sábado, 14 de março de 2020

Coronavírus # 1 - Onde está a verdade?

Dizer a nível oficial que o Covid-19 provém dos morcegos, faz-nos rir e ter ainda mais dúvidas da origem desta Pandemia.
Porque só agora no século XXI é que o vírus se manifestou como uma pandemia e com grande mortalidade e mobilidade?
Morcegos já existem na China há mais de 30 milhões de anos, os chineses já comiam sopa de morcego há pelo menos três mil anos, e é só agora que causa doenças?
Sabe-se que é real a possibilidade de manipular geneticamente bactérias e vírus em laboratório, em particular com o intuído de criar armas biológicas. Portanto a possibilidade de esta pandemia ser um ataque biológico com fins políticos ou económicos, não deve ser encarada de forma leviana.


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 9 de março de 2020

Citações - Emmeline Pankhurst

EMMELINE PANKHURST (1858-1928), Feminista britânica, fundou em 1903 a Women’s Social and Political Union ou WSPU, foi uma sufragista, que esteve na luta dos direitos políticos das mulheres a começar pelo mais elementar, que é o direito de votar. Afirmou: “As mulheres servirão melhor a nação se se mantiverem longe das tradições e mecanismos políticos dos partidos masculinos que, é opinião geral, deixam muito a desejar.”

