O PS ganhou inequivocamente as eleições, mas o período de governação não será fácil, precisará de acordos de incidência parlamentar ou de uma coligação para ter maior estabilidade governativa, de qualquer das duas maneiras não será fácil.
O engenheiro José Sócrates, terá que se
entender com os partidos no Parlamento, sobretudo com os que mais oposição lhe
têm feito, é pena que seja assim porque gerou-se uma encruzilhada.
O CDS/PP (que tão arrogantemente atacou o governo) quer é poder saborear
cargos no governo ou ver o PS refém das suas exigências no Parlamento; a CDU
que até poderia se coligar no governo com os socialistas, não teve expressão
eleitoral para socorrer a esquerda que ao fim e ao cabo é maioritária mas
desunida.
O Povo votou à esquerda, e os jornalistas, os
intriguistas e as mesquinharias deste país não querem ver isso, querem fazer a
leitura da derrota, continuam com o discurso do bota abaixo, e do chavão estratégico
de “quem pagará a fatura é o povo português”, porque a maioria de 54% do
eleitorado votou PS-BE-CDU.
E a culpa não morre solteira, Francisco
Louçã, tem um papel grande neste governo órfão, é certo que o PS com maioria
absoluta, não era o interesse dos portugueses, mas a arrogância da esquerda
contra a esquerda não ajuda em nada o país. Muitos dos que votaram no Bloco de
Esquerda (BE) se desiludem com Francisco Louçã, de insistir em ser esquerda
contra outras esquerdas, isso é o mesmo que não colocar o país em primeiro
lugar, por isso perderão muitos votos.
Autor Filipe de Freitas Leal
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