Dia 11 de Junho, um dia após o dia de Camões e das comunidades portuguesas
espalhadas pelo mundo, resolvi sair e dar um passeio a pé, como habitualmente
gosto de fazer, indo pensativamente a observar que chove, e chove agradavelmente
em Sintra, com um doce nevoeiro ao fundo a enfeitar a paisagem já de
si pitoresca.
Eis a poesia desta Sintra chuvosa, algo digno de um clima londrino, dias
assim, em Sintra, atraem-nos para a divagação, e entre a neblina nas ruas com o
chão molhado, o cheiro do verde húmido, a sentir a chuva bem miudinha cai molhando-me
o rosto, dando ideias para a meditação.
Bela como nunca, Sintra misteriosa e doce, que nos faz descobrir em nós mesmos
a contemplação que sem ela não haveria, e assim saem as mais belas...