terça-feira, 3 de março de 2020

Lista de Partidos Políticos de Israel

Israel tem inúmeros partidos, e ao contrário de outros países, como Reino Unido, Estados Unidos ou Portugal, os partidos israelitas são voláteis, à semelhança de Itália e do Brasil, os mais antigos são o Avodá  (Trabalhista) e o Likud (Conservador). Em Israel não se vota em candidatos individuais ou listas uninominais, vota-se em partidos políticos que têm uma lista fechada, no sistema eleitoral, não há um boletim de voto, mas sim cédulas com a sigla do partido, onde os eleitores tiram para colocar num envelope e de seguida na urna de votos.
A instabilidade politica é grande na história de Israel, devido a que o sistema eleitoral permite que para se eleger um deputado para o Knesset, seja necessário o partido atingir 1% dos votos, o que gera um numero elevado de partidos no Parlamento e com isso, a consequente dificuldade de governação. Outra curiosidade que existe é que em  Israel não há segregação, ao contrário do que comumente se pensa, pois existem boletins de voto em árabe para a população muçulmana de Israel que não sabendo o hebraico vota usando os boletins em árabe, além de que também há partidos árabes com assento parlamentar.
A Lista que se segue é feita de acordo com os resultados eleitorais de 02 de março de 2020, para ser mais facilmente compreendido o espectro político da atual legislatura israelita.
Likutהַלִּיכּוּד - Consolidação (37 deputados) - de Centro Direita, foi fundado em 1973 como aliança e tornado um partido, através da fusão dos partidos de centro-direita e direita nacionalista mas secular que faziam parte dessa aliança. O primeiro líder do Likud a chegar a Primeiro Ministro, foi Menachen Beguin em 1978, foi a primeira vez que a esquerda dos trabalhistas perdeu as eleições. Sigla מחל.
Kachol Lavan כַּחוֹל לָבָן - Azul e Branco, (34 deputados) - de Centro-Esquerda a Centro Direita, Trata-se de uma aliança fundada em 2019, entre três partidos políticos, o Partido da Resiliência Israelita (Hosen L'Israel) liderado por Benny Gantz, o Aqui há Futuro (Yesh Atid) e do Movimento Nacional como Estadista (Telem), uma aliança que engloba os liberais e sionistas que defendem a solução de dois Estados para a resolução do conflito Israelo-árabe. Sigla פה.
Shasש״ס - Sefarditas Observantes da Torá, (9 deputados) - De Direita, foi fundado no Exílio em 1984 pelo Grande Rabbi Ovadia Ben Yosef, trata-se de um partido religioso, da corrente ultra-ortodoxa e da etnia Sefardita, este partido está voltado para os Haredim (judeus observantes) sendo de Direita nacionalista, conservador, populista e Sionista, o Shas tem sido um partido importante na formação dos governos com o Likud. Sigla שמ.
Chadash חד"ש - Novo (5 deputados), de Esquerda, fundado em 1977, juntando comunistas, socialistas marxistas tanto judeus como árabes, está no parlamento Knesset coligado com os partidos árabes israelitas, defende a retirada e o desmantelamento dos colonatos na Cisjordânia, tem uma visão económica anti-liberal e defende o intervencionismo do Estado na economia.
Ta'alתַּעַ"ל - Movimento Árabe para a Renovação - (5 deputados), fundado em 1994, é um partido que varia entre a Esquerda e o Centro-Esquerda, tem como ideologia o Antissionismo e o nacionalismo árabe. Fez inicialmente uma coligação com o Chadash, mas no momento ambos estão na coligado da Lista Árabe Unida, que tem vindo a aumentar os lugares no Knesset a cada eleição.
Ra'am - רע"מ - Lista Árabe Unida - (15 deputados em coligação), Esquerda e do Centro-Esquerda fundado em 1996, é uma aliança supra-partidária que agrega varias organizações árabes, e ainda o Shas e o Ta'al, a ideologia marcante é o nacionalismo árabe, mas defende uma solução pacifica e moderada para o conflito Israelo Árabe, que é a solução dos Dois Estados. Sigla עם.
Beitenu - בֵּיתֵנוּ - Israel a Nossa Casa - (7 deputados),  dDireita, fundado em 1999 por David Lieberman, é um partido secular, anticlerical e nacionalista, cuja ideologia é defensora do Sionismo Revisionista, inicialmente representava a população de origem soviética em Israel, actualmente é transversal na defesa dos interesses de toda a população israelita. Sigla ל.
Avodáהָעֲבוֹדָה - Partido Trabalhista dos Israelitas - (7 deputados em coligação), da Esquerda ao Centro-Esquerda, fundado em 1968, de ideologia socialista e social-democrata, o Avodá foi por muito tempo o partido que dominou a politica em Israel, muitos dos grandes Estadistas de Israel eram do  Avodá, como Ben Gurion, Golda Meir, Ytzack Rabin, Shimon Peres, entre outros. Sigla אמת.
Meretz - מֶרֶץ - Vigor - (7 deputados em coligação com o Avodá), Esquerda, fundado em 1992 como uma aliança, sendo que em 1997 funde-se num só partido. Ideologia sionista, socialista e social-democrata, é um partido secular e anti-clerical tem vindo a perder deputados com a ascensão da Direita. Defende a solução de Dois Estados. Sigla מרץ.
Guesher - גשר - Ponte - (7 deputados em coligação com o Avodá), de Centro-Esquerda, fundado em 2018, através de uma cisão no Beitenu. O partido defende o social-liberalismo e uma economia mista num mercado liberal, todavia quanto ao conflito israelo-árabe, o  Guesher tem uma posição de centro-direita. Sigla נר.
Yamina - ימינה - À Direita - (7 deputados em coligação), do Direita, alicança que engloba vários partidos de entro-direita e direita clássica, fundado em 2019 e que em 2020 elegeu 7 deputados. De ideologia sionista, nacionalista e conservadora, mas com uma visão moderna e secular. Sigla טב.
Yehadut Ha Torá - יהדות התורה - Judaísmo Unido da Torá - (7 deputados em coligação), de Direita, é uma coligação de partidos religiosos criada em 1992, de ideologia sionista, clerical e ortodoxa,tem sido um dos partidos a dar suporte aos governos do Likud de Benyiamin Netanyahu. Sigla ג.
Kulanu - כולנו - Todos  Nós - (1 deputado), de Centro-Direita fundado em 2014, é um partido laico, que defende a ideologia social-liberal, o igualitarismo económico, de cariz nacionalista moderado o partido entende que não há saída para o conflito israelo-árabe, paradoxalmente aprova a construção de colonatos na Cisjordânia. Sigla כ.

