domingo, 13 de novembro de 2011

Poesia - Pablo Neruda - Aquí te Amo

Aquí te amo.
En los oscuros pinos se desenreda el viento.
Fosforece la luna sobre las aguas errantes.
Andan días iguales persiguiéndose.

Se desciñe la niebla en danzantes figuras.
Una gaviota de plata se descuelga del ocaso.
A veces una vela. Altas, altas estrellas.

O la cruz negra de un barco.
Solo.
A veces amanezco, y hasta mi alma está húmeda.
Suena, resuena el mar lejano.
Este es un puerto.
Aquí te amo.

Aquí te amo y en vano te oculta el horizonte.
Te estoy amando aún entre estas frías cosas.
A veces van mis besos en esos barcos graves,
que corren por el mar hacia donde no llegan.

Ya me veo olvidado como estas viejas anclas.
Son más tristes los muelles cuando atraca la tarde.
Se fatiga mi vida inútilmente hambrienta.
Amo lo que no tengo. Estás tú tan distante.

Mi hastío forcejea con los lentos crepúsculos.
Pero la noche llega y comienza a cantarme.
La luna hace girar su rodaje de sueño.

Me miran con tus ojos las estrellas más grandes.
Y como yo te amo, los pinos en el viento, quieren cantar tu nombre con sus hojas de alambre.

(Do livro 20 poemas de amor e uma canção desesperada)



Aqui te amo.
Nos sombrios pinheiros desenreda-se o vento.
Fosforesce a lua sobre as águas errantes.
Andam dias iguais a perseguir-se.

Desperta-se a névoa em dançantes figuras.
Uma gaivota de prata desprende-se do ocaso.
Às vezes uma vela. Altas, altas estrelas.
Ou a cruz negra de um barco.
Sozinho.

Às vezes amanheço e minha alma está húmida.
Soa, ressoa o mar ao longe.
Este é um porto.
Aqui te amo.

Aqui te amo e em vão te oculta o horizonte.
Eu continuo a amar-te entre estas frias coisas.
Às vezes vão meus beijos nesses navios graves
que correm pelo mar rumo a onde não chegam
Já me vejo esquecido como estas velhas âncoras.
São mais tristes os portos ao atracar da tarde.
A minha vida cansa-se inutilmente faminta.
Eu amo o que não tenho. E tu estás tão distante.
O meu tédio forceja com os lentos crepúsculos.
Mas a noite aparece e começa a cantar-me.
A lua faz girar a sua rodagem de sonho.

Olha-me com os teus olhos as estrelas maiores.
E como eu te amo, os pinheiros no vento
querem cantar o teu nome com as folhas de arame.


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Cidadã do Mundo - A "Agora" de Athena

          Cidadã do Mundo, não é apenas um blog, mas acima disso, a Agora grega do espaço público, onde a liberdade de pensamento e expressão, em que a autora utiliza a seguinte frase como lema e apresentação: "Alguns homens vêem as coisas como são e dizem "Porquê?". eu sonho com as coisas que nunca foram e digo "Porque não?" George Bernard Shaw", com o seu pseudónimo Athena, vai revelando com clareza a critica perspicaz da realidade política e social que do país, quer do Mundo, e sempre acompanhado de idealismo.
          Vale a pena ver este blog, que também tem em comum com este os traços de humanismo na visão da autora.
Link: Cidadã do Mundo

Semana Social em Gondomar

Realiza-se de 14 a 19 de novembro em Gondomar, a Semana Social de Gondomar, tendo como tema "Pessoas sem rosto: Redes de Inclusão e de Voluntariado". O programa do evento é variado, contando com diversos oradores de diferentes áreas em debate, realizando-se no evento conferências, debates, um fórum de reflexão e também será feita a III Assembleia Municipal de crianças e jovens de Gondomar, uma exposição de Arte Solidária, promovida pela CPCJ de Gondomar e o Concerto Solidário com a Banda Musical de São Pedro da Cova, na sexta-feira dia 18 às 21:30.
O evento inicia-se no dia 14 de novembro pelas 14:00 com a conferência "VI Forum da Rede Social", no qual intervirá a Presidente do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado, a Drª Elza Chambel do  que terá lugar no Auditório Municipal de Gondomar.
Serão abordados temas como, jovens em risco, o voluntariado e o 3º setor, A família e as respostas à crise social e económica, Violência doméstica, conhecer para intervir.
Para mais informações ver o folhedo informativo Aqui.
Câmara Municipal de Gondomar - Pelouro de Ação Social
E-mail: semanasocialgondoar@gmail.com

Telefone: 224 663 980/2 | Fax: 224 663 984

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 12 de novembro de 2011

Papá Cuentame otra vez - Ismael Serrano

De Ismael Serrano (compositor e guitarrista espanhol)
Papá cuéntame otra vez ese cuento tan bonito 
de gendarmes y fascistas, y estudiantes con flequillo, 
y dulce guerrilla urbana en pantalones de campana, 
y canciones de los Rolling, y niñas en minifalda.
Papá cuéntame otra vez todo lo que os divertisteis 
estropeando la vejez a oxidados dictadores, 
y cómo cantaste Al Vent y ocupasteis la Sorbona
en aquel mayo francés en los días de vino y rosas.

