Sinceramente confesso que não entendia de todo Theresa May, nem compreendia as brigas internas dos Tories ou as contradições do líder dos trabalhistas britânicos, mas com tanta incapacidade de decisão, o que está a ficar claro é que os políticos britânicos estão a empurrar o Brexit para uma situação de adiamento por mais dois anos.
E faz-se claro isto devido à emergência da
situação, algo que não é típico dos britânicos, deixar tudo para a última hora,
no entanto, não são só os tecnocratas ou os ultra-liberais que se assustam com
a saída do Reino Unido da União Europeia, também a Europa sabe que perde um
membro com uma grande importância política e económica.
O Reino Unido não pode nem deve ser
menosprezado pelos restantes 27 países europeus da UE, deve ser respeitada a
sua dimensão histórica, e devemos estar conscientes que, após sair da União
Europeia, no prazo de uma década (no máximo) o Reino Unido terá conseguido
recuperar-se totalmente, tanto economicamente como politicamente, dos efeitos
iniciais advindos Brexit, além disso, ainda que se ainda que se adie o prazo por
mais um ou dois anos, raramente os ingleses desrespeitariam a vontade popular
expressa nas urnas, a menos que se faça um novo referendo, que é o que agora os
trabalhistas defendem.
Caso não se faça um novo referendo, tal como
acima foi dito, creio que o Brexit revelar-se-á benéfico para o Reino Unido
dentro de uma década, ao contrário da Europa, se esta mantiver as politicas
ultra-liberais do Eurogrupo.
Autor Filipe de Freitas Leal
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