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Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Aniversário - O Etcetera faz hoje 12 anos

O Etcetera faz hoje 12 anos, e entra assim no Ano XIII da atividade na blogosfera,  mais de uma década percorrida no tempo, leva-nos a olhar para trás e ver o quanto passou, tal como disse Heráclito de Éfeso "Um homem não se banha duas vezes no mesmo rio", pois na segunda vez, nem o rio nem o homem serão os mesmos, e voltando atrás lembramo-nos do primeiro titulo do blog: Critica & Humanismos (de 2007 a 2009) )e do segundo nome O Blog Humanista (de 2009 a 2015) que é hoje o subtítulo do blog, dando lugar em julho de 2015 ao novo nome, Etcetera e novo logótipo que foi atualizado em 2017.
Vamos continuar a trabalhar no blog, e evoluir sempre para melhor, não na ótica do mercado, mas da qualidade que pedem os nossos seguidores.
A todos obrigado por apoiarem o blog, divulgando-o, dando as suas sugestões e dádivas. Contamos sempre convosco.   
Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 25 de maio de 2019

Lista de Partidos Políticos Europeus

O Parlamento Europeu é um órgão consultivo da  UE - União Europeia, onde estão representados os 27 países da União Europeia, com 751 eurodeputados; sendo formado por 8 grupos políticos, a partir de partidos nacionais dos Estados Membros, que toda via desaparecem para dar lugar a uma voz em uníssono dentro de um grupo ideológico correspondente. Assim temos abaixo a lista dos principais partidos ou grupos políticos europeus e o respectivo número de assentos conquistados nas ultimas eleições em maio de 2019.
Os resultados eleitorais, mostram-nos uma descida dos partidos tradicionais, como o PPE e o S&D, que perderam deputados, descendo respectivamente de 214 para 182, e, de 191 para 147,  tendo havido uma subida considerável em todas as outras forças, à exceção da Esquerda Unitária, que desce de 52 para 39 assentos, e há ainda um grupo de 29 eurodeputados que não estão filiados a nenhum grupo.
PPE - Partido Popular Europeu - Fundado em julho de 1976, é formado por partidos democratas-cristãos e conservadores, é a chamada Direita Europeia, sendo neste momento o maior grupo político no Parlamento Europeu em Estrasburgo, engloba vários partidos membros, como o principal sendo a CDU alemã, o PP espanhol, a Forza Italia, a Nova Democracia da Grécia, o  CDS-PP e o PSD de Portugal . 182 assentos (24,23%).

S&D - Socialistas e Democratas, forma o segundo maior grupo político, juntando o PSE - Partido Socialista Europeu, fundado em 1992, com outros grupos da esquerda democrata europeia, engloba diferentes grupos de corrente socialista, social-democrata e trabalhista da Europa, tem como membros, entre outros, os seguintes partidos, sendo o maioritário o SPD alemão, o Labor Party, do Reino Unido, o PS francês, o PSOE espanhol, o PD italiano, o PAZOK da Grécia e ainda o português  PS - Partido Socialista. 147 assentos, (19,57%).


ALDE - Aliança dos Democratas e Liberais Europeusfundada em junho de 2004, é o quarto maior grupo político no Parlamento Europeu, formado por partidos de Centro-direita, neo-liberais e reformistas, bem como federalistas europeus, é na verdade uma Aliança entre dois partidos europeus a ALD - Aliança dos  Liberais e Democratas e o PDE Partido Democrático Europeu e Reformistas do Renaissancetem como membros, a soma dos partidos associados de cada grupo dentro da aliança, entre outros, o PNB PNV- Partido Nacionalista Basco, o MD - Movimento Democrático (França), os Liberais Democratas do Reino Unido109 assentos (14,51%).

VE-ALE - Verdes Europeus e Aliança Livre Europeiafundado em 1999, é formada por partidos ecologistas e ambientalista europeus, e formam uma coligação no Parlamento Europeu com o EFA - European Free Aliance e o Volt Europa, que é composta na sua esmagadora maioria por partidos independentistas, alguns anti-federalistastem como membros, entre outros, o Partido Nacional Escocês, a ERC - Esquerda Republicana Catalá e de  Portugal o PAN - Pessoas, Animais e Natureza. 69 assentos (9,19%).
RCE/ECR - Reformistas e Conservadores Europeus - fundado 2009, é o terceiro maior grupo político no Parlamento Europeu, engloba os partidos de Direita, conservadores e nacionalistas e alguns anti-europeístas, tem como membros, entre outros, os seguintes partidos, sendo o maioritário o Conservative Party do Reino Unido; o Partido Lei e Justiça da Polónia; o ODS - Partido Democrático Cívico da Chéquia; Não há partidos portugueses nem espanhóis neste grupo. 59 assentos (7,86%).

