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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Da Primavera ao Inferno Árabe.

A Tunísia  deu inicio espontaneamente a um movimento de protestos, após a imolação de Mohamed Bouazi, no interior daquele país, em protesto contra a corrupção, e fez-se com a ajuda das redes sociais, facebook e twitter, que levaram à queda em 2011 do ditador tunisino Ben Ali, após esta primeira vitória, a onda de protestos e revoltas voltou-se a outros países árabes, que se sentiam traídos pelo ideal de um socialismo pan-arabista que nunca chegou a existir e que deu lugar à opulência de ditadores  que  mais não faziam que se manter no poder, recebendo o apoio dos europeus e dos estadunidenses, que preferiam ditadores pacíficos a democracias ameaçadoras dos valores e dos interesses ocidentais. A este movimento de protestos denominou-se de Primavera Árabe, pois maioritariamente eram jovens estudantes universitários, informados e que aspiravam à democracia e a um grau de desenvolvimentos dos seus países semelhante ao ocidente, sem no entanto perder a sua cultura e identidades árabe e muçulmana.
Seguiram-se outros países vizinhos, ainda em 2011 como a Argélia, a Libia, o Yemen, o Egito e a Síria, onde foram derrubados três caudilhos e seus regimes, Muammar Kaddafi da Libia, Hosni Mubarak do Egito e Salleh do Yemen, outros protestos se seguiram sem no entanto haver mudanças de chefias do estado como o caso do Marrocos, que convocou um referendo e do qual se fizeram alterações à constituição, permitindo a democratização do país, outras medidas de reformas dissuasoras ocorreram também na Jordânia, Kuwait, Bahrein e Omã.
No entanto, a revolta e os protestos da primavera árabe, chegaram à Siria, de Bashar El Assad, tendo este intensificado a repressão às manifestações, bem como a persecução aos seus opositores do seu regime, acabando por degenerar em Guerra Civil que se iniciou em 2011 e ainda permanece a derramar o sangue dos sírios e a devastar de forma brutal todo o País que ja entrou em colapso. No entanto há um fundo de cunho religioso por trás destes conflitos, e sobretudo na Síria, onde se opõem os sunitas do lado do poder, contra os xiitas na oposição.
Várias cidades sírias ficaram tal como nesta imagem.
No Egito, a democratização levou ao poder a Irmandade Muçulmana, e elegeu Mohamed Morsi, que numa tentativa de islamizar o país, foi derrubado por um golpe militar, os protestos levaram à rua os apoiantes de Morsi a exigir a sua recondução à Presidência, num movimento de contestação denominado "Dia de Cólera", que se fez sentir no resultado de um massacre de 72 pessoas, perpetrado pelos militares em plena praça pública. Diante deste quadro calamitoso de atos dantescos, podemos dizer que se trata sim, do inferno árabe.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 18 de agosto de 2013

O 4º Poder e a Crise na Grande Imprensa I

A imprensa livre e tradicional, formada por gigantes da informação, está em crise, de tal modo que nos primeiros dias de agosto caíram três dos gigantes da informação estadunidense, os centenários The Boston Globe e o The Washington Post, este ultimo fundado em 1877, e muito famoso pelo escândalo do Watergate, que derrubou em 1974 o Presidente Richard Nixon, mas não é só nos diários que aconteceu iste fenómeno, também uma conceituada revista semanal de grande informação a Newsweek, e ao todo estes três grandes títulos, abalam o mundo da imprensa, lançando a duvida de como se desenvolverá a informação do futuro.

O que se vislumbra à primeira vista, é a crise da imprensa, que perdeu gradativamente terreno face a outros meios de informação, como a internet, em particular a busca dos leitores por novas formas de informação como o Tabletes ou os telemóveis (celulares) de ultima geração, no qual os leitores acedem ao portal de noticias e à informação de uma forma mais rápida, mais barata e também mais especializada em determinado tema, que no jornal de grande informação. Pelo que a crise na imprensa não é apenas de venda, sobretudo a venda de espaço publicitário que tem vindo a ser maior para o formato digital que o papel,  e a publicidade é o fundamental meio de financiamento da imprensa escrita, há que ter em conta que o mundo da informação é pautado pelo interesse do lucro, mas também da influencia sobre os consumidores e não menos sobre os eleitores.