Papá cuéntame otra vez esa historia tan bonita 
de aquel guerrillero loco que mataron en Bolivia, 
y cuyo fusil ya nadie se atrevió a tomar de nuevo, 
y como desde aquel día todo parece más feo.

Papá cuéntame otra vez que tras tanta barricada 
y tras tanto puño en alto y tanta sangre derramada, 
al final de la partida no pudisteis hacer nada, 
y bajo los adoquines no había arena de playa.
Fue muy dura la derrota: todo lo que se soñaba 
se pudrió en los rincones, se cubrió de telarañas, 
y ya nadie canta Al Vent, ya no hay locos ya no hay parias, 
pero tiene que llover aún sigue sucia la plaza.

Queda lejos aquel mayo, queda lejos Saint Denis, 
que lejos queda Jean Paul Sartre, muy lejos aquel París, 
sin embargo a veces pienso que al final todo dio igual: 
las ostias siguen cayendo sobre quien habla de más.
Y siguen los mismos muertos podridos de crueldad. 
Ahora mueren en Bosnia los que morían en Vietnam. 
Ahora mueren en Bosnia los que morían en Vietnam. 
Ahora mueren en Bosnia los que morían en Vietnam.



















Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Hino aos povos da América - Cinco Siglos Igual

Leon Gleco e Luis Gurevich
(Para o 5º centenário do descobrimento da América)

Soledad sobre ruinas, sangre nel trigo,
Rojo y amarillo,
Manantial del veneno, escudos, heridas,
Cinco siglos igual.

Libertad sin galope, banderas rotas,
Soberbia y mentiras,
Medallas de oro y plata contra esperanza,
Cinco siglos igual.

En esta parte de la tierra, la historia se cayó,
Como se caen las piedras,
Aun las que tocan el cielo,
O están cerca del sol,
O están cerca del sol.

Desamor, desencuenro, perdon y olvido,
Cuerpo con mineral,
pueblos trabajadores, infancias pobres,
Cinco siglos igual.

Lealtad sobre tumbas, piedra sagrada,
Dios no alcanzo a llorar,
Sueño largo del mal, hijos de nadie
Cinco siglos igual.

Muerte contra la vida, gloria de un pueblo desaparecido,
Es comienzo, es final,
Leyenda perdida,
Cinco siglos igual.

En esta parte de la tierra, la historia se cayó,
Como se caen las piedras,
Aun las que tocan el cielo,
O están cerca del sol,
O están cerca del sol.

Es tinieblas con flores, revoluciones
Y aunque muchos no están,
Nunca nadie pensó besarte los pies,
Cinco siglos igual.



Cinco Séculos Iguais - tradução

Solidão sobre ruínas, sangue no trigo,
Vermelho e amarelo
Primavera veneno, escudos, feridas,
Cinco séculos iguais.

Liberdade sem galope, bandeiras rotas,
Arrogância e mentiras,
Ouro e medalhas de prata contra a esperança,
Cinco séculos iguais.

Nesta parte da Terra, a história caiu
Como caem as rochas,
Mesmo ao tocar o céu,
Ou eles estão perto do sol,
Ou eles estão perto do sol.

Desamor, desencontros, perdoar e esquecer,
Corpo de minério,
pessoas que trabalham, crianças pobres,
Cinco séculos iguais.

Lealdade sobre os túmulos, pedra sagrada,
Deus, não alcançou chorar,
Sono ao longo do mar, filhos de nada,
Cinco séculos iguais.

Morte contra a vida, glória de um povo desaparecido,
É começando, é fim,
Lenda perdida
Cinco séculos iguais.

Nesta parte da Terra, a história caiu
Como caem as rochas,
Mesmo ao tocar o céu,
Ou eles estão perto do sol,
Ou eles estão perto do sol.

É escuro com flores e revoluções
E embora não sejam todos iguais,
Ninguém nunca pensou beijar seus pés,
Cinco séculos iguais.


Autor Filipe de Freitas Leal

contador de visitas Leituras visualizações

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

AVISO aos leitores:
De acordo com a legislação Europeia, informamos a existência de Cookies neste blog.
A utilização de cookies, visa apenas mostrar publicidade direcionada, de acordo com os gostos e tendências de navegação na Internet, não visam obter nenhum dos dados pessoais dos leitores.
Caso não queira, basta negar o seu consentimento, ao iniciar a navegação, ou através desta página.

 
Projeto gráfico pela Free WordPress Themes | Tema desenvolvido por 'Lasantha' - 'Premium Blogger Themes' | GreenGeeks Review