Não é típico nem comum, no meu bom e amado povo português, apedrejar autocarros, nunca vi tal coisa em Portugal em toda a minha vida.
Ha ainda nos túneis de Gaza, um numero estimado em 136 reféns israelitas e judeus sequestrados no fatídico dia dos massacres de 07/10/23.
Para que uma sociedade se desenvolva em justiça social é fundamental a cultura da solidariedade.
Não é típico nem comum, no meu bom e amado povo português, apedrejar autocarros, nunca vi tal coisa em Portugal em toda a minha vida.
Enquanto nos EUA, só nesta semana, não houve um só dia sem que houvesse um tiroteio com feridos e mortos, ocorrem sempre muitos, seja em escolas, supermercados, igrejas ou até hospitais, e tudo serve para o móbil do crime. Enquanto isso, por cá nada disso se passou, nem nesta semana, nem neste mês, nem neste ano, mas porquê?
Será Portugal um país verdadeiramente seguro? Qual será a razão para além da cultura local? O que permite não haver um índice de criminalidade tão alto?
Apesar de termos uma boa Polícia Judiciária e de Segurança Pública, eu creio e arrisco dizer que a segurança em Portugal é deficitária, além disso, o facto de não haver muita violência, poderá dever-se a um comportamento social e cultural da maioria da população portuguesa. Assim sendo, creio que não será errado dizer que Portugal não é um país seguro, mas é sem dúvida um País "Não Violento", e muito provavelmente porque a população não anda armada como nos EUA.
Durante o período
colonial no Brasil, todos os cidadãos tinham a nacionalidade portuguesa, na
sociedade brasileira de então, os cidadãos dividiam-se em portugueses
reinóis e os portugueses brasileiros, os
primeiros eram nascidos na Metrópole (eram portugueses do Reino de Portugal) os
segundos eram nascidos na colónia, ou seja a extensão do território português
do Brasil.
Um dos grandes cidadãos portugueses
nascido no Brasil, foi José Bonifácio de Andrade e Silva, foi um Pensador
Livre, um Maçon, que chegou a ser Ministro do Reino, mais tarde viria a ser o
Patrono da Independência do Brasil. Mesmo depois da independência a 7 de
setembro de 1822, no Brasil surgiram dois partidos políticos, o Partido
Brasileiro que defendia a soberania e o rompimento dos laços, e o Partido
Português que pretendia reatar os laços com Portugal, desde que se mantivesse o
Estatudo de Reino Unido, mesmo vencendo o primeiro partido, o Brasil continuou
ligado a Portugal por laços sanguíneos, parentes de ambos os lados, e por
herança cultural por um longo período.
Até aos dias de hoje, o Brasil ainda mantém um hábito que advém do tempo de Colónia, é o facto de chamarem a pimenta preta, por "Pimenta do Reino", é curioso saber o porquê disso.
Como se sabe, a maioria das especiarias não havia na
Europa, mas sim na Índia, ou nos vários países da Península Indiana, denominada
de Indostão, o comercio das especiarias remonta ao século IV AEC (Antes da Era
Comum).
A Rota das Especiarias, eram rotas comerciais que traziam para a Europa as especiarias plantadas no Indostão, rotas essas que eram monopolizadas pela República Veneziana (um dos mais importantes países da Península Itálica a par dos Estados Pontifícios e da República Genovesa), mas que foi bloqueada pelo Império Otomano com a conquista de Constantinopla.
A tomada pelos turcos-otomanos de Constantinopla que passou a chamar-se de Istambul, fez aumentar o custo das especiarias no mercado europeu. Essa situação
impulsionou Portugal a investir na navegação, para que descobrisse fora do Mar
Mediterrâneo o Caminho Marítimo para as índias (O Indostão). Dessa tentativa
resultou em 1500 a descoberta do Brasil, com a fundação das primeiras cidades
portuárias, e mais tarde a construção da Cidade do Cabo na África Austral,
entreposto de abastecimento que permitiu chegar até às índias, ou Indostão.
A partir dessa época, no século XVI, Portugal passou a plantar em Portugal Continental (Vulgo Metropole) as especiarias, em particular a Pimenta. E monopolizava o comercio das especiarias com os restantes países da Europa vencendo assim o bloqueio turco-otomano.
As especiarias como a pimenta passaram a ser plantadas em Portugal, que passou a ter o monopólio da venda na Europa e também nas Colónias portuguesas, sendo que nas colónias, a pimenta não poderia ser
plantada, não saia de Portugal uma única muda da planta, daí, que a pimenta preta quando desembarcava nos portos portugueses
das várias colónias, incluindo o Brasil, já não era a Pimenta da Índia, mas
passou a ser a Pimenta do Reino até aos dias de hoje.
Blog de cariz humanista, com artigos sobre serviço social, solidariedade, filosofia, política, cultura, artes, trabalhos académicos. O Logotipo do Blog, representa o movimento e a centralidade que Humanidade deve ter nas questões sociais.