Posto isto, a equação imediata é a do controlo da imprensa por grupos económicos, que à partida nada ou quase nada tem a ver com a imprensa, nomeadamente o empresário estadunidense que comprou o The Boston Globe é detentor de clubes desportivos nos EUA e no Reino Unido, a Newsweek, foi adquirida pelo grupo de edição digital a IBT Média, pelo que a revista será apenas editada no formato digital a partir de janeiro de 2014, a edição de papel terminará em dezembro do corrente ano, de forma semelhante o The Washington Post, foi adquirido pela Amazon, por 250 milhões de dólares  o que revela o interesse da edição digital como segmento de mercado, em detrimento da tradicional edição de papel, que marcou gerações inteiras, mas também que foi instrumento de exercício da cidadania e consciencialização em momentos cruciais da história do século XX, na nova imprensa que nasce, fragmentada e segmentada em especialização diversa, a verdadeira informação e a liberdade de expressão precisam ser discutidas, porque ficam mais longe do grande público que vai atrás da cantiga da sereia de uma época em que a cultura é massificada, fruto dos Media (rádio, TV, Imprensa escrita e digital) que são hoje grandes empresas que visam lucro, e que não deixarão de ser instrumento de interesses políticos e económicos. Resta-nos saber se ainda se poderá falar no 4º Poder.

É assustador estarmos perante a incógnita da informação do futuro, pois na realidade há uma luta pela manipulação das massas, nos anos 50, 60 e 70 a imprensa desempenhou um papel fulcral na consciencialização política e na consolidação da democracia, tal como ocorreu no Brasil e até em Portugal, hoje a imprensa dividiu-se em vários temas especializados e temáticos, dispersando a atenção dos problemas globais da população. É um novo mundo, um outro 




Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico
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Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