ENL - Europa das Nações e da Liberdade, criado em junho de 2015, é um grupo político formado por vários partidos políticos europeus de extrema-direita, como a francesa FN - Frente  Nacional de Marine Le Pen, a italiana  Lega Nord e o holandês  Partido da Liberdade, o espectro político deste grupo é formado por ultra-nacionalistas, euro-cépticos, e combate o federalismo europeu e a politica europeia de imigração. 58 assentos (7,72).

ELDD/EFDD - Europa da Liberdade e da Democracia Diretacriado em julho de 2009, forma o sétimo maior grupo político, constituído por partidos nacionalistas e independentistas de Direita e euro-cépticos, dentre os quais o Brexit Party do Reino Unido, que elegeu sozinho 29 eurodeputados juntando-se ao UKIP - United Kingdom Independence Party e ao italiano Movimento 5 Estrelas. 54 assentos (7,19%).

GUE-NGL- Grupo da Esquerda Unitária Europeia - Esquerda Nórdica Europeia, grupo fundado em 1995, está coligado com o GCEE - Grupo Confederal da Esquerda Européia, formando juntos, o oitavo maior grupo político europeu, está formado por partidos de ecologistas e ambientalistas e pela Esquerda ortodoxa, reformista e a esquerda escandinava; tem como membros, entre outros, a Aliança de Esquerda, da Finlândia; da Dinamarca o Movimento Popular Contra a UE, da Suécia o Partido da Esquerda, de Portugal o PCP - Partido Comunista Português, o PEV - Partido Ecologista "Os Verdes" e o BE - Bloco de Esquerda. 38 assentos (5,06%).
PDE - Partido Democrático Europeu fundada em 2004, é um partido político de ambito europeu, faz parte integrante da coligação ALDE no Parlamento Europeu, tendo-se aliado ao ALD - Aliança dos  Liberais e Democratas, o PDE é um partido político europeu de centro-direita, tem como base ideológica o Liberalismo e o federalismo europeu, tem como membros, entre outros, o PNV- Partido Nacionalista Basco, o MD - Movimento Democrático (França), o PDE - Partido Democrático Europeu de Itália, entre outros.
GCEE - Grupo Confederado da Esquerda Europeia, é um partido político de âmbito europeu, que congrega partidos da Esquerda e Extrema-Esquerda, foi fundado em 2004, faz parte do  grupo parlamentar do GUE/NGL o quinto maior grupo político no Parlamento Europeu, formado por partidos de Esquerda de tendência Marxista, Neo-Marxista, tais como comunistas e revisionistas de esquerda; tem como membros, entre outros, o PCE - Partido Comunista de Espanha, a IU - Izquierda Unida (Espanha), PCF - Partido Comunista Francês, o Siriza da Grécia, o PRC - Partido de Refundação Comunista de Itália, o BE - Bloco de Esquerda (Portugal).
Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Eleições Europeias com Discursos Vazios


