisco José da Cruz Pereira
de Moura, nasceu em Lisboa, a 17 de Abril de 1925 — e faleceu a 4 de Abril de
1998 ) foi um destacado economista e professor universitário português,[1][2] licenciado
em finanças, em 1950, pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e
Financeiras (atual ISEG) da Universidade Técnica de Lisboa e Doutor em
Economia, em 1961, pela mesma Universidade, Pereira de Moura viria a ser
professor catedrático no Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa, e mais
tarde do Instituto Superior de Economia e Gestão, onde foi professor de grandes
personalidades da vida económica e política de Portugal, como João Salgueiro,
Francisco Louçã, entre outros.[1]
Participou
na vigilia da Capela do Rato, onde viria a ser preso pela Direcção-Geral de
Segurança, a polícia política do regime, e demitido do seu lugar de professor
do Instituto Superior de Economia.[2]
Na
sequência da Revolução de 25 de Abril de 1974, Francisco Pereira de Moura
representou o Movimento Democrático Português (MDP/CDE) como ministro sem pasta
no primeiro governo provisório de Adelino da Palma Carlos e no terceiro governo
provisório, e foi ministro dos assuntos sociais no quinto governo provisório de
Vasco Gonçalves,[1][2] retirando-se no entanto da vida política, com a
normalização da situação política e económica em Portugal, regressando ao ensino superior, em Portugal e também no estrangeiro, nomeadamente em Moçambique, deixando vasta obra técnica na área da
Economia, dentre os quais o seu famoso livro "Lições de Economia", lançado pela Editora Livraria Medina.
Referências
- ↑ a b c d Louçã, Francisco (Abril de 1999). Francisco Pereira de Moura: the founder of modern economics in Portugal - 1925-1998 (em inglês). American Journal of Economics and Sociology. Página visitada em 4 de Dezembro de 2010.
- ↑ a b c Biografia de Francisco Pereira de Moura. netsaber.com.br. Página visitada em 4 de Dezembro de 2010.
4 comentários:
Tive o enorme privilégio de ser aluna do Prof. Moura em 5 cadeiras no ISEG. É e será sempre a minha grande referência. O professor sempre disponível a qualquer hora, o professor que organizava visitas de estudo com os alunos, cuja família me acolhia em casa quando chegávamos tarde dessas visitas de estudo e eu já não tinha transporte para casa. Lembro com carinho o ritual do café feito pelo professor de uma forma quase solene num sistema de balões de vidro e lamparina, das prateleiras de alto abaixo carregadas de livros... foi dessas prateleiras que saiu o 1º livro de Obélix que li, onde é explicada a lei da procura e oferta de menires.
Mais tarde tornei-me professora e sempre tentei ser uma professora com uma atitude semelhante à deste incomparável SENHOR PROFESSOR
É com grande gosto, que leio a sua mensagem, é um grande orgulho tê-la escrito aqui, de modo sentido qual homenagem de agradecimento.
E deveras ao descrever bem o ambiente amistoso, simples e afável, misturando o café de balão (que adoro) e os livros que forravam paredes, faz-me voltar no tempo e reviver a sua presença.
Obrigado cara PROFESSORA Graça.
Caro Felipe: este comentário se publica pelo login no Blogger de meu marido, Joan Benavent. O estimado Francisco era primo-irmão de minha mãe, e tive o imenso prazer de conhecê-lo em 1995, por ocasião da homenagem que lhe prestaram na UFRJ. Desde então, só voltei a manter contato com a família pouco antes de regressar ao Brasil, após ter vivido dois anos na Espanha. Alegra-me ler sua homenagem. Grande abraço.
Muito obrigado pela mensagem que enviou, fico lisonjeado por ter gostado do artigo que escrevi aqui em homenagem ao meu Tio. Um grande bem-haja
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