quarta-feira, 24 de abril de 2013

25 de Abril de 1974 - A Revolução dos Cravos

Foi em 1974, que ocorreu o acontecimento que mudou o rumo de Portugal, que acabou com o Império Colonial e lançou as bases para o desenvolvimento, da democracia, da descolonização e do progresso socio-económico, enfim criaram-se as condições de um país que queria abrir-se ao Mundo num abraço fraterno, solidário e livre.
É ainda hoje discutível se esses objetivos poderiam ou não ter sido alcançados sem um golpe de estado, cujas consequências posteriores, advindas de uma descolonização mal feita, que afetou muitos portugueses, que viviam então na África portuguesa, ou por outras palavras, os historiadores procuram hoje, saber se o que causou o 25 de Abril foi o falhanço da Primavera Marcellista e o continuar de uma guerra colonial, que se acredita, só poderia ter tido uma solução politica e não militar como propunha o General António de Spínola no seu livro "Portugal e o Futuro" editado em fevereiro de 1974.
O 25 de Abril é o nome dado à Revolução dos Cravos, um movimento militar que com um Golpe de Estado, derrubou em menos de 24 horas um Regime de Cariz Fascista que durou 48 anos, sendo que desses, 4 anos foram em Regime Militar, 38 sob o governo de António de Oliveira Salazar, que após a doença fora afastado em 1968 e substituído por Marcello Caetano, que veio a ser deposto com a revolução e exilado no Brasil, onde veio a falecer em 1980.
Na madrugada de 25 de Abril, a música "E Depois do Adeus" de Paulo de Carvalho, é transmitida pelos "Emissores Associados de Lisboa" e é a primeira senha da Revolução, indicando a saída das tropas para culminar no movimento dos Capitães de Abril, por outro lado a segunda senha confirmava a Revolução,  era a música "Grândola Vila Morena" de Zeca Afonso, que fora transmitida dos estúdios da Rádio Renascença, ocupada pelos militares.
O comando do golpe estava situado na Pontinha em Lisboa, e sob a direção de Otelo Saraiva de Carvalho, enquanto as operações nas ruas de Lisboa foram dirigidas por outro importante líder o capitão da Infantaria de Santarém, Salgueiro Maia, que avançando sobre Lisboa tem a missão de ocupar o Terreiro do Paço e o Quartel do Carmo onde se refugiara o Presidente do Conselho. A História fez deste último, um exemplo de abnegada missão em prol do seu país, um homem que viu nessa revolução a sua missão de libertação do País sem querer para si protagonismo ou honras, voltou humilde aos quartéis, tendo morrido ainda novo, pobre e esquecido pelo país que ajudou a libertar, chegou a ver-lhe negada durante o governo de Cavaco Silva, uma pensão que solicitara por motivos de doença.
O reconhecimento pelos seus préstimos ao país e à sua missão libertadora, resume-se a uma singela lápide no chão do Largo do Carmo, lugar onde se consumou a abertura de Portugal à liberdade de pensamento, expressão e associação política para todos os portugueses.
Abril é um espírito que influenciou outros povos no mundo, o Brasil vivia num regime militar desde 1964, e Chico Buarque de Holanda, compôs uma música para homenagear a Revolução dos Cravos, com o titulo "Tanto Mar"; O Chile vivia na ditadura de Pinochet, que tinha derrubado o socialista Salvador Allende em 1973 a 11 de setembro, o 25 de Abril foi um exemplo para o mundo de uma revolução sem sangue, sem vingança e ódios, mas acima de tudo libertou Portugal e os portugueses, permitindo que todos os quadrantes políticos se organizassem livremente, da esquerda à direita, como os socialistas do PS de Mário Soares, dos comunistas do PCP de Álvaro Cunhal, passando pelo MDP/CDE Movimento Democrático Português de Francisco Pereira de Moura, o PPD Partido Popular Democrático de Sá Carneiro ou ainda o CDS Centro Democrático Social de Freitas do Amaral, correntes políticas que participaram no dia 25 de Abril de 1975 na primeira eleição livre para a Assembleia Constituinte, que fez nascer a constituição de 1976. Tendo sido consagrados o PS e o PPD como as principais forças políticas da democracia portuguesa. Panorama que se mantêm ainda hoje.
Mas também foi o reconhecimento do direito à Auto-determinação dos povos africanos sob administração portuguesa, como Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe, embora o programa da descolonização tenha sido mal conduzido o que gerou graves injustiças e conduziu à Guerra Civil as força politicas em Angola, tendo ainda permitido que todos os países de língua oficial portuguesa caíssem numa ditadura comunista.
Passados estes anos todos, muito se dissipou do espírito de abril, pondo de parte os exageros do verão quente de 1975 durante o governo de Vasco Gonçalves, esquecendo também a febre esquerdista, e do radicalismo ideológico desse tempo, (normal e compreensível para um povo que viveu quase 50 anos em regime de ditadura) foram muitas no entanto as conquista politicas, sociais e culturais do 25 de abril, no que toca aos direitos humanos, à justiça social, à educação, à saúde entre outros aspetos.
No entanto, os novos paradigmas vindos da globalização, da influência cada vez maior da economia, sobre a política e a sociedade, especialmente das grandes empresas multinacionais, que põe por terra as boas intenções políticas de qualquer governo.
Hoje os tempos são outros, e são outros os desafios, o que abril derrubou e o que abril conquistou já está ultrapassado, novas lutas surgem, novos problemas se levantam contra as populações, problemas como a nova exclusão social e de integração, novos problemas de habitação, novos tipos de desemprego, sobretudo de licenciados que emigram, problemas humanitários, ecológicos, enfim não é só a liberdade que conta, mas a qualidade de vida das populações, o projeto para as gerações futuras, a sustentabilidade social e económica do país e das suas gentes, bem como a sustentabilidade do mundo, das economias e dos povos nos regimes ditos democráticos esse sim é o desafio, por outras palavra o desafio hoje, e o que o espírito de abril hoje nos diz e pede é claramente uma visão Humanista.




Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 2 de março de 2013

2 de Março | Portugal Manifesta-se nas Ruas

As políticas de austeridade, que têm vindo a ser tomadas em Portugal, agravaram ainda mais a situação do país, e sobretudo dos portugueses, com uma taxa de desemprego que ronda oficialmente os 19%, com tendência a subir devido às constantes falências e despedimentos dos trabalhadores.

Para agravar ainda mais, dos 27 países da União Europeia, 20 estão em crise e com uma divida pública excessiva, o que provoca a contração dos mercados e o agravamento da crise económica em toda a zona Euro, e obviamente afeta ainda mais economias frágeis como a portuguesa, nesse sentido os portugueses saem hoje à Rua em sinal de protesto e dizendo Basta e "Que se lixe a Troika, O Povo é quem mais ordena", cantando Grândola Vila Morena para este governo e o seu ministro das finanças, no sentido de que se demitam, mas também vão dizer basta a um Presidente da República que além de estar ausente, é totalmente conivente com este estado de coisas (até porque muito disto é fruto dos seus 10 anos de governo de 1985 a 1995) e da sua política de destruição do tecido produtivo português como as pescas, a industria de conservas, a política do betão, de  só ter sabido fazer auto-estradas (para as importações), e de uma subserviência cega às ordens de Bruxelas, que em nada tiveram em conta um projeto para o futuro de Portugal e dos portugueses.

Tal como em 15 de setembro de 2012, acredita-se que saiam à rua por todo o país, mais de dois milhões de portugueses, de todas as correntes políticas e ideológicas, de diferentes faixas etárias, onde sairão à rua famílias inteiras em sinal de protesto, e este movimento já conta com mais de 2.000.000 de aderentes no Facebook, pelo que se espera um grande número de manifestantes em todas as capitais de Distrito, como Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Évora, Beja entre outras; mas também, é uma  manifestação em simultâneo com outros países europeus que organizam hoje manifestações contra a austeridade e as políticas económicas da UE. As manifestações contra o governo de direita e a auteridade imposta pelos credores e os bancos, teve impacto na imprensa e nas TV's a nível internacional.

Abaixo um video da manifestação em Lisboa, na Avenida da Liberdade, que culminou no Terreiro do Paço.

             
Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas os.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O Estertor de Um Sistema

Ainda agora começou o ano, e o balanço do que ficou para trás, talvez tenha de ser feito agora, não é porque se mudou de ano, que a crise ou os problemas acabam como é óbvio, mas há é que aproveitar o ânimo, para lançar sobre eles um novo olhar, ainda que possamos pouco, temos que ter uma posição, uma clara consciência, de que o que está a acontecer e o que está para vir, de um modo ou de outro, afeta-nos, não apenas nas questões políticas, ou económicas, mas até no modo como temos vindo todos até aqui, a viver como se amanhã fosse mais do mesmo de hoje, e ainda bem que não é, por um lado, infelizmente por outro.

O mundo está em mudanças constantes, há conflitos de interesses em várias partes do globo e em vários setores da sociedade, de um lado os que defendem com unhas e dentes o status quo, do outro os que sabem que uma reforma é inevitável para manter o mínimo possível um sistema capitalista, mesmo que moribundo, e há os que preconizam uma nova ordem, nos moldes de um novo humanismo, para uma sociedade sustentável, de cidadania ativa e de uma plena democracia participativa.


Ainda hoje, uma pessoa amiga comentava no facebook que dão-se mais likes/gostos a uma jovem decotada, que a uma imagem de solidariedade a uma menina com cancro, e deveras assim é.

Infelizmente, o mundo em que vivemos, valoriza mais as pessoas, pela sua aparência, pelos seu status social,  por exemplo, se uma pessoa pobre diz uma verdade é vexado, se uma pessoa rica diz uma barbaridade, todos acham um grande discurso e até dão-se salvas de palmas, os valores esses, estão todos trocados na sociedade em que vivemos. É deveras o retrato de uma sociedade capitalista.