É com um discurso vazio, que no domingo os europeus vão às urnas para escolher os "eurodeputados", cada país irá eleger um número de deputados consoante a sua dimensão populacional, todavia, os deputados não representam os seus países, senão que os representam integrados dentro de forças políticas exclusivamente europeias, e é neste sentido que se nota a incongruência de um discurso eleitoral desfocado dos problemas europeus, ou por outras palavras, os candidatos por partidos nacionais, focam o seu discurso nas problemáticas locais e nacionais, e fogem da "realpolitik" que deverá focar a política externa europeia, as politicas económicas comuns e os destinos da Europa como um bloco unido, sobretudo com a possível saída do Reino Unido, e a Ascenção galopante de China.
Exceptuando-se o Reino Unido (sobretudo com o Brexit Party), que irá tratar desta eleição europeia como um segundo refendo ao Brexit, na grande maioria dos países europeus, esta-se a discutir o cenário político interno, sobretudo como é o caso de Portugal que irá ter eleições legislativas em outubro, e cuja oposição tenta fazer desta eleição uma sondagem eleitoral.
No entanto é necessário tentarmos compreender, se este cenário é do interesse do poder estabelecido em Bruxelas, ou pelo contrário é ainda, a tentativa (falhada) dos Estados semi-soberanos, passarem uma imagem de total independência face à União Europeia, quando se sabe de ante-mão, que cada vez mais os Estados Membros, são cada vez mais, independentes, politica e economicamente da Confederação em que se uniram.
Somando-se a esta situação, verifica-se que na eleição para o Parlamento Europeu, (segundo sondagens realizadas em vários órgãos de comunicação social) que a grande maioria dos eleitores europeus, não sabe extamente para que serve o Parlamento Europeu e nem o que realmente faz o deputado desse órgão. Trata-se de um organismo que não é legislativo, mas meramente consultivo, e no qual os partidos nacionais desaparecem, formando grupos parlamentares exclusivamente europeus, como o PPE - Partido Popular Europeu de Direita, ou o PSE - Partido Socialista Europeu de Centro-Esquerda, devido a isto, é de salientar, que a Eleição para o Parlamento Europeu deveria ser feita principalmente com partidos europeus, associados a partidos nacionais, e não feita por partidos nacionais que não fazem chegar aos seus eleitores o real projeto que irão defender dentro do partido europeu a que estão associados. Assim soma e segue a Europa a caminho de uma Federação, deixando alheados do processo os eleitores europeus das várias nações que compõe a Federação.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Incêndio em Paris, Notre Dame Está de Pé


É com tristeza que soubemos do incêndio que deflagrou na Catedral de Notre Dame de Paris, a Gótica Catedral que fora erigida no século XII, parecendo-me ser um mau presságio para a cultura e a civilização europeia e cristã. O incêndio ocorreu às vésperas da Páscoa cristã e das eleições europeias, num período conturbado da história francesa e da civilização europeia, precisamente no coração da cidade Luz, que hoje parece começar a apagar-se no século XXI. Não é pelo incêndio em si, mas pela perda do que Notre Dame representava com toda a sua simbologia.
Caiu em chamas o Pináculo da Catedral que permaneceu de pé, tal como esteve de pé durante nove séculos, e viu de pé o Rei Sol; foi a mesma que viu surgir a Revolução Francesa e a carta dos Direitos do Homem e do Cidadão, e na qual foi coroado Napoleão Bonaparte; viu ainda a Revolução Industrial transformar o país e a Europa, mais tarde, resistiu de pé e teimosa à invasão da Alemanha nazista e o desfile de Hitler, mas também viu o fim da II Guerra e o triunfo da democracia.
Testemunhou ao longo de séculos, as dores do seu povo e o triunfo dos seus líderes, mesmo dos que só lideraram na rua como na Revolução de Maio de 1968, a mesma Catedral que viu o auge de De Gaule e mais tarde a sua renúncia, a mesma que testemunhou a independência da Argélia e o retorno dos "Pieds noir".
A Senhora de Paris que se erguia alta e parecia dizer-nos que o seu tempo era a Eternidade, que foi sempre olhada orgulhosamente por toda a cidade luz e amada por todos, tanto franceses como estrangeiros, dos quais sobressaem Picasso com a sua famosa "Guernica" exilada em Paris, outros tantos pintores, cantores e escritores como Scott Fitzgerald ou Ernest Heminguay que retratou o ambiente da cidade que pare ele foi sempre uma festa. Hoje a luz das chamas apagou-se, e com ela o brilho da cidade luz, no lugar da festa dos tempos de Heminguay sobra a tristeza de um continente inteiro. Talvez este incêndio venha servir para acordar os franceses e os europeus para repensarem o caminho que querem trilhar, afinal apesar do incêndio Notre Dame está de pé para relembrar os seus 900 anos.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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