No entanto, o capitalismo tem os dias contados, está a cair de podre por todo o lado, há que ter noção disso, e preparamo-nos par uma CIDADANIA ATIVA, pois um novo paradigma está a nascer lentamente dos escombros deste sistema desumano.

Demora ainda, claro que demora, pois o sistema vendo-se atingido por sua própria causa (como aliás previra Karl Marx na sua obra, "O Capital", faz com que esteja a apertar o cerco, com o recuo das conquistas sociais, do pós-guerra como o Welfare State europeu, que está a cair como efeito dominó, conquista atrás de conquista, com o intuito de travar a crise e manter a sustentabilidade do sistema, mudando o paradigma da igualdade para a equidade, se fosse só isso talvez fosse discutível, mas não para por aqui e o que está por trás é muito obscuro. A crise económica dá lugar a políticas de intimidação e fragilização dos trabalhadores assalariados, afetando toda a sociedade pelo medo, pela insegurança e pela instabilidade, isso não impede a decadência de um sistema que está  podre, e até o planeta, se ressente do sistema que tem vindo a destruir os recursos naturais de uma forma irresponsável e irremediável. Basta lembras George W. Bush e o fim do tratado de Quioto.

A Revolta dos Indignados globalizou-se
Por todo o mundo, os povos queixam-se do mesmo, chama-se a isto, GLOBALIZAÇÃO, ou seja estamos todos no mesmo barco, a luta é de todos, mas não é uma luta de armas, e sim uma luta de mentalidades, há que tomar consciência do seu valor como SER HUMANO, dos Direitos Humanos e a Dignidade a que todos têm direito, os humanos, os animais e até o Eco-Sistema, todos somos um só; Há que nascer uma nova consciência, um novo DESPERTAR de mentalidades, é com isso e o assumir da nossa identidade, que nos libertaremos, temos de pensar mais longe, temos de pensar num mundo para os netos e bisnetos, não um mundo para agora. Não um mundo dividido em raças, credos, cores, géneros, étnicas ou gerações; Todos somo UM!

E como aliados, o capitalismo conta com as atitudes individualistas,  consumistas, ignorantes e fanáticas, e com a injustiça social (disfarçada claro) pois enquanto um trabalhador ganha pouco, só se preocupa com o pão de cada dia, não com a sociedade em que vive, o trabalhador é pago muito abaixo daquilo que deveras produz para a sociedade, visto a disparidade do que ganha face ao lucro que produz. Há que ter em conta que há países em que um ordenado mínimo, não garante o mínimo necessário à sobrevivência.

Nem é preciso ser-se idiota, o sistema mantém-se com os políticos que se auto promovem pela corrupção, pelo conluio, pelo engenho e esperteza que a ganância exige de uma escumalha nojenta que por vezes, faz-se passar pelo que deveras não é, governando-se mais a si e aos seus que ao país e às gerações futuras, há ainda o futebol, as telenovelas, e o restante tele lixo, no cinema os filmes muito ao jeito de "american way life" que são na realidade um "capitalist way of life", até mesmo a religião serve para alienar as populações quando o fanatismo se estabelece no lugar de D-us ou do próximo, hora tudo isto destrói a identidade e a consciência das pessoas, levando-as a um mero mimetismo e individualismo exacerbados. 

Este fenómeno é igual em toda a parte, desiludam-se que em determinado país, há o eldorado, que há a justiça social plena, claro que há uns locais piores que outros em termos de desenvolvimento, mas em todos se praticam os exageros, a injustiça e todos os demais males vindos de um sistema que estando podre, faz as dores do povo de hoje, ser as dores do estertor do capitalismo. O seu fim é certo, o seu espaço terá de ser ocupado por um novo sistema, de preferência mais justo, mais sustentável e sobretudo mais humano